Mas foi um quase acaso. E a razão foi a gasolina.
Nenhum deles se qualificou bem. Ambos partiam juntos... na sexta linha, com vantagem para o sueco. Depailler partia a seu lado. E claro, as suas chances de vitória eram pequenas. Tinham de resistir e claro, ter sorte.
E como sabem, tiveram.
Houve dois fatores para isso. Primeiro, quando o Arrows de Riccardo Patrese, que tinha dominado boa parte da corrida - apenas no segundo Grande Prémio da sua história! - ficou sem motor a 15 voltas do fim, entregando o comando a Mário Andretti.
Mas na volta 64, a 14 do fim, o italo-americano teve de ir inesperadamente ás boxes. A razão? Não tinha gasolina! E naquele tempo, o reabastecimento não era aquilo que era hoje.
E com isso, a liderança tinha caído nas mãos de Depailler, que tinha batido Peterson. Parecia que tinha tudo controlado, mas o Tyrrell, como todos os outros, tinha de olhar para o indicador de combustível, porque estava no limite. Parecia que tinha tudo controlado, mas o sueco atacou no inicio da última volta, aproveitando a lentidão do Tyrrell na entrada da curva Crowthorne.
E ali começou o duelo. Metro a metro, curva a curva, pela vitória. Foi uma luta entre ambos, sempre no limite, sempre leal, mas o sueco foi mais forte e na subida para a meta, o carro não soluçava como o Tyrrell, e conseguiu a vantagem que precisava para ganhar. A sua primeira vitória desde o seu regresso à Lotus, e a última desde o GP de Itália de 1976, quando triunfou ao serviço da March.
E quantas voltas liderou nessa corrida? Nenhuma! Mas liderou naquela que mais interessava: a última. Quanto a Depailler, que procurava a sua primeira vitoria na Formula 1, este se calhar teria sido a sua corrida mais amarga da sua carreira, ter perdido a sua grande chance de triunfo. Mas o que ele não sabia é que não faltava muito para que a sua vez chegasse.
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