quarta-feira, 24 de maio de 2023

Formula 1: Aston Martin e Honda farão parceria a partir de 2026


Foi pela madrugada, em Tóquio, que a Honda confirmou que fornecerá motores à Aston Martin a partir da temporada de 2026, ano de estreia das alterações ao regulamento técnico sobre esta matéria. Assim, deixará de ser cliente da Mercedes para ser a equipa principal, substituindo nesse campo da Red Bull - que oficialmente saiu da marca em 2021, mas continua a fornecer mão-de-obra humana e conhecimento técnico à equipa de Milton Keynes.

Eles estão atualmente trabalhando em várias medidas para fortalecer a equipa e lutar pelo título da Formula 1", começou por falar Koji Watanabe, o responsável pela Honda Racing Corporation. “Então, como eles deram notas altas à nossa tecnologia de unidade de potência da Formula 1 e podemos nos relacionar com sua atitude sincera e também forte paixão por vencer, decidimos trabalhar juntos e lutar pelo título do campeonato como Aston Martin Honda.”, concluiu.

Do lado da Aston Martin, Martin Withmarsh, CEO da Aston Martin Performance Technologies, afirmou sobre esta nova parceria: "Nossa futura parceria com a Honda é uma das últimas partes do puzzle que se encaixa nos planos ambiciosos da Aston Martin na Fórmula 1”.


Uma grande questão que se coloca é Fernando Alonso. Em 2026, caso ainda esteja a correr na Aston Martin, terá 44 anos no inicio dessa temporada, e foram conhecidas as suas criticas aos motores Honda na sua segunda passagem pela McLaren, de 2015 e 2018 - a famosa tirada "GP2 engine" no GP do Japão de 2015 ficou na memória automobilística. Sobre esse assunto,  Koji Watanabe, o responsável pela Honda Racing Corporation, garantiu que a marca não influenciará a escolha de pilotos da equipa.

"A seleção dos pilotos depende totalmente dos membros da equipa e não é algo que um fornecedor de unidade de potência como nós deveria fazer. Portanto, deixaremos a selecção de pilotos para a equipa", começou por afirmar o responsável japonês. "Acredito que ele é um grande piloto e respeitável. Se tivermos de ter Alonso novamente como nosso piloto, não temos nenhuma objecção", concluiu.


As noticias do acordo também agradou à FIA e à Liberty Media, que deram as boas vindas ao regresso da Honda à competição. 

O interesse contínuo de gigantes globais do sector automóvel, como a Honda, mostra mais uma vez que os Regulamentos das Unidades Motrizes de 2026, estabelecidos pela FIA em colaboração com a FOM e os fabricantes atuais, atingiram precisamente o equilíbrio certo para garantir que o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 permaneça na vanguarda da inovação tecnológica, sustentabilidade e competição”, disse Mohammed ben Sulayem, o presidente da FIA.

Já para Stefano Domenicali, este afirmou que a parceria é uma ótima notícia para a Fórmula 1, assim como é para o mercado automóvel ter a disciplina a colocar em prática motores alimentados pelos ‘efuels’. 

É uma ótima notícia para a Fórmula 1 o facto da Honda se associar à Aston Martin para fornecer unidades motrizes a partir de 2026. Esta é mais uma prova de que a nossa plataforma global e o nosso crescimento proporcionam às marcas um enorme potencial e mostra também que os nossos planos para passar a utilizar combustíveis sustentáveis em 2026 são a abordagem correta para oferecer ao mundo automóvel soluções alternativas para descarbonizar o planeta. Todos nós podemos ver o incrível compromisso que a Aston Martin assumiu com o nosso desporto e mal podemos esperar para ver esta parceria em ação, e quero felicitar ambas as partes por esta boa notícia”, disse.

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