terça-feira, 20 de junho de 2023

A imagem do dia


É ali, naqueles mágicos 13 quilómetros de asfalto, seja sob a ponte Dunlop, a fundo na reta de Mulsanne ou a fintar a física em algumas das mais famosas curvas e chicanes do mundo que muitas das principais páginas da competição automóvel continuam a ser escritas. Também nós sonhamos fazê-lo.

Queremos, por isso mesmo, celebrar este marco histórico, o da centésima edição das 24 Horas de Le Mans e queremos, para além disso, destacar a força, foco, empenho e espírito de união que nos levarão, no futuro, a celebrar, também, na grelha de partida. Encontramo-nos em pista”.

Isto surgiu no fim de semana das 24 Horas de Le Mans, há quase semana e meia. E isto que está descrito nas linhas em cima é o comunicado da Adamastor, uma empresa portuguesa que em 2019 construiu o 300PL, o protótipo de supercarro com as cores nacionais. Depois de três anos de silêncio, apareceu com algumas imagens do que aparenta ser um protótipo de algo ainda por definir e com a intenção de participar na Endurance, não se sabe se na classe principal, se noutra classe. 

Há duas coisas que pretendo afirmar acerca disto, lias as reações deste anuncio, muito, mas muito vago: a primeira, que tenho um ceticismo sobre esse projeto, porque enquanto não ver algo que seja real, com objetivos claros, isto em vez de causar curiosidade, causa burburinho. E isso nem sempre é bom.

A segunda é a minha ideia do "copo meio cheio". Se a Vanwall/Kolles está na classe, e a Isotta está prestes a homologar dois protótipos para correr em 2024, e nenhum deles têm um carro de estrada, porque não eles? Eu acho até que a Adamastor já apresentou mis argumentos a seu favor que estes dois construtores que falei acima. E se essas imagens que andei a ver são as de um hipercarro, então, tem todo o direito de montar um projeto sólido e consistente para correr na Endurance. 

Agora, espero que tenha o que for necessário para isso. E seja muito mais do que vagas palavras. 

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