segunda-feira, 3 de julho de 2023

Apreciação critica de "Next Level"


Algumas semanas depois de ter lido a biografia de Lewis Hamilton, caiu nas minhas mãos outra, do piloto português Miguel Oliveira, o primeiro a alcançar o MotoGP. Da autoria de Edite Dias, tem imensas entrevistas com muitos dos que ajudaram a levá-lo até ao estrelato, desde o seu pai, Paulo Oliveira, até gente no meio da MotoGP, entre eles Jorge Viegas, o presidente da FIM, a Federação Internacional de Motociclismo, ao conselheiro Domingos Piedade, antigo manager de pilotos e o diretor do Autódromo do Estoril.    

Ao contrário de "Furacão Hamilton", do qual falei aqui há uns dias, este livro até está melhor estruturado. Primeiro, porque queriam fazer em 44 capítulos - simbólico do número que ele usava na carenagem - e segundo, todos sabiam que era um resumo até ao ano que iria marcar a sua carreira, quando ele passou para a MotoGP. A colaboração que ele e a família deram ao livro, sem dúvida, um ar de legitimidade, e de autenticidade ao seu conteúdo, e claro, enriquecer o leitor com histórias sobre a sua ascensão até à categoria-rainha das suas rodas.

E ao longo das páginas, é isso que olhamos: um piloto, filho de piloto, que se apaixona pelas motos e estabelece uma carreira, determinado em ser dos melhores na sua área. Um caminho nada fácil, com obstáculos, mas com finais felizes, ganhando corridas, lutando por campeonatos, sabendo que é um dos desbravadores de um percurso, que acabou por ser o primeiro português a chegar à MotoGP e a lutar por títulos. E pelo meio, a ganhar o respeito dos seus pares e dos que trabalharam com ele. 

Ao contrário das criticas que tenho ao livro do Hamilton, que é incompleto, aqui a autora teve o bom senso de balizar a carreira do piloto num ponto. Este pode ser considerado a primeira parte da sua biografia. E a colaboração do piloto e da sua família também foi importante no meio disto tudo, logo, o leitor entendeu que isto é a história de um percurso, com altos e baixos, que teve um final feliz, porque afinal de contas, conseguiu chegar ao seu objetivo: ser o primeiro português a chegar à MotoGP. E quem lê isto em 2023, sabe que ele já conseguiu vitórias nessa classe-rainha.   

De resto, é uma leitura fácil e agradável para o verão que acabou de chegar. Lê-se em meia dúzia de dias, e tenho a certeza que haverá um segundo livro, do qual espero que seja totalmente dedicada a sua carreira no MotoGP.  

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