Esse GP da Áustria, no Osterreichring, ficou conhecido pelo seu pódio, no qual os pilotos que estavam presentes, estavam mortos no espaço de quatro anos e meio. Aliás, Peterson teria apenas mais quatro semanas de vida, pois duas corridas mais tarde, teria o seu acidente mortal na partida do GP de Itália, em Monza. Os outros dois pilotos que o acompanharam, o francês Patrick Depailler, no seu Tyrrell, morreria menos de dois anos depois, num teste em Hockenheim, e o canadiano Gilles Villeneuve - no seu primeiro de 13 pódios da sua carreira - iria morrer no fim de semana do GP de Bélgica de 1982, a bordo do seu Ferrari.
Mas um dos triunfadores desse fim de semana foi também Emerson Fittipaldi.
Em 1978, o brasileiro corria na Copersucar, o projeto familiar, e também do Brasil. O pódio em Jacarepaguá, no inicio do ano, foi fortemente comemorado, mas tirando um sexto lugar na Suécia, foi algo isolado. Mas na segunda metade do ano, as coisas melhoraram com o projeto do F5A. Um quarto lugar no GP da Alemanha, a corrida anterior, tinha sido o inicio.
No fim de semana austríaco, Emerson conseguiu um digno sexto posto na grelha, a melhor posição até então na temporada. Na partida, o tempo ameaçava desabar sobre a pista, e no momento da luz verde, Peterson ficou com o primeiro posto, com Carlos Reutemann a surpreender Mário Andretti e ficar com o segundo posto. Ambos acabaram por bater, quando lutavam pelo segundo posto, e o americano ficou pelo caminho. Reutemann também saira de pista, e fora empurrado pelos comissários para regressar
Mas nessa altura, já chovia e depois de fazer um pião, Villeneuve foi trocar para pneus de chuva. A mesma coisa fez Emerson, por causa da deterioração das condições, mesmo na altura em que organização decidiu parar a corrida. Na altura, Peterson liderava na frente de Depailler.
Pelas 15:15, uma hora e um quarto depois da primeira partida, e com gente como Jody Scheckter, James Hunt, Riccardo Patrese e Alan Jones já de fora, 18 carros alinhavam para o resto da corrida, porque a chuva tinha parado. O brasileiro estava no fundo da grelha, mas com o passar das voltas, ele conseguiu passar muitos dos pilotos, e evitando as armadilhas de uma pista molhada para voltar a pontuar no quarto lugar, na frente de gente como o Ligier de Jacques Laffite, o Brabham de John Watson ou Shadow de Clay Regazzoni. Até ficou da frente de um especialista na chuva, o Surtees do italiano Vittorio Brambilla, que tinha triunfado três anos antes, e também à chuva.
No final, foi uma questão de astúcia e sobrevivência, que rendeu dividendos para ele e para a equipa brasileira. E mais viria a seguir.
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