Em setembro desse ano, depois de uma grande vitória na pequena oval de Nazareth, Nigel Mansell conseguiu o que queria: ser campeão da competição. E melhor ainda: conseguiu sê-lo enquanto ainda era o campeão do mundo de Formula 1, pois Alain Prost ainda não o tinha conquistado. Ele ainda iria ter o título por mais alguns dias, ou semanas, antes do francês ficar com ele.
Nesse ano de 1993, a CART, era verdade, estava num período áureo. Aliás, não ficaram muito longe de ter Ayrton Senna, que chegou a testar um Penske em Phoenix, e pensou na ideia por uns tempos, antes de decidir permanecer na Formula 1, ao preço de um milhão de dólares por corrida - pelo menos nas primeiras dessa temporada.
Mas quem fosse ver a lista de pilotos participantes, não deixaria de olhar que aquilo tinha uma grande quantidade de ex-pilotos de Formula 1. E não eram só os consagrados, que procuravam uma segunda vida, como Mansell, Emerson Fittipaldi, Mário Andretti, Danny Sullivan ou Eddie Cheever, por exemplo. Também estava gente como Olivier Grouillard, Andrea Montermini, Andrea Chiesa, Bertrand Gachot ou Christian Danner.
E isso, de uma certa maneira, começava a causar mossas nos americanos, que sempre wiram a CART como o seu quintal. E se já viam que se tinham afastado há muito das raízes dos "dirt tracks", também já viam que começavam a deixar para trás algumas das ovais que eles sempre gostaram de correr, embora ainda neste ano andassem em lugares como Phoenix e Nazareth, lugar onde Mansell alcançou a sua consagração.
Mas independentemente dos ressentimentos, existia por agora uma coisa boa: o mundo estava de olhos postos na sua competição. Os fãs de automobilismo na Europa tinham algo mais para ver no final da tarde, especialmente depois da Formula 1, e muitos queriam saber como é que ele se daria por ali. Afinal, foi como Julio César, dois milénios antes, quando conquistou a Gália: chegou, viu e venceu. Com um bigode.
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