Mas no meio das carambolas, das confusões e das tragédias, o fim de semana de Emerson Fittipaldi poderia ter sido excelente, se não fosse os problemas que teve na corrida. O resultado final foi o possível, mas não foi deixado em branco.
Partindo de 13º na grelha, as chances de pontuar eram grandes. Afinal de contas, estava a fazer isso desde Hockenheim, tendo conseguido oito pontos até então.
A corrida começou pelas 15:30 locais, e o brasileiro conseguiu escapar à carambola da primeira curva. Pior sorte tiveram para além de Peterson e Brambilla, o McLaren de James Hunt, o Arrows de Riccardo Patrese, o Tyrrell de Patrick Depailler, o Shadow de Clay Regazzoni, o Ensign de Derek Daly, e o McLaren privado de Brett Lunger, que ficaram envolvidos na confusão. Hunt, "Regga" e Depailler tiraram Peterson dos escombros do seu modelo 78 - o 79 tinha sido destruído no warm up" e o carro de reserva era um modelo mais antigo - e o estenderam no chão, esperando por uma ambulância. Brambilla fora atingido por um pneu e tinha ficado inconsciente.
A segunda corrida só aconteceu pelas 18:15. A segunda partida começou com Andretti e Villeneuve a largarem tão bem que... queimaram a largada. E quem ficou parado no lugar foi Fittipaldi, cuja embraiagem o deixou parado. A partir dali, largando em último, começou a recuperar o mais possível.
Se o canadiano na frente deixava os tiffosi em delírio - desconhecendo que iria ser penalizado em 30 segundos, tal como o italo-americano da Lotus - atrás, Fittipaldi tentava recuperar o tempo perdido, subindo posições umas atrás das outras. No final, ficou a 55 segundos do vencedor, o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda, numa dobradinha com o seu companheiro de equipa, John Watson, com Carlos Reutemann a ficar com o lugar mais baixo do pódio. Fitipaldi fora oitavo, fora dos pontos, mas tinha andamento para estar nos três primeiros, naquela tarde. Apenas teve azar.
No final, descobriu-se que Peterson tinha... 27 fraturas em ambas as pernas. Existia até o risco sério de amputação do pé direito. A operação que acabou por ser feita seguiu depois de se ter considerada a transferência para Genebra, para ser operado por um ortopedista especializado em lesões de esquiadores. Mas a pressa de estabilizar as fraturas foi a razão decisiva para a intervenção cirúrgica.
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