Em 1973, o seu maior rival era o brasileiro Emerson Fittipaldi, campeão em 1972, piloto da Lotus e rival do escocês, que pilotava um Tyrrell. E naquela altura do campeonato, as coisas não iam bem para ele, pois desistira nas três últimas corridas por diversos motivos, e Stewart aproveitou bem, ganhando em Zandvoort. E iria triunfar no Inferno Verde, numa manifestação de domínio dos Tyrrell, com Francois Cevért logo atrás, a menos de dois segundos do escocês.
Em Nurburgring, Emerson atingia um ponto baixo na sua carreira. Tinha-se lesionado nos treinos de Zandvoort e ainda estava em recuperação quando correu em Nurburgring. Tanto que acabou no 14º posto da grelha, um lugar na frente do seu irmão Wilsinho.
1973 era a segunda temporada de Wilson Fittipaldi na Brabham, então com 29 anos. Depois de em 1972 ter partilhado a equipa com Graham Hill e Carlos Reutemann, em 1973, tinha o seu patrocínio e os resultados foram melhores. Um sexto posto no GP da Argentina, não só deu o seu primeiro ponto como foi a primeira vez na história que dois irmãos pontuavam num Grande Prémio oficial de Formula 1.
Ao longo da temporada, ele conseguiu menos pontos que o irmão, mas em Monte Carlo ia a caminho de um possível pódio - andou em terceiro lugar durante boa parte da corrida quando o seu sistema de combustível acabou por avariar a oito voltas do final. Caso acabasse assim, teria sido o primeiro pódio de dois irmãos na Formula 1, mas isso só aconteceria mais de um quarto de século depois, com os irmãos Schumacher, Michael e Ralf.
Na partida, os Tyrrell tiveram a sua vida facilitada quando Ronnie Peterson desistiu a meio da primeira volta, afastando-se de um pelotão liderado pelo belga Jacky Ickx, que corria, excepcionalmente num McLaren. Mas mais atrás, o pelotão seguiu distante durante algum tempo, até o Surtees de José Carlos Pace se ter distanciado e feito a volta mais rápida. Na parte final, Wilson Fittipaldi distanciou-se do seu irmão, que lutou pelo seu último lugar pontuável com o Surtees de Jochen Mass e o Shadow de Jackie Oliver, e conseguiu alcançar, com pouco mais de segundo e meio sobre eles. Foi a primeira vez que o "Tigrão" batera o "Rato", e Wilson conseguia a sua melhor posição de sempre. E foi a primeira vez que três brasileiros pontuaram num Grande Prémio de Formula 1.
Apesar dos seus resultados nessa temporada, a sua mente já estava num outro projeto: o primeiro carro de Formula 1 brasileiro, o Copersucar-Fittipaldi, que iria mostrar em 1975.
Isto tudo surge numa altura em que Wilson Fittipaldi, que comemorou 80 anos no dia de Natal, está internado no hospital em estado delicado depois de se ter engasgado com um pedaço de comida e sofreu uma paragem respiratória. As melhoras, Tigrão!
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