sexta-feira, 1 de março de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 1, Bahrein (Qualificação)


E depois de quatro meses de hibernação, a Formula 1 está de volta para a temporada mais longa de sempre da sua história. Ião acontecer 24 corridas, que, acrescentando mais seis de Sprint, significarão 30 provas para uma temporada que acabará em Dezembro, em Abu Dhabi, e verá o regresso da China. Em suma, todas as corrias que dão dinheiro estão ali, mais três na América. E como a Liberty Media quer um número de equipas iguais, as mesmas, como se fossem um "franchise", pela primeira ocasião na sua história, os pilotos de 2024 são os mesmos que acabaram 2023. Claro, as chances dos pilotos que estão na Formula 2 de subirem aquele degrau são pouco mais que... nada. É melhor tentarem Endurance, Formula E ou IndyCar, que as portas da Formula 1 estão fechadas para este ano. 

Podem tentar em 2025, quando Lewis for para a Ferrari. E olhem... nem sei se é possível.

Com isso tudo, aquilo que agitou o paddock tem a ver com o Christian Horner. Francamente, é um assunto pisado e repisado, mas entre as pessoas que receberam os ficheiros que levaram o diretor desportivo da Red Bull a ser acusado de "conduta imprópria", estavam todos os jornalistas, a Liberty Media e os diretores desportivos das equipas. Depois de verem se aquilo não era nenhum "Trojan Horse" cheio de vírus, os que tiveram algum bom senso disseram que aquilo não passa de roupa suja e não merece ser referido. Mas os jornais sensacionalistas do Reino Unido adoram escarafunchar na lama e claro, hoje, o "The Sun" meteu os pormenores nas suas páginas. E a razão é simples: bons advogados, bolsos fundos e falta de vergonha na cara. "Arruinar a vida de alguém? Who cares! Quero é ganhar mais uns cobres a vender mais uns exemplares.

E assim, o mundo pula e avança.


Ah, esqueci uma coisa: hoje é sexta-feira. E teremos corrida no sábado porque o Ramadão entrou no caminho. E como acontecia nos anos 60, quando as corridas nos Países Baixos e no Reino Unido eram aos sábados ou segundas-feiras de Páscoa, as duas primeiras corridas do ano não serão ao domingo.

Apesar de ver algumas coisas nos treinos livres, com Ferrari e Mercedes a ficaram com os primeiros lugares da tabela, muitos ainda apostam que esta tarde, os Red Bull ficarão com tudo. Mas primeiro, o sol tinha de se por nas areias do deserto barenita. 

A primeira parte da qualificação começou com os primeiros a irem para a pista, marcando as suas primeiras impressões, antes dos pilotos da frente marcarem a sua presença. Max Verstappen, a meio da Q1, marcou o seu tempo de referência, e este ficou na frente, pouco mais de cem centésimos de Lando Norris, o segundo, e Fernando Alonso, então o terceiro.

Mas o que se podia ver, mesmo neste Q1, é que os pilotos andavam muito perto uns dos outros. E menos de dois segundos separavam os primeiros dos últimos, mostrando competividade.

No final da primeira qualificação, os que ficaram para trás foram os Alpine de Esteban Ocon e Pierre Gasly, os Sauber de Valtteri Bottas e Guanyou Zhou e o Williams de Logan Sargent. De uma carta forma, tirando os Alpine, que parece querer desinvestir na Formula 1 a favor da Endurance, o resto é previsível. Mas isto é apenas a primeira sessão de qualificação da temporada... 

A Q2 começou com os Red Bull a arrasarem a concorrência, marcando tempos na casa dos 1.29 - Mas com 1.29,374, Checo com 1.29,932 - deixando o resto, liderado então pelo McLaren de Lando Norris, a mais de meio segundo. Tudo enquanto a larga maioria dos pilotos saiu para a pista com pneus macios usados, com Max Verstappen, Sergio Pérez e Fernando Alonso a serem os únicos com jogo novo. 

Na parte final, com pneus novos montados nos monolugares, os pilotos regressaram à pista para a última tentativa de voltas rápidas. Max continuava na frente, mas logo a seguir, existia uma luta pelo melhor tempo. Primeiro, Hülkenberg melhorou o seu anterior registo passando para o segundo posto, com o seu Haas, atrás de Verstappen, mas Carlos Sainz fez ainda melhor e ficou com esse posto, no seu Ferrari. Mas melhor ainda foi Charles Leclerc, com 1.29,105, ficando a 209 centésimos de Max.

Atrás, os eliminados: o Aston Martin de Lance Stroll, o Williams de Alexander Albon, os Racing Bulls de Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo, e o Haas de Kevin Magnussen.

E com isso, passamos para a Q3.

Logo nas primeiras voltas, Max veio ao que interessa. Primeiro, Max Verstappen colocou-se no topo da tabela de tempos, com a marca de 1.29,421, com pneus macios novos calçados. Leclerc reagiu, com um tempo 59 centésimos atrás. Fernando Alonso aproveitou o momento em que os restantes nove pilotos estavam nas suas boxes para sair para a pista e registar o terceiro melhor tempo: 1.29,542. 


No final, foi mais do mesmo: Max conseguiu a pole, mas quem estará no seu lado é Charles Leclerc, no seu Ferrari, a 228 centésimos. George Russell ficou com o terceiro posto, na frente do segundo Ferrari, com Sérgio Pérez a ser quinto, na frente de Fernando Alonso, dos McLarens, um Lewis Hamilton em nono, na frente do Haas de Nico Hulkenberg.

Contudo, apesar de termos um "mais do mesmo", o mais interessante é que do primeiro ao nono tivemos uma diferença de pouco mais de meio segundo. Ou seja? Pelo menos na qualificação, as coisas serão bem interessantes. Como será amanhã? Isso são outros 500, mas presumo que Max seja o favorito à vitória.  

Mas é bom recordar isto: estamos a começar a mais longa temporada de sempre. 

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