Aparentemente, a decisão tem a ver com as lutas internas dentro da Red Bull, nomeadamente a polémica de Christian Horner em relação às acusações de assédio. O contrato com a marca de Milton Keynes só termina em 2025, mas este assunto e um outro - a guerra de poder entre os ramos austríaco e tailandês da merca, o primeiro que quer Horner e o segundo não - poderá ter decidido que é altura de ele sair de cena, depois de década e meia na equipa.
A saída acontece numa altura essencial da sua vida: Newey tem 65 anos e o próximo contrato poderá ser o último da sua vida ativa. O candidato mais óbvio é a Ferrari, que sob a liderança de Frédéric Vasseur, está a construir uma super-estrutura, graças à contratação de Lewis Hamilton e de diversos técnicos à Mercedes e à Red Bull. Estar em Maranello seria um sonho concretizado, e também, trabalhar com Hamilton seria também a oportunidade de trabalhar com um dos melhores pilotos da sua geração, mesmo que em 2025, tenha 40 anos.
A outra chance, a da Aston Martin, seria semelhante ao que fez com a Red Bull, ou seja, transformar uma equipa que não é vencedora numa em que os títulos estariam ao seu alcance. E trabalharia com Fernando Alonso, algo que nunca aconteceu, ele que fará 43 anos em julho. E também poderia dar uma perninha no projeto do Hypercar Walkyrie, que foi ressuscitado no sentido de fazer correr no WEC a partir de 2025.
No caso da Mercedes, a ideia era que a formação de Brackley poderia finalmente entender o funcionamento dos carros com efeito de solo, algo do qual estão a ter dificuldades, e assim entrar em 2026 com maior confiança. Ainda por cima, sem grandes nomes, poderia ajudar à ascensão do jovem italiano Andrea Kimi Antonelli, que por estes dias se fala poder entrar na Formula 1 dentro em breve pela Williams, no lugar de Logan Sargent.
Em jeito de conclusão, parece que Newey está a caminho de encerrar uma era na Formula 1, e um dos assuntos do verão será saber para onde vai, porque a sua mais-valia é mais que óbvia.
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