Com as duas semanas que serviram para respirar um pouco - tem de ser, a seguir teremos três fins de semana seguidos de Formula 1! - a grande noticia foi a contratação de Flávio Briatore como conselheiro da Alpine, 15 anos depois do "Crashgate" (ou Singaporegate), com a indignação geral por uma equipa de Formula 1 o ter contratado, e ainda por cima, uma equipa que já foi a Renault. O que poucos sabem é que Briatore foi banido da Formula 1 por alguns anos e não "para sempre" e não regressou desde que o banimento terminou porque... não quis. E a Alpine, em agitação desde há algum tempo (surgiu esta semana o rumor de que poderia terminar com o seu próprio programa de motores!), pensou um "perdido por cem, perdido por mil".
Cerca de duas horas antes da qualificação, agitação no motorhome da McLaren: um pequeno incêndio agitou as coisas de forma a que os bombeiros foram chamados, e o incêndio foi apagado rapidamente. Curiosamente, 12 anos antes, a Williams sofreu um incêndio nas suas boxes minutos depois de Pastor Maldonado ter ganho a sua corrida. Será um estranho sinal de boa sorte?
Os carros regressaram à pista nos dois minutos finais da primeira sessão, a ali alguns pilotos conseguiram melhorar os seus tempos. Lewis Hamilton conseguiu 1.12,143, mas as melhoras não são suficientes para mudar a grelha de forma dramática nas primeiras filas. Atrás, os azarados oram os Racing Bulls de Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo, os Williams de Alex Albon e Logan Sargent e o Haas de Kevin Magnussen. Em contraste, Zhou Guanyou consegue o seu primeiro Q2 da temporada no seu Sauber.
Poucos minutos depois, começou a Q2, e nos primeiros momentos, os pilotos foram à pista marcar os seus tempos, com Max a ser um dos últimos a ir para a pista. Ele acabou por marcar 1.11,653 para ficar com o melhor tempo, batendo por 219 centésimos o McLaren de Lando Norris. Sainz e Oscar Piastri estavam logo atrás na tabela de tempos.
Na parte final dessa fase da qualificação, com os pilotos todos na pista, Hamilton aproximou-se com 1.11,792, seguido por Russell, com o tempo de 1.11,812, mas não conseguiram desalojar o Red Bull. E se alguns melhoraram, entre eles os Alpine de Esteban Ocon e Pierre Gasly, entre os que ficaram com a fava, estiveram os Aston Martin de Fernando Alonso e Lance Stroll, os Sauber de Valtteri Bottas e Zhou Guanyou e o Haas de Nico Hulkenberg.
E assim, passamos para a Q3.
Nos primeiros tempos, Max marcou o seu território, marcando 1.11,673, e mesmo que Norris, Hamilton, Russell ou Lecelrc terem feito o seu melhor, não conseguiram bater o neerlandês da Red Bull. Parecia que ele iria conseguir mais uma pole-position na sua conta, e nos três minutos finais, com o neerlandês fora da pista, Sainz Jr. e Leclerc melhoraram os seus tempos nos seus Ferraris, mas o neerlandês conseguiu 1.11,403 e tudo indicava que ele ficaria na pole.
Mas Lando Norris tinha um ás na manga e dando o seu melhor, conseguiu um tempo 20 centésimos mais rápido, e nessa volta sensacional, conseguiu a pole-position! Quem diria: nas últimas quatro corridas, quatro "polesitters" diferentes!
E fico a matutar: no dia em que Pastor Maldonado ganhou a sua corrida pela Williams, em Barcelona, em 2012, houve um incêndio na garagem. E Lando Norris conseguiu a pole-position algumas horas depois da motorhome da sua equipa ter pegado fogo. Será que para conseguir aquele algo a mais, precisam de estímulos... incendiários?
Enfim, amanhã, a corrida promete ser interessante. Isto se o Max não passar o Norris antes da primeira curva.
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