E no mês de junho de 2024, parece que está a ser uma cópia de... 2011. Teremos corrida de quatro horas? Não creio. Mas quando as chances de chuva neste domingo são de quase 80 por cento à hora de corrida, poderemos afirmar que numa pista relativamente estreita, de um circuito que foi construído em meados dos anos 70 do século XX, e batizado com o nome de um dos pilotos mais carismáticos da história da Formula 1, poderá ter tudo para ser uma corrida... imprevisível.
A uma hora da corrida, o céu estava muito nublado e nas corridas de apoio do Grande Prémio, alguns pilotos exageraram e bateram forte em alguns lugares emblemáticos, como a chicane antes da meta. Todos olhavam para os céus, tentando adivinhar que pneus terão de calçar no inicio, e claro, elaborar as melhores estratégias para aproveitar... isto.
Mas claro, sabemos que isto poderá começar atrás do Safety Car, não é? São os tempos que correm.
Minutos antes da corrida, todos decidiram usar os intermédios, exceto os Haas, que decidiram usar os molhados. Apesar dessa perspetiva, não houve partida atrás do Safety Car, apesar do DRS desligado na pista, até as coisas aliviarem. Um bom sinal.
Na sexta volta, o sol apareceu, e Logan Sargent saiu de pista, mas conseguiu evitar o muro "in extremis", mas não conseguiu regressar à pista sem ser em último. Duas voltas depois, KMag trocou para intermédios, porque esses pneus começaram a ser mais eficazes na pista. A partir da volta 11, começaram a surgir manchas na pista, sinal de que algumas partes começaram a secar. Atrás, no sétimo lugar, Nico Hulkenberg aguentava todos atrás dele, com os seus molhados, numa situação onde agora, tinha os piores pneus. Acabou por ir às boxes na volta 13, caindo para o fundo do pelotão, esperando por uma melhor oportunidade na corrida.
Por esta altura, a pista secava o suficiente para alguém poder arriscar colocar moles, mas previa-se chuva para 15 minutos mais tarde, e com isso, os pilotos decidiram ficar mais um pouco. No inicio da volta 17, Mas exagerou na curva 2 e perdeu tempo, suficiente para Russell ficar mais aliviado, e Lando Norris poder atacar o piloto da Red Bull. E para melhorar as coisas... o DRS estava ativo.
Na volta 20, Norris passou Max para ser segundo, e todos aplaudiram. Para melhorar as coisas, atrás, Oscar Piastri fazia volta mais rápida atrás de volta mais rápida, e aproximava-se dos lugares do pódio. Duas voltas depois, Norris atacava Russell no mesmo lugar e ficou com o comando, com o piloto da Mercedes a sair da pista a perder mais um lugar para Max. Estava a ser interessante, a corrida na frente.
Pouco depois, o sol começara a desaparecer e as nuvens ameaçavam descarregar o seu conteúdo. Piastri começava a assediar Russell para ser terceiro, e na volta 25, Logan Sargent despistou-se de novo, batendo no muro, e inevitavelmente, o Safety Car entrou em pista. A partir dali, todos entraram nas boxes para colocar novamente intermédios. Norris entrou nas boxes uma volta depois dos outros, caindo para terceiro, atrás de Max e Russell.
Na volta 30, a corrida recomeçou com Max na frente de Russell e dos McLarens, com a chuva a aparecer precisamente nesse momento. Nessa altura, Charles Leclerc decidiu meter duros, esperando que a chuva passasse - e iria perder imenso tempo! - mas duas voltas depois, regressou na pista no último lugar e esperando por milagres.
A meio da corrida, a chuva parou e as nuvens começaram lentamente a afastar-se. Max continuava na liderança, mas não conseguia afastar-se de Russell. Na volta 41, Pierre Gasly foi o primeiro a colocar pneus slicks, com duros, e todos queriam saber se isso iria resultar... ou não. Duas voltas depois, Leclerc retirava-se, acabando com o sofrimento da má corrida que estava a ter.
A partir de agora, todos começaram a trocar para slicks. Piastri e Lewis Hamilton foram trocar para médios, e aos poucos, os pilotos do pelotão começaram a trocar de composto. Max entra nas boxes na volta 46, seguido de Russell, mas Norris ficava na pista por mais algum tempo. O britânico... ganhava tempo com os intermédios! Acabou por ir às boxes na volta 47, coloca médios e saia das boxes na frente... mas os pneus deslizaram como manteiga e o neerlandês aproveitou.
Pouco depois, Russell aproveitou e ficou com o segundo posto, passando Norris, e ele agora era pressionado por Piastri para ficar com o lugar mais baixo do pódio. Contudo, o piloto da Mercedes exagerou na volta 51, pisando no molhado e foi passado por Norris. E claro, esta situação iria causar mais vítimas. Na volta 54, Albon e Carlos Sainz Jr, que lutavam por pontos, batiam e causariam a segunda entrada do Safety Car na corrida. Isso foi o suficiente para os Mercedes irem às boxes colocando médios para Russell, duros para Hamilton.
E com isto, temos apenas 15 carros na pista.
Na parte final, os McLaren tentaram aproximar de Max, esperando pela eficácia dos seus pneus, mas tinham os Mercedes logo atrás deles. Os cinco primeiros estavam a menos de 10 segundos, e claro, as coisas pareciam ser bem mais agitadas que se pensaria. Piastri tentava defender-se de Russell, enquanto Norris iria atrás de Max. Russell atacou Piastri na volta 63, mas ele resistiu suficiente para que ficasse na pista, à custa de Russell, que perdeu tempo e lugar para Hamilton.
Contudo, na frente, Norris não conseguiu apanhar Max e este triunfou, regressando às vitórias. Mas se o vencedor não ser uma novidade, foi uma corrida movimentada, com entradas do Safety Car e estratégias a darem certo. E com o quinto classificado a ter chances de vitória, acabou por ser... uma corrida canadiana.
Agora, duas semanas até Barcelona.
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