É como escrevi aqui na semana passada: estão velhos e o tempo avança, implacável. Aliás, a cena final é o regresso ao mesmo lugar onde estiveram em 2008, no lago Makadigadi, no Botswana. E para realçar isso, há a sobreimpressão das cenas, separadas por 17 anos. Os cabelos brancos, as barrigas proeminentes... tudo (Richard Hammond até fez uma tatuagem e tudo! Mas é de outro programa.)
Quando se aproximava do dia final, onde todos sentiriam que era o fim, as coisas ficaram um pouco emocionais. E no meio disso, o James May disse que o Top Gear/The Grand Tour durou 22 anos da sua vida, mais de um terço da sua existência. E depois, afirma: "Eu espero... que isto tenha trazido um pouco de felicidade a vocês". E isso tocou-me. E sei que há milhares como eu que sentem isso no coração.
Sei perfeitamente porque, quando escrevi o meu pequeno artigo, na sexta-feira passada, fui publicá-lo na página do blog no Facebook. Quase sete dias depois, foi "gostado" mais de 1100 vezes e tem mais de uma centena de partilhas. Em pouco tempo, isso é significativo.
Se falarmos em legado, digamos assim, eu direi que não só marcou uma era como também moldou a mentalidade desta "geração Youtube". Agora, pegas num (ou uns) carros baratos, mais ou menos a cair de podre, montam uma aventura com alguns milhares de quilómetros, não interessa em que continente, compram uns equipamentos, chamas dois ou três amigos e "cá vai alho". Ninguém fazia isto antes deles, ninguém.
É o maior legado que eles deixam a nós. E claro, temos de saber o que faremos dele. Iremos ter saudades deles? Eu vou, tenho a certeza.
No final, é a velha frase: não chores porque acabou, sorri porque aconteceu.
Obrigado aos Três Estarolas. Ainda iremos ver por aí.
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