“Dói o coração quando se vê que a estátua e só tem as botas. Para nós, é um monumento histórico e altamente simbólico”, lamenta Alain Bellehumour, diretor-geral do museu Gilles-Villeneuve ao Journal de Montreal. “É uma falta de respeito e de cultura. Temos tão poucas figuras históricas que deixaram a sua marca no Quebeque como ele. Dá-nos arrepios saber que o partimos em pedaços, sem nos importarmos”, acrescenta, ainda em choque com o sucedido.
Jules Lassale, o escultor que criou esta estátua, inaugurada em 1984, dois anos depois do seu desaparecimento prematuro, também soube do sucedido e não conseguiu deixar de exprimir a sua surpresa e tristeza:
“Não é comum na região as pessoas envolverem-se tanto num projeto como este para prestar homenagem a uma pessoa importante”, explica Lasalle à mesma publicação. “É uma daquelas raras pessoas que ousou, que não teve medo de ultrapassar os seus limites. É um modelo e um exemplo para as gerações futuras”, concluiu.
As autoridades suspeitam que os ladrões tenham levado a estátua - que custou 25 mil dólares canadianos em 1984, cerca de 64 mil dólares nos dias de hoje - para derreter o bronze. “Por 200-250 libras como estas, é uma pequena quantia do que vão receber”, lamenta Lasalle.
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