O que não se sabia era que esta pequena equipa, do qual muitos pensariam que ficaria por pouco tempo, acabaria por resistir por 21 temporadas, e mesmo sem ter conseguido vitórias, pódios ou outros resultados de relevo, tornou-se numa equipa pequena com um enorme número de seguidores, um grande favorito dentro do “paddock” e o símbolo de uma equipa artesã, o último resistente de uma Formula 1 num tempo em que se transicionava para a alta tecnologia, para a crescente profissionalização e para orçamentos crescentes, apenas pagos por marcas de automóveis como Mercedes ou Toyota.
E nessa história, alguns nomes ficaram na mente dos fãs, como Giancarlo Minardi, o fundaor e a alma da equipa, e pilotos como Pierluigi Martini, o primeiro piloto de sempre na Formula 1, naquela tarde de março no Brasil.
PRÉ-HISTÓRIA
Para falar da Minardi... não direi que temos de ir até ao momento em que o ser humano descobriu o fogo, ou quando Giuseppe Garibaldi unificou a Itália, em 1860, mas se eu falar sobre a história do automóvel... é quase.
O envolvimento deste nome do automobilismo é anterior ao nascimento de Giancarlo Minardi, a 18 de setembro de 1947, em Faenza. A localidade fica na região da Emilia-Romagna, a menos de 10 quilómetros de Imola, no sentido da estrada para Bolonha, e não muito longe de Modena, a sede da Ferrari. O avô de Minardi tinha um concessionário da Fiat na cidade, e o pai de Giancarlo, Giovanni, competiu no automobilismo depois da guerra, ao mesmo tempo que o concessionário se tornava num dos mais importantes da região.
Algures nos anos 50, foi construído um carro, o GM75, com um motor de seis cilindros, totalmente artesanal. Rino Ferniani, amigo de Giovanni Minardi, pilota o carro co Circuito del Garda e até se dá bem, antes de se retirar.
Pelo meio, as temporadas nas Formulas de acesso tinham resultados dispares. Lamberto Leoni foi vice-campeão em 1974 na Formula Itália, em 1976 e 77 tinha como piloto Elio de Angelis, e depois, em algumas corridas de 1978 e 79, teve a bordo o suíço Clay Regazzoni. Todos eles aconteceram com a Minardi a correr com chassis March e motor BMW.
Contudo, no final de 1979, com a entrada de Piero Mancini, financiador, Minardi, então com 32 anos, estava pronto para dar o passo seguinte: construir o seu próprio chassis, pelo menos.
Nessa temporada, contrataram outro italiano, Alessandro Nannini, onde conseguiu um segundo lugar na última corrida do ano, em Misano. Ele continuou em 1983, onde conseguiu outro segundo lugar, no Nurburgeing Nordschleife. Os seus companheiros de equipa eram o argentino Oscar Larrauri, o italiano Aldo Bertuzzi e... Enzo Coloni, futuro fundador da equipa com o seu nome.
Para 1984, Minardi teria Nannini pela terceira temporada seguida, ao lado de Lamberto Leoni, já Minardi decidiu pensar em ir para a categoria seguinte, porque a prória categoria iria mudar, transformando-se na Formula 3000. E claro, ir para a Formula 1 foi uma inevitabilidade.
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