Uma semana depois de correrem no Mónaco, a caravana esteve sempre em andamento - não é longe, basta perder um dia na auto-estrada, com o camionista, se quiser, aproveitar e ver a paisagem mediterrânica, pequena consolação por não poder molhar os pés, porque... não há tempo - a Formula 1 chega a Bercelona com os McLaren a parecerem continuar a estar na frente, não interessa se seja Óscar Piastri ou Lando Norris, e os tempos nos treinos livres de sexta-feira parecerem a mostrar isso.
Mas esses treinos livres também mostraram outras coisas: a primeira é que Max Verstappen continua a carregar a Red Bull ao colo, os Mercedes querem mostrar - o segundo tempo de George Russell mostra isso - que os eventos do Mónaco foram um soluço causado pela pura má sorte na qualificação. Agora resta saber se a forma da Ferrari no Principado foi também um soluço causado pela boa sorte, e agora, em Barcelona, numa pista mais aberta, se recolherão ao posto de quarta equipa, lutando por pontos com Williams, Haas e Racing Bulls? Talwex não, mas quem sabe.
Debaixo de um tempo primaveril, a qualificação começou com asfalto quente - 48ºC - e Esteban Ocon a ser o primeiro a colocar um tempo na tabela, mas começou no segundo 14 e foi rapidamente destronado por Alex Albon, Lance Stroll e Franco Colapinto. Foi preciso esperar cinco minutos para ver a maioria dos carros em pista.
Foi nessa altura que Lando Norris conseguiu um tempo no segundo 12, com George Russell a reagir, ficando a 7 milésimos de segundo do tempo de Norris. Piastri, pouco depois, tratou de baixar ainda mais o melhor registo, para 1.12,797, com Max Verstappen a conseguir o segundo tempo, tirando um milésimo de segundo ao tempo de Norris.
Pouco depois, começou a Q2, onde Alex Albon foi o primeiro em pista, com uma volta no segundo 13 (1.13,641). Mas Max Verstappen tratou de colocar um excelente tempo na tabela, melhorando o registo feito por Oscar Piastri na Q1, com 1.12,358. Gasly fez um bom tempo, o segundo da geral, antes dos McLaren começarem a meter os seus tempos, indo para o topo da tabela. Piastri coloca 1.11,998 e era o primeiro a passar do segundo 12.
Na parte final, os aflitos tentaram marcar um tempo, mas muitos deles acabaram por ser eliminados. Especialmente Lance Stroll, da Aston Martin, e Alex Albon, da Williams, a última esperança de os ver na Q3. Fariam companhia ao Sauber de Gabriel Bortoleto, o Racing Bulls de Liam Lawson e Oliver Bearman, no seu Haas.
E assim, chegamos à Q3. Provavelmente com os McLaren contra o Red Bull do Max, mas não descarto os Ferrari e os Mercedes para sacarem um coelho da cartola.
Para a parte final... foi McLaren. Norris conseguiu melhorar ligeiramente o seu registo, mas Piastri tratou de agarrar a pole e tirar 0,2 segundos ao tempo do colega de equipa: 1.11,546 contra o 1.11,755 do britânico. Monopólio para a equipa de Woking, deixando Russell e Max na segunda fila, sem que els conseguissem os incomodar.
E foi assim o GP de Espanha. Interessante e algo emocionante, naquele que poderá ter sido, por algum tempo, a última qualificação de um Grande Prémio de Formula 1. Veremos como será no domingo.



Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...