Também há ideias de um GP do Ruanda, para ser construído por um consórcio liderado pelo ex-piloto e ex-líder da GPDA, a Grand Prix Drivers Association, Alexander Wurz, mas o interesse pode ter arrefecido há uns tempos a esta parte por causa das questões politicas no país - milícias apoiadas pelo governo de Kigali invadiram e conquistaram parte do leste do Congo - e no final de semana do GP do Mónaco, surgiu fortemente a ideia de um terceiro lugar para receber um Grande Prémio: Marrocos.
Mas esta semana, o Joe Saward conta que no fim de semana do GP monegasco, representantes do governo de Marrocos andaram a falar com Stefano Domenicalli sobre a possibilidade de investir até 1500 milões de dólares (ou 1,5 biliões, se ler isto no Brasil) perto de um lugar chamado Al Houara, perto de Tanger, na costa atlântica. Não é um deserto total - há um hotel de cinco estrelas, aberto em 2019, o aeroporto Ibn Batouta também não anda longe dali, bem como a auto-estrada Casablanca - Tanger - Rabat e a linha de alta velocidade estão ali perto - logo, um investimento em tal projeto poderá acontecer, com dinheiro do Qatar, por exemplo.
Para além disso, Marrocos tem mais algumas coisas importantes. A industria automóvel é um setor importante - exportaram meio milhão de carros em 2024 - e a sua localização, perto da Europa, permitirá, por exemplo, aumentar o tráfego de "ferryboats" e também, em termos de calendário, compensar a queda de alguma corrida na Europa, agora que sabemos que Zandvoort não volta, Barcelona e Imola acabam em breve os seus contatos, e Spa aparecerá ano sim, ano não. Isto porque as corridas de Formula 1, como conhecemos, são permanentemente deficitárias. Pelo menos, na Europa.



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