Na semana em que se disputa o GP de Inglaterra, é altura de contar a história de um dos mais “coloridos” pilotos de sempre da Formula 1, que teve uma alcunha que rimava com “desastre” e que no final da sua carreira foi, provavelmente, o melhor ajudante que Murray Walker jamais teve. Falo-vos de James Hunt, um dos campeões do mundo mais inesperados de todos os tempos, mas que o mereceu inteiramente!
James Simon Wallis Hunt nasceu a 29 de Agosto de 1947 (se tivesse vivo teria 59 anos). Era filho de um corretor da bolsa bem sucedido, logo teve educação nos melhores colégios ingleses. A sua intenção era de licenciar-se em Medicina, mas aos 18 anos, foi ver uma prova de carros e ficou apaixonado. Começou a correr com um Mini Cooper modificado, e depois passou para a Formula Ford e Formula Três. Foi aí que o seu estilo rápido e agressivo levou a alguns acidentes espectaculares, fazendo com que ganhasse uma alcunha para o resto da sua vida: “Hunt the Shunt” (Hunt, o acidentado).
James Simon Wallis Hunt nasceu a 29 de Agosto de 1947 (se tivesse vivo teria 59 anos). Era filho de um corretor da bolsa bem sucedido, logo teve educação nos melhores colégios ingleses. A sua intenção era de licenciar-se em Medicina, mas aos 18 anos, foi ver uma prova de carros e ficou apaixonado. Começou a correr com um Mini Cooper modificado, e depois passou para a Formula Ford e Formula Três. Foi aí que o seu estilo rápido e agressivo levou a alguns acidentes espectaculares, fazendo com que ganhasse uma alcunha para o resto da sua vida: “Hunt the Shunt” (Hunt, o acidentado).
Um episódio para acrescentar à sua lenda, contada na versão inglesa da Wikipédia: em 1970, numa prova em Crystal Palace, Dave Morgan colocou Hunt fora da pista. Este, furioso, foi ter com Morgan e esmurrou-o! Apesar das fortes críticas pela sua atitude, nada de especial foi feito.
Aos poucos, competiu na Formula 3, e depois na Formula 2. Em 1972, conhece Alexander Hasketh, um jovem Barão com muito dinheiro e pouco juízo. Era a parceria perfeita, que os levou á Formula 1. Compraram um March de Formula 2 e outro de Formula 1, fazendo com que em 1973, Hunt fizesse dois campeonatos, com relativo sucesso. A estreia de Hunt foi no GP do Mónaco, onde não acabou a corrida, mas em França, terminou a prova em sexto lugar. Mas o melhor estava para vir: um terceiro lugar na Holanda e um segundo em Watkins Glen fizeram com que Hunt terminasse em oitavo lugar no campeonato, com 14 pontos e dois pódios.
Em 1974, Hunt e Hesketh, juntamente com Harvey Poselwaithe, criaram a Hesketh, que não foi levado muito a sério pelos seus rivais. Por incrível que pareça, o dinheiro gasto para construir e manter uma equipa de Formula era migalhas para a fabulosa fortuna de Lord Hesketh, cujo estilo de vida abalou fortemente a Formula 1 da altura: festas regadas a álcool e mulheres, onde Hesketh levava o seu iate privado e o seu Rolls-Royce aos circuitos, para espanto da audiência. Hunt não ficava atrás: para além de ser um ávido fumador e bebedor, o seu gosto por mulheres era insaciável. Chegou até a colocar no seu fato a seguinte frase: “Sexo – o Pequeno-Almoço dos Campeões.”
Mas os resultados de Hesketh e Hunt cedo deixaram os seus adversários pensar: ganhou o BRDC International Trophy, em Silverstone, uma prova extra-campeonato, que espantou os seus correligionários, e nas provas oficiais, conseguiu três pódios, obtendo no total 15 pontos e o oitavo lugar da classificação geral.
Mas foi em 1975 que Hunt e Hesketh alcançaram o auge. A vitória no GP da Holanda mostrou que apesar do seu estilo de vida, Hunt era mesmo um piloto talentoso. O britânico conseguiu mais três pódios, acabando a temporada no quarto lugar, com 37 pontos.
Contudo, a fama teve um preço: Hesketh estava a ficar sem dinheiro e tinha dificuldade em arranjar patrocínios. Hunt pensava que a sua vida iria ficar para trás quando a McLaren procurava um substituto para Emerson Fittipaldi, que tinha saído da equipa para ajudar na aventura brasileira da Copersucar-Fittipaldi.
Contudo, a fama teve um preço: Hesketh estava a ficar sem dinheiro e tinha dificuldade em arranjar patrocínios. Hunt pensava que a sua vida iria ficar para trás quando a McLaren procurava um substituto para Emerson Fittipaldi, que tinha saído da equipa para ajudar na aventura brasileira da Copersucar-Fittipaldi.
Em 1976, Hunt chaega à McLaren, e este torna-se no seu melhor ano da sua carreira. Transforma-se no maior rival de Niki Lauda - que fora das pistas era um dos seus melhores amigos - e os duelos tornam-se épicos. Apesar de ter começado mal a temporada, ganha em Espanha, depois de uma primeira desclssificação, devido a protestos par parte da Ferrari. Vence novamente em França, e é desqulificado em Inglaterra, depois de ter provocado uma carambola na primeira curva do circuito de Brands Hatch.
Mas a partir de Nurburgring, quando Niki Lauda tem o seu acidente quase fatal, que as suas (pequenas) esperanças de ganhar o título mundial se engrandecem. Nas seis provas seguintes, ganha quatro, enquanto que Lauda, depois do seu dramático regresso em Monza (onde foi quarto), o melhor que consegue é um terceiro lugar em Watkins Glen. Na última prova, no circuito japonês de Fuji, sob forte tempestade, Lauda encosta à "box" e abandona volutáriamente, enquanto que Hunt consegue navegar à chuva para ser terceiro, e ganhar o título mundial por um ponto (69 pontos - belo número... - contra 68 de Lauda).
Para além das seis vitórias, o inglês conseguiu mais duas presenças no pódio, oito "pole-positions" e duas voltas mais rápidas. tinha conquistado o direito de usar o numero 1 na temporada de 1977.
Nesse ano, o M23 foi bom, mas não conseguiu superar os Ferrari de Niki Lauda e Carlos Reutmann, em melhor forma. Mesmo assim, Hunt ganhou nos circuitos de Silverstone, Watkins Glen e Fuji. Ainda foi mais três vezes ao pódio e fez mais seis "pole-positions" e três voltas mais rápidas. No final do campeonato, classificou-se na quarta posição, com 40 pontos, a 32 pontos do campeão, Niki Lauda.
As coisas em 1978 pioraram muito na McLaren, com o aparecimento do Lotus 79, com o efeito-solo no seu auge. o M26, que substituiu o M23, não estava preparado para tal coisa, apesar de ter sido renovado a meio da época, e a motivação de Hunt começou a decair. O melhor que conseguiu foi um terceiro lugar em França, o único pódio na época. No final da época, tinha conseguido somente oito pontos e o 13º lugar na classificação, com um pódio.
Para piorar as coisas, em Monza, o seu eventual substituto e amigo Ronnie Peterson tem um acidente grave, e irá morrer no dia seguinte. Hunt é um dos pilotos que tira Peterson do carro em chamas (os outros foram Clay Regazzoni e Hans Stuck), e culpa o novato Riccardo Patrese, da Arrows, pelo sucedido. A coisa foi tão bem sucedida, que o italiano é impedido de participar em Watkins Glen. Ora, o acidente tinha sido provocado... pelo próprio Hunt, que iniciou a sequência destruidora, ao bater no carro de Patrese e em consequência, no Lotus do infortunado piloto sueco.
No final da época, Hunt muda-se para a Wolf, como substituto de Jody Scheckter, que tinha emigrado para a Ferrari. Mas a sua motivação estava em baixo, bem como a sua vida pessoal, que estava numa fase turbulenta (estava em período de divórcio). Para piorar as coisas, o carro não era competitivo. Após o GP do Mónaco, onde não conseguiu terminar, decide largar de vez a Formula 1. Tinha 31 anos.
A sua carreira na Formula 1: 93 Grandes Prémios, em sete temporadas, Campeão do Mundo em 1976, dez vitórias, 14 pole-positions, oito voltas mais rápidas, 23 pódios, 187 pontos no total.
A sua vida na pós-Formula 1 foi turbulenta. Debateu-se ao longo da década de 80 com problemas de alcoól e depressão, muitos ods seus negócios falharam, o que fez com que ficasse à beira da bancarrota. Mas ao mesmo tempo, tornara-se comentador da BBC nos Grandes Prémios, ao lado de Murray Walker. Os seus comentários eram no mínimo... coloridos, e muitas das inimizades dos seus tempos de piloto ainda ecoavam. Por exemplo: só dizia mal de Riccardo Patrese, muito tempo depois do acidente de Peterson, ou uma vez afirmou que o estilo de condução de René Arnoux, então num fim de carreira inglório na Ligier, como "sendo uma m****". Em directo!
Mas no final da sua vida, o seu estilo já era muito mais calmo. Tinha largado o alcóol e deixara de fumar tido dois filhos e a vida estabilizada, e um dos seus "hobbys" era a criação de pássaros. Mas isso não foi suficiente. Morreu a 15 de Junho de 1993 na sua casa em Wimbledon, nos arredores de Londres, de ataque cardíaco. Tinha 45 anos.
E eis a vida de um dos mais polémicos e carismáticos pilotos do seu tempo. As suas excêntricidades foram lenda no seu tempo (costumava levar o seu cão a restaurantes caros em Londres) e foram copiadas nos tempos que se seguiram. Dois dos pilotos que nos tempos mais recentes foram comparados a Hunt foram Eddie Irvine e David Coulthard.
tô sem palavras...
ResponderEliminarsou fã do James Hunt...
Não concordo que James Hunt iniciou o acidente que vitimou Ronnie Peterson. Patrese ao se deparar com a chicane logo apos a largada do GP de Monza de 78, para manter sua posição virou seu volante a esquerda e espremeu Hunt contra o Lotus de Peterson. No digo que Patrese causou sozinho o acidente, o desenho da pista e o modo de largada (Que foi modificada depois por causa desse acidente) contribuiram, mas dizer que James Hunt foi o causador nao esta certo.
ResponderEliminar