Por muito que contestem o seu talento, ele que elevou o automobilismo português ao topo da modalidade e deu os melhores resultados de sempre na Formula 1, numa das provas mais polémicas de sempre da Formula 1. Começou a correr tarde (aos 21 anos), mas foi a tempo de conseguir um rico palmarés, quer nas várias categorias de promoção, quer na ChampCar, quer agora no WTCC, ao volante de um Seat Leon. Tiago Monteiro é o piloto do dia, pois ele faz anos. Muitos parabéns!
Ele nasceu como Tiago Vagaroso da Costa Monteiro na cidade do Porto, no dia 24 de Julho de 1976 (tem agora 31 anos). Filho de um corredor amador em França, só começou a competir a sério depois de ter tirado um curso de Gestão Hoteleira na Suiça. Em 1997 participou no troféu Porsche Carrera, onde ganhou cinco corridas, e tornou-se no "Rookie do Ano". No ano seguinte, mudou-se para a Formula 3 francesa, onde ficou até 2001. Durante esse tempo, foi vice-campeão francês por duas vezes (2000 e 2001).
Enquanto isso, fazia participações pontuais em vários campeonatos, onde alcançava posições de relevo, como uma vitória na Formula 3 europeia em Spa-Francochamps, em 2000, uma participação no campeonato GT francês, em 2001, onde obtêm duas vitórias e cinco pódios na classe GTB, a bordo de um Lamborghini, e uma participação no Troféu Andros, onde foi quarto e fez a volta mais rápida.
Em 2002, vai para a Formula 3000, a bordo de um carro da Super Nova, onde ficou na 12ª posição da geral, com dois quintos lugares. Fazendo parte da Renault Formula 1 Driver Development Scheme, tem o seu primeiro contacto com a Formula 1 no final desse ano em Barcelona, a bordo de um Renault, no sentido de saber se poderia ser o escolhido para o lugar de piloto de testes. Não ficou com o lugar.
Em 2003, Emerson Fittipaldi monta uma equipa na ChampCar para Tiago Monteiro correr. Foi uma temporada modesta, mas consegue uma pole-position e um pódio no México, ficando na 15ª posição da geral, com 29 pontos. No ano seguinte, muda-se para a World Series by Renault, onde se torna no "Rookie do Ano", tornando-se vice-campeão, ficando atrás de um imbatível Heiki Kovalainen, actual piloto titular da Renault. Nessa altura, aceitara um lugar como piloto de testes da Minardi, embora tenha sido pouco chamado.
E em 2005, tem a sua oportunidade: A Midland comprara no final de 2004 a Jordan, e precisava de pilotos pagantes. Com a contratação do indiano Narain Karthikayean, precisavam de outro piloto para o segundo carro. E monteiro foi escolhido, baseado no seu palmarés, a sua velocidade, e pelo dinheiro que trazia (cerca de cinco milhões de euros, á época). Logo no inicio, torna-se óbvio que ele não é um "rookie" qualquer: consegue levar o carro até ao fim em quase todas as corridas desse ano, batendo o recorde de Jackie Stewart (1965) e de Olivier Panis (1994) como o estreante que acaba mais corridas: dezasseis.
E em Indianápolis, a polémica torna-se numa oportunidade para a Jordan e Tiago Monteiro: sendo uma das três equipas que calçam pneus Bridgestone, alinha à partida do Grande Prémio, depois da deserção dos carros com pneus Michelin. E Monteiro, sabendo que era a sua unica oportunidade para alcançar algo inédito, e de bater o seu companheiro Karthikayean, aproveita. Com o seu terceiro lugar, torna-se no primeiro português a subir ao pódio de um Grande Prémio de Formula 1.
Alguns meses mais tarde, em Spa-Francochamps, leva o seu Jordan ao oitavo lugar, marcando mais um ponto. No fim, fica com 7 pontos e o 16º lugar da classificação geral. E a Autosport inglesa dá-lhe o título de "Rookie do Ano".
Entretanto, a Jordan muda de nome para Midalnd, e a meio da época, é comprada pela Spyker de Michiel Mol. Monteiro tem um novo companheiro, vindo da Minardi: o holandês Christijan Albers. As coisas não vão correr tão bem como no ano anterior, e o seu melhor lugar é o nono posto na Hungria. Logo: zero pontos. No final do ano, Monteiro tenta ir mais longe, mas não consegue. Foi uma hipótese para a Toro Rosso, mas como é a equipa B da Red Bull, estes perferem alguém da sua escola de pilotos...
A sua carreira na formula 1: 37 Grandes Prémios, em duas temporadas, um pódio, sete pontos.
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