Confesso que ando farto de ver futebolistas a baterem a bota à frente de todos nós. Em menos de cinco anos, já vi Marc Vivien-Foé, Miklos Fehér e agora, Antonio Puerta. Internacional espanhol do Sevilha, tinha 22 anos e morreu esta tarde, depois de ter desfalecido durante a partida de Sábado, da primeira jornada de "La Liga" contra o Getafe. Os andaluzes ganharam 4-1, mas isso nada importou a partir do minuto 28, quando o jogador desfaleceu, sem motivo aparente, depois de um "sprint" para a baliza do conjunto madrilista.
Um dos seus companheiros, o sérvio Dragutinovic, tentou evitar que ele mordesse a lingua, enquanto que não chegava o médico. Pouco depois, o jogador recuperava a saía pelo seu próprio pé do recinto, mas quando chegou ao balneário, teve nova paragem cardio-respiratória, do qual nunca voltou a recuperar. Hoje à tarde, foi o desfecho: uma paragem cerebral e consequente falha múltipla de órgãos.
Agora que a fatalidade aconteceu. se sabem de mais alguns pormenores: segundo o jornal espanhol "El Mundo", o jogador tinha uma displasia arritmogénica do ventrículo direito, uma enfermidade cardíaca congénita que provocou múltiplas fibrilações ventriculares (uma arritmia cardíaca). Ainda por cima, isso era hereditário, e que passou despercebído nos vários exames médicos que o clube fez.
Começo a pensar: o que é que esconde esses exames médicos? Muitos dos jogadores que acabaram por morrer em campo tinham malformações congénitas no coração, que não foram apercebidas. Foé tinha, Fehér também. E quantos mais têm, e que os médicos deixaram passar? Confesso que já não basta os árbitros que roubam, as manobras de bastidores e os golos que entram, mas não contam, agora temos cadáveres em campo...
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