Hoje falo de um bólide, feito por uma equipa pequena, desenhado por um endário projectista, e que numa era de motores Turbo, foi um dos melhores chassis com motor aspirado daquele ano, dando a Ivan Capelli a sua melhor temporada da sua vida. E tudo isso num ano em que os McLaren ganharam 15 das 16 corridas desse ano...
Estamos em 1988. A FIA decidiu que no final desse ano, os motores Turbo iriam ser abolidos a favor de motores aspirados, que começavam a voltar em força no actual pelotão da Formula 1. A March, que tinha voltado à Formula 1 no ano anterior, com um chassis unico para o italiano Ivan Capelli, decidiu correr com um segundo carro em 1988, com motores Judd, para o brasileiro Mauricio Gugelmin.
O chassis 881 era uma evolução do modelo 871, que correu no ano anterior, onde fez um resultado razoável. Quem o desenhou foi um homem que iria no futuro se tornar num dos melhores desenhadores da actualidade: Adrian Newey. desenvolvido em túnel de vento, tornou-se num chassis simples, mas eficaz, e isso se reflectiu nos resultados.
Após um inicio titubeante, os primeiros bons resultados começaram a aparecer no Canadá, onde Capelli chegou à quinta posição. Em Silverstone, foi a vez de Mauricio Gugelmin levar o carro à quarta posição final. À medida que a temporada avança, os March melhoravam em termos de evolução, e em termos de resultados. Muitas das vezes, os carros eram os melhores com motor aspirado. Em Spa-Francochamps dá-se o primeiro grande momento da March: o italiano Ivan Capelli faz uma grande corrida de recuperação, do 14º posto, até ao terceiro lugar, a primeira vez desde 1976 que um March subia ao pódio, e o primeiro pódio do simpático piloto italiano.
No Estoril acontece o segundo e maior momento da equipa nesse ano: nos treinos, Capelli leva o seu carro azul à terceira posição da grelha de partida, e na corrida, consegue levar o carro à segunda posição final, somente batido pelo McLaren de Alain Prost. É o segundo pódio do ano. Algumas corridas mais tarde, no Japão, acontece o terceiro momento alto do ano: partindo da quarta posição da grelha, o carro chega na volta 15 a liderar um Grande Prémio de Formula 1. Era a primeira vez em quatro anos que um carro atmosférico liderava! Infelizmente, a coisa durou apenas 200 metros, e quatro voltas depois, Capelli desistia.
No final da época, a March ficava na sétima posição no campeonato do mundo, com 22 pontos e dois pódios. Todos estavam felizes com a temporada que passou e tinham grandes esperanças para a temporada seguinte.
Contudo, o novo carro só se iria estrear no GP de San Marino, logo, o 881 ainda seria usado nas duas primeiras provas da temporada de 1989. E em Jacarépaguá, iria brilhar mais uma vez, nas mãos de Gugelmin, pois chegou ao terceiro lugar, conseguindo o terceiro pódio da temporada. Em San Marino, o carro foi para o museu, mas com os resultados que tiveram, mais valia terem usado para o resto da temporada...
Contudo, o novo carro só se iria estrear no GP de San Marino, logo, o 881 ainda seria usado nas duas primeiras provas da temporada de 1989. E em Jacarépaguá, iria brilhar mais uma vez, nas mãos de Gugelmin, pois chegou ao terceiro lugar, conseguindo o terceiro pódio da temporada. Em San Marino, o carro foi para o museu, mas com os resultados que tiveram, mais valia terem usado para o resto da temporada...
Carro: March 881
Projectista: Adrian NeweyMotor: Judd V8 atmosférico de 3,5 litros
Pilotos: Ivan Capelli e Mauricio Gugelmin
Corridas: 16
Vitórias: 0
Poles: 0
Voltas Mais Rápidas: 0
Pódios: 3 (Capelli 2, Gugelmin 1)
Pontos: 26 (Capelli 17, Gugelmin 9)
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