Exactamente uma semana depois de Maurice Trintignant ter ganho o GP do Mónaco, máquinas e pilotos rumavam para o arenoso circuito de Zandvoort, na Holanda, para cumprirem a terceira etapa do Mundial de pilotos.
Depois dos dois escândalos consecutivos que a Cooper tinha causado, com o seu pequeno carro de motor traseiro, esperava-se que a "normalidade" voltasse ao "paddock" com os Vanwall, Maserati, Ferrari e BRM, todos de motor frontal, a mostrar-se perante o público e a disputar a vitória.
A Vanwall tinha três caros inscritos para Stirling Moss, Stuart Lewis-Evans e Tony Brooks. A Ferrari também tinha três carros, para Mike Hawthorn, Peter Collins e Luigi Musso. Quanto à BRM, somente inscrevia dois carros, para o francês Jean Behra e o americano Harry Schell, e a Lotus inscrevia Cliff Allison e um novato que se tinha estreado no Mónaco chamado Graham Hill. Para finalizar, a Cooper tinha três carros de motor traseiro para Roy Salvadori, Jack Brabham e Maurice Trintignant, o vencedor do Mónaco.
De resto, havia entradas privadas, uma delas de um Porsche laranja, guiado por um aristocrata local chamado Carel Godin de Beaufort.
Nos treinos, a Vanwall dominou completamente a tabela de tempos, ao colocar os seus carros nas três primeiras posições, com Lewis-Evans à frente, seguido por Moss e Brooks. Tony Vanderwell, o fundador e proprietário da equipa, não poderia ter sonhado melhor... logo atrás vinha o BRM de Jean Behra, o Cooper de Jack Brabham e o primeiro dos Ferrari, Mike Hawthorn.
O dia da corrida, 26 de Maio de 1958, era... uma segunda-feira. Mas na Holanda, esse dia era feriado, logo uma multidão veio a Zandvoort para assistir ao Grande Prémio, e aplaudir os pilotos. Na partida, Mosso foi o mais veloz, passando Lewis-Evans, com Schell no terceiro posto, pois Tony Brooks tinha sido atingido por detrás, numa incidente no inicio da corrida, e teve que ir às boxes para reparos.
Entretanto, mosso fugia, e Schell pressionava Lewis-Evans pelo segundo lugar, até que na volta 12, conseguiu ultrapassá-lo, e partir para a perseguição a Moss. Só que este levava uma grande vantagem, e nunca mais foi apanhado. Mais atrás, Behra fazia uma corrida de recuperação, ultrapassando primeiro Salvadori, e a seguir Hawthorn, e lutava com Lewis-Evans pelo terceiro lugar, antes deste desistir na volta 47, com problemas de motor, ascendento ao lugar mais baixo do pódio.
A partir dali, não houve muito mais história. Com a segunda vitória do ano, Moss passava para a frente do campeonato, com 17 pontos, seguido por Luigi Musso, com 12 pontos. Após Moss e do duo da BRM Schell/Behra, seguiram-se o Cooper de Roy Salvadori e o Ferrari de Mike Hawthorn, no quinto lugar.
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