No deserto de quase três décadas que houve entre o acidente fatal de Wolfgang Von Trips, em 1961, e a chegada de Michael Schumacher à Formula 1, poucos foram os pilotos alemães que saíram da mediocridade dos últimos lugares. Três deles foram Hans-Joachim Stuck, Stefan Bellof, cuja carreira terminou tragicamente cedo, e Jochen Mass, que deu à Alemanha a sua única vitória na Formula 1 entre 1961 e 1992. E mesmo essa é uma meia vitória… hoje é dia de falar de Jochen Mass.
Nascido a 30 de Setembro de 1946 em Dorfen, na Baviera, sul da Alemanha, começou a sua carreira no final dos anos 60, em rampas, a bordo de um Alfa Romeo Giulia. Isso deu-lhe uma oportunidade para participar em campeonatos de Turismo no inicio dos anos 70, a bordo de um Ford Capri do Grupo 5, ao mesmo tempo que corria na Formula 2. Em 1972, torna-se campeão europeu de Turismos, a bordo de um Capri RS 2600, onde entre outros feitos, vence as 24 Horas de Spa-Francochamps, em conjunto com o seu compatriota Hans-Joachim Stuck.
Em 1973, participa mais activamente na Formula 2, onde chega ao fim como vice-campeão, perdendo o título para o francês Jean-Pierre Jarier. Por esta altura, para além da Formula 2 e dos Turismos, consegue alugar um Surtees TS14A para correr no GP de Inglaterra, onde a sua participação termina… no final da primeira volta, pois foi um dos 11 pilotos que se envolveram na monumental carambola provocada pelo McLaren de Jody Scheckter. Corre mais duas provas, em Nurburgring e em Watkins Glen, onde não consegue mais do que um sétimo lugar na prova alemã.
Em 1974, torna-se piloto oficial da Surtees, sem resultados de relevo. Mas a meio da época, a McLaren procurava um substituto para o inglês Mike Hailwood, no terceiro carro da marca. Depois de duas corridas com o inglês David Hobbs, Mass correu no Canadá e em Watkins Glen, conseguindo um sétimo posto na última prova. As suas prestações foram os suficientes para correr pela McLaren na época seguinte, ao lado de Emerson Fittipaldi como segundo piloto.
A época começa com um o seu primeiro pódio, um terceiro lugar no Brasil, o primeiro pódio de um piloto alemão desde Rolf Stommelen, em 1970. E no polémico GP de Espanha, em Barcelona, onde os pilotos entraram em conflito com os organizadores do circuito urbano de Montjuich, devido à falta de segurança, a corrida acabou à 29 volta devido ao grave acidente de Rolf Stommelen, que matou quatro espectadores, e feriu gravemente o piloto. Nessa altura, Mass tinha ultrapassado o Lotus de Jacky Ickx, e assim, os organizadores declaram-no como o vencedor, mas apenas… com metade dos pontos. Depois de Barcelona, Mass conseguiu mais dois pódios, em Paul Ricard e em Watkins Glen, ambas na terceira posição. No final do ano, classificou-se na oitava posição, com 20 pontos, e conseguiu uma volta mais rápida.
Em 1976, Mass ganha um novo companheiro, o inglês James Hunt. O carro continuava a ser o modelo M23, e com ele conseguiu dois pódios, na Africa do Sul e na Alemanha, noutra corrida marcada por um grave acidente, o de Niki Lauda. No final da temporada, acabou na nona posição, com 19 pontos, e uma volta mais rápida, em Jarama. No ano seguinte, as coisas melhoraram um pouco, ainda por cima com a introdução do novo modelo M26. Obteve mais dois pódios e 25 pontos no total, que lhe deram a sexta posição no campeonato.
Ao mesmo tempo que corria a sua carreira na Formula 1, aconteciam as suas participações em corridas de Endurance e nos Sport-Protótipos, com bons resultados a bordo de máquinas como o Alfa Romeo da Willi Kahusen Team, vencendo a ronda de Enna-Pergusa do campeonato do Mundo de 1975, com o italiano Arturo Merzário a seu lado. Em 1976, ao lado de Jacky Ickx, venceu três provas (Mugello, Vallelunga e Dijon) e deu à Porsche o Mundial de Construtores. E em 1977, de novo com Jacky Ickx, conquistou de novo o Mundial de Marcas, vencendo mais quatro provas: Mugello, Silverstone, Brands Hatch e Watkins Glen.
Em 1978, aceita o desafio da ATS, uma equipa totalmente alemã, liderada por Gunther Schmidt, um homem de negócios que fez fortuna a construir jantes para pneus. Nesse ano, Schmidt contratou Robin Herd para desenhar o chassis D1, e Mass correu ao lado de Jean-Pierre Jarier. Mas a temporada foi conturbada, com oito (!) pilotos a correrem nos dois chassis da marca. Para piorar as coisas, Mass sofreu um acidente em testes realizados em Brands Hatch, após o GP da Holanda, onde partiu uma perna. Ficou de fora para o resto da temporada, sem pontuar.
No ano seguinte, foi para a Arrows, ficando ao lado de Riccardo Patrese, e o apoio da cerveja alemã Warsteiner. A equipa estreou nesse ano o Arrows A2, um chassis onde levou o conceito de efeito-solo… um pouco longe demais. Nessa temporada, somente conseguiu três pontos e o 18º lugar final. Em 1980, agora com um mais convencional Arrows A3, Mass consegue melhores posições, nomeadamente, um quarto lugar no GP do Mónaco. É ainda segundo classificado no controverso GP de Espanha de 1980, que é boicotado pelas equipas FISA, e não reconhecido pela entidade.
Contudo, durante os treinos da ronda austríaca, no circuito de Zeltweg, perde o controlo do seu carro e dá varias cambalhotas pelo ar, ficando magoado na zona do pescoço, mas falhando duas corridas (Holanda e Itália). Regressou para disputar as duas rondas finais, sem resultados de relevo. No final do ano, conseguiu quatro pontos e o 17º lugar da geral.
Em 1981, fica sem lugar na Formula 1, e vira-se mais para os Sport-Protótipos, de novo a bordo de um Porsche 936, onde participou nas 24 Horas de Le Mans, acabando na 12ª posição. Em 1982, é convidado pela March para regressar à Formula 1 e correr na sua equipa, ao lado do brasileiro Raul Boesel. Tinham o patrocínio da Rothmans, mas não iam a lado nenhum, pois o chassis era fraco, e os motores Ford Cosworth eram de versão-cliente.
Nascido a 30 de Setembro de 1946 em Dorfen, na Baviera, sul da Alemanha, começou a sua carreira no final dos anos 60, em rampas, a bordo de um Alfa Romeo Giulia. Isso deu-lhe uma oportunidade para participar em campeonatos de Turismo no inicio dos anos 70, a bordo de um Ford Capri do Grupo 5, ao mesmo tempo que corria na Formula 2. Em 1972, torna-se campeão europeu de Turismos, a bordo de um Capri RS 2600, onde entre outros feitos, vence as 24 Horas de Spa-Francochamps, em conjunto com o seu compatriota Hans-Joachim Stuck.
Em 1973, participa mais activamente na Formula 2, onde chega ao fim como vice-campeão, perdendo o título para o francês Jean-Pierre Jarier. Por esta altura, para além da Formula 2 e dos Turismos, consegue alugar um Surtees TS14A para correr no GP de Inglaterra, onde a sua participação termina… no final da primeira volta, pois foi um dos 11 pilotos que se envolveram na monumental carambola provocada pelo McLaren de Jody Scheckter. Corre mais duas provas, em Nurburgring e em Watkins Glen, onde não consegue mais do que um sétimo lugar na prova alemã.
Em 1974, torna-se piloto oficial da Surtees, sem resultados de relevo. Mas a meio da época, a McLaren procurava um substituto para o inglês Mike Hailwood, no terceiro carro da marca. Depois de duas corridas com o inglês David Hobbs, Mass correu no Canadá e em Watkins Glen, conseguindo um sétimo posto na última prova. As suas prestações foram os suficientes para correr pela McLaren na época seguinte, ao lado de Emerson Fittipaldi como segundo piloto.
A época começa com um o seu primeiro pódio, um terceiro lugar no Brasil, o primeiro pódio de um piloto alemão desde Rolf Stommelen, em 1970. E no polémico GP de Espanha, em Barcelona, onde os pilotos entraram em conflito com os organizadores do circuito urbano de Montjuich, devido à falta de segurança, a corrida acabou à 29 volta devido ao grave acidente de Rolf Stommelen, que matou quatro espectadores, e feriu gravemente o piloto. Nessa altura, Mass tinha ultrapassado o Lotus de Jacky Ickx, e assim, os organizadores declaram-no como o vencedor, mas apenas… com metade dos pontos. Depois de Barcelona, Mass conseguiu mais dois pódios, em Paul Ricard e em Watkins Glen, ambas na terceira posição. No final do ano, classificou-se na oitava posição, com 20 pontos, e conseguiu uma volta mais rápida.
Em 1976, Mass ganha um novo companheiro, o inglês James Hunt. O carro continuava a ser o modelo M23, e com ele conseguiu dois pódios, na Africa do Sul e na Alemanha, noutra corrida marcada por um grave acidente, o de Niki Lauda. No final da temporada, acabou na nona posição, com 19 pontos, e uma volta mais rápida, em Jarama. No ano seguinte, as coisas melhoraram um pouco, ainda por cima com a introdução do novo modelo M26. Obteve mais dois pódios e 25 pontos no total, que lhe deram a sexta posição no campeonato.
Ao mesmo tempo que corria a sua carreira na Formula 1, aconteciam as suas participações em corridas de Endurance e nos Sport-Protótipos, com bons resultados a bordo de máquinas como o Alfa Romeo da Willi Kahusen Team, vencendo a ronda de Enna-Pergusa do campeonato do Mundo de 1975, com o italiano Arturo Merzário a seu lado. Em 1976, ao lado de Jacky Ickx, venceu três provas (Mugello, Vallelunga e Dijon) e deu à Porsche o Mundial de Construtores. E em 1977, de novo com Jacky Ickx, conquistou de novo o Mundial de Marcas, vencendo mais quatro provas: Mugello, Silverstone, Brands Hatch e Watkins Glen.
Em 1978, aceita o desafio da ATS, uma equipa totalmente alemã, liderada por Gunther Schmidt, um homem de negócios que fez fortuna a construir jantes para pneus. Nesse ano, Schmidt contratou Robin Herd para desenhar o chassis D1, e Mass correu ao lado de Jean-Pierre Jarier. Mas a temporada foi conturbada, com oito (!) pilotos a correrem nos dois chassis da marca. Para piorar as coisas, Mass sofreu um acidente em testes realizados em Brands Hatch, após o GP da Holanda, onde partiu uma perna. Ficou de fora para o resto da temporada, sem pontuar.
No ano seguinte, foi para a Arrows, ficando ao lado de Riccardo Patrese, e o apoio da cerveja alemã Warsteiner. A equipa estreou nesse ano o Arrows A2, um chassis onde levou o conceito de efeito-solo… um pouco longe demais. Nessa temporada, somente conseguiu três pontos e o 18º lugar final. Em 1980, agora com um mais convencional Arrows A3, Mass consegue melhores posições, nomeadamente, um quarto lugar no GP do Mónaco. É ainda segundo classificado no controverso GP de Espanha de 1980, que é boicotado pelas equipas FISA, e não reconhecido pela entidade.
Contudo, durante os treinos da ronda austríaca, no circuito de Zeltweg, perde o controlo do seu carro e dá varias cambalhotas pelo ar, ficando magoado na zona do pescoço, mas falhando duas corridas (Holanda e Itália). Regressou para disputar as duas rondas finais, sem resultados de relevo. No final do ano, conseguiu quatro pontos e o 17º lugar da geral.
Em 1981, fica sem lugar na Formula 1, e vira-se mais para os Sport-Protótipos, de novo a bordo de um Porsche 936, onde participou nas 24 Horas de Le Mans, acabando na 12ª posição. Em 1982, é convidado pela March para regressar à Formula 1 e correr na sua equipa, ao lado do brasileiro Raul Boesel. Tinham o patrocínio da Rothmans, mas não iam a lado nenhum, pois o chassis era fraco, e os motores Ford Cosworth eram de versão-cliente.
A época começa modesta, sem dar muito nas vistas, mas depois vem Zolder. Nos treinos para o GP belga, Mass vinha lento, a caminhar para as boxes, quando vê no espelho o Ferrari de Gilles Villeneuve. Pensando que vinha numa volta rápida, encosta-se para dar passagem ao canadiano. Mas ambos desentendem-se, e o Ferrari catapulta-se, dando duas cambalhotas no ar e o piloto é projectado. Mass é o primeiro a chegar e vê que pouco ou nada se pode fazer pelo canadiano. Apesar de envolvido no acidente, está isento de culpa, pois foi somente vítima de um desentendimento fatal.
Em Detroit, consegue o seu melhor resultado do ano, um sétimo lugar, mais duas provas mais tarde, em Paul Ricard, no GP francês, uma colisão na décima volta com o Arrows do italiano Mauro Baldi, onde fica virado de pernas para o ar na barreira de pneus, sem contudo ficar ferido, foi para ele a gota de água que fez transbordar o copo. Decidiu retirar-se da Formula 1 nesse dia.
A sua carreira na Formula 1: 114 Grandes Prémios, em nove temporadas (1973-80, 1982), uma vitória, oito pódios, duas voltas mais rápidas, 71 pontos.
Depois da sua passagem pela Formula 1, continua a sua carreira no Mundial de Sport-Protótipos, primeiro pela Rothmans Porsche, ao lado de Jacky Ickx, vencendo em Nurburgring e Spa-Francochamps, em 1983, em Silverstone e Mosport em 1984, e em Mugello, Silverstone e Shah Alam, na Malásia, em 1985.
Em 1988, entra na equipa Sauber-Mercedes, onde corre com o francês Jean-Louis Schlesser, e vence quatro provas do campeonato (Jerez, Brno, Nurburgring e Sandown Park, na Austrália), acabando no segundo lugar do campeonato. No ano seguinte, ainda com Schlesser, ajuda a Sauber-Mercedes a conquistar o campeonato, ganhando quatro provas (Jarama, Nurburgring, Donington e Hermanos Rodriguez, no México), e consegue o prémio supremo: vencer as 24 Horas de Le Mans, ao lado do seu copatriota Manuel Reuter e do sueco Stanley Dickens (trineto do escritor inglês Charles Dickens)
Continuou a correr pela Mercedes em 1990, correndo ao lado de duas promessas do automobilismo alemão: o austríaco Karl Wendlinger (que correu na Sauber quando este se aventurou na Formula 1) e o seu compatriota… Michael Schumacher. Mass ganhou em Spa-Francochamps (com Wendlinger) e no México (com Schumacher), e falhou o título por um ponto e meio. No final de 1991, a Sauber retirou-se da competição, para se concentrar no projecto da Formula 1, e Mass decidiu que também era altura de pendurar o capacete. Depois de comentar as corridas de Formula 1 durante quatro anos (1994-98) pela TV alemã RTL, Mass trabalha agora na Mercedes-Benz, representando-a em eventos históricos, como as Mille Miglia.
Fontes:
http://de.wikipedia.org/wiki/Jochen_Mass
http://www.grandprix.com/gpe/drv-masjoc.html
Belíssima história....
ResponderEliminarSpeeder... passa lá no blog e vê se vc consegue adivinhar os pilotos do desafio
Abração
vaya coches aquellos de esa epoca eran muy pesados y corrian mucho y tenian neumaticos slicks y pronto estaran en la f1
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