E pronto, eis o momento decisivo do Mundial de Formula 1 2008: quem sairia do circuito brasileiro coroado como o novo campeão do Mundo? Felipe Massa, no seu Ferrari, ou Lewis Hamilton, no seu McLaren?
Era esta a duvida que milhões de pessoas em todo o mundo tinham nas suas mentes, à medida que se aproximavam os minutos para o inicio do GP do Brasil, no circuito de Interlagos. E para melhorar as coisas, tinha chovido bastante nos minutos que antecederam a partida, e o asfalto estava molhado (mas com tendência para secar rapidamente).
E logo na primeira volta... Safety Car. No S de Senna, David Coulthard (que má despedida...) e Nelson Piquet Jr. ficaram pelo caminho, ao mesmo tempo que Sebastien Vettel fazia uma cavalgada do seu sétimo posto, enquanto que Fernando Alonso tentava apanhar Lewis Hamilton, que mantivera o quarto posto da partida, tentando jogar uma partida cerebral com os adversários e com as condições da pista.
Em poucas voltas, a pista secou, mas todos mantinham uma expectativa sobre a possibilidade de mais chuva. Os pilotos, que na largada, partiram com pneus intermédios, cedo colocaram pneus para piso seco, uns mais duros, outros nem tanto. E com estas trocas iniciais, vimos Massa na frente, a ser pressionado por... Sebastien Vettel, com Fernando Alonso na terceira posição. Hamilton era sexto, com... Giancarlo Fisichella à sua frente. Assim sendo, por alturas da 11ª volta, Felipe Massa era o campeão do Mundo.
Hamilton aguentou algumas voltas atrás do Force India - Ferrari, mas quando conseguiu desembrarçar-se dele, voltou à quinta posição, e logo, era de novo o lider do Mundial. A corrida prosseguia, sem sobressaltos, e depois dos primeiros reabastecimentos, Massa continuava na frente. Mas Hamilton ainda estava dentro dos cinco primeiros, logo, a pouco mais de metade da corrida, o piloto inglês era o campeão do mundo.
Mas a dez voltas do fim, voltaram as nuvens negras, a incerteza e o suspense tinham voltado, qual filme de Alfred Hitchcock: será que a chuva vinha a tempo de influenciar a corrida? E caso viesse em força, será que iria ser o momento decisivo de um campeonato do mundo que vinha a ser disputado desde Março, os dez metros finais de uma longa maratona? De uma certa forma, a resposta foi afirmativa. A cinco voltas do fim, a chuva caiu, não em força, mas o suficiente para fazer com que todos viessem para as boxes, e trocar por pneus intermédios.
Massa voltou à liderança, mas Hamilton era acossado por Sebastien Vettel. O piloto da Toro Rosso iria ser um inesperado fiel da balança no campeonato do mundo, e quando passou o inglês da McLaren, todos pensavam que tudo tinha sido resolvido, a favor de Massa. Hamilton tentava apanhar Vettel, mas a luta era inutil. Mas todos tinham esquecido o Toyota de Timo Glock, que jogou com a sorte e tentou manter-se em pista com pneus secos. Perdeu muito tempo, e nas últimas curvas, foi ultrapassado por Vettel e Hamilton.
Não sei por quantos milissegundos o Massa foi campeão, mas certamente por por alguns, pois ao mesmo tempo que cortava a meta, Hamilton conseguia o quinto lugar necessário para ser campeão, e aquilo que deveria ser um momento de consagração para a Ferrari e para Massa, tornava-se numa "vitória de Pirro", pois Hamilton conseguiu o ponto que pretendia para ser, aos 23 anos, o mais jovem campeão do Mundo de sempre. Parabéns, Lewis Hamilton!
Foi uma corrida espectacular, nunca pensei que fosse tão emocionante.
ResponderEliminarGrande abraço!
Kimi_cris