Com a morte de Colin Chapman, no final de 1982, sendo sucedido pelo seu braço-direito Peter Warr, e o ingresso de Gerard Ducarouge como projectista na equipa alguns meses depois, salvando aquilo que seria uma temporada desastrosa para a marca, com o chassis 94T, o primeiro a albergar os motores Renault Turbo, a Lotus encarava o ano de 1984 com melhores expectativas do que o habitual, e apostado em aproveitar melhor as potencialidades que tinha em mãos. No final dessa época, apesar de não terem ganho qualquer corrida, o carro tinha voltado a colocar a marca na primeira linha e a discutir os primeiros lugares em corridas, não chegando lá devido à enorme superioridade demonstrada pela McLaren e o seu chassis MP4/2, naquela temporada. Contudo, tinha dado a Elio de Angelis a sua melhor classificação de sempre, graças a uma regularidade impressionante nos primeiros lugares.
Desenhado por Gerard Ducarouge, era o primeiro carro a ser inteiramente desenhado de raíz desde o famoso Lotus 88 de chassis duplo, em 1981. Era um carro convencional, com um depósito de gasolina limitado aos regulamentares 195 litros, com um centro de gravidade situado na frente do carro. A grande novidade estava na traseira, com uma asa contendo as famosas "orelhas" que serviam como apoio aerodinâmico suplementar. Com o motor Renault Turbo de 1.5 litros, e com pneus Goodyear, em troca com os Pirelli, que não deram grandes reultados, o Lotus 95T era um carro potente, e prometia bons resultados para De Angelis e Nigel Mansell, os pilotos da equipa.
Em Jacarépaguá, De Angelis confirmava os testes, ao fazer a "pole-position", mas na corrida, não foi além do terceiro lugar. Contudo, era o primeiro pódio do italiano desde a sua vitória em Zeltweg, ano e meio antes. A regularidade foi o apanágio de De Angelis nesse ano, com quatro pódios, sendo o melhor um segundo lugar em Detroit. Mas o azar, algumas quebras e a azelhice de Mansell impediram de marcar mais pontos, ou então de vencer uma corrida.
O melhor exemplo disso foi em Dallas, onde sob calor abrasador e um mau asfalto, Nigel Mansell e Elio de Angelis monopolizaram a primeira fila da grelha. Mansell liderou as primeiras 38 voltas, até ser ultrapassado por Keke Rosberg. Mas no final, De Angelis foi apenas terceiro, depois de problemas iniciais com um dos cilindros do seu motor Renault Turbo, enquanto que Mansell foi sexto, fazendo a sua cena mais famosa: batendo na ultima volta, a escassas centenas de metros da meta, saiu do carro e o empurrou, tentando ainda cortar a meta (apesar da manobra ser ilegal!) mas as duas horas de corrida sob o sol abrasador do Texas levaram a melhor ao piloto inglês, levando-o ao desmaio.
Contudo, apesar desses contratempos, a Lotus iria ser terceira classificada no Mundial de Construtores, com 47 pontos no total, e Elio de Angelis era terceiro classificado no de Pilotos. A Lotus estava de volta aos lugares da frente, mas num ano dominado pelos McLaren, tinham falhado a vitória. Isso só aconteceria no ano seguinte, com outro carro, e outro piloto, que tinha ido para o lugar de Mansell, quando este saiu para a Williams, no final desse ano. Mas essa é outra história...
Chassis: Lotus 95T
Projectista: Gerard Ducarouge e Martin Ogyilvy
Motor: Renault Turbo V6 de 1.5 Litros
Pilotos: Elio de Angelis e Nigel Mansell
Corridas: 16
Vitórias: 0
Pole-Positions: 2 (De Angelis 1, Mansell 1)
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 47 (De Angelis 34, Mansell 13)
Projectista: Gerard Ducarouge e Martin Ogyilvy
Motor: Renault Turbo V6 de 1.5 Litros
Pilotos: Elio de Angelis e Nigel Mansell
Corridas: 16
Vitórias: 0
Pole-Positions: 2 (De Angelis 1, Mansell 1)
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 47 (De Angelis 34, Mansell 13)
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