A decisão de ontem, de premiar as vitórias em deterimento dos pontos, para, alegadamente, ver maior competitividade nas corridas de Formula 1, a cada hora que passa demonstra que tem tudo, menos lógica. É uma decisão politica, tomada pelos humores de Max Mosley, para satisfazer os caprichos de Bernie Ecclestone. E poderá ter colocado uma equação perigosa em jogo: o que faria alguém com menos escrúpulos, que estaria em segundo lugar numa determinada corrida em que o título estivesse em jogo, e que tivesse o maior rival à frente?
Os mais velhos lembram-se certamente de Suzuka 1990, de Adelaide 1994 e Jerez 1997. Foram situações em que o piloto que liderava o campeonato, para evitar ver o seu rival a ser ultrapassado, não hesitou em o abalroar para conseguir o que queria. Pela ideia que fica de ontem, ver o "fair play" jogado pela janela é uma ideia que Max Mosley e Bernie Ecclestone nem hesitam em colocar, só para ter mais audiências.
O Ivan Capelli usou hoje esta expressão, que foi trazida para aqui pelo ex-seleccionador nacional Luiz Felipe Scolari: o "mata-mata". Mas no futebol, as decisões acabam nos penalties, por vezes. Aqui poderão acabar com o rival no hospital ou algo pior? Estariam estes dois velhos "Césares" dispostos a ver pilotos a arriscarem a vida por audiências, como se fossem gladiadores no Coliseu de Roma? Se era para isso, mais valia colocar o actual pelotão a correr com os carros de 1967...
Chegamos ao fim dos temos, na verdade!
ResponderEliminarCreio que sim, Speedster. Podemos chegar em Abu Dhabi, neste ano, e vermos gestos anti-desportivos como o do "Anão" (Prost) em 1989, como a réplica de Senna em 1990 e os de Michael em 1994 e 1997. Melhor que não termine em tragédia, já que o troco dado por Senna a Prost aconteceu a quase 250 Km/h...
ResponderEliminarMas Michael foi prejudicado o ano toda pela FIA, que não queria ver o campeonato acabar "demasiado cedo"...
ResponderEliminarSó naquele ano se viu um piloto tomar gancho, por recorrer...