Com um dia de atraso, aparece aqui a "Historieta da Formula 1" desta semana. E numa altura em que temos nas pistas a Brawn Grand Prix, com um chassis que foi concebido para albergar um determinado motor, e acabou por levar com outro, vou hoje recuar 22 anos no tempo para falar de outra situação semelhante, com consequências desastrosas para a equipa em questão, que demorou anos até voltar em parte, aos bons resultados: a Ligier.
Em fins de 1986, a Ligier perdia os motores Renault, devido á retirada da marca gaulesa da cometição. Sendo assim, Guy Ligier tem de encontrar um novo fornecedor de motores para a temporada de 1987. Escolhe a italiana Alfa Romeo, que tinha um motor de quatro cilindros Turbo. Era um motor que a marca italiana estava a desenvolver desde há algum tempo. Elabora-se um chassis novo, o JS29, com motor Alfa Romeo, mas esse motor tinha muitos problemas de fiabilidade, além do mais, não desenvolvia potência suficiente para ser competitivo. Com o Inverno a passar, e René Arnoux, mais o seu novo companheiro, o italiano Piercarlo Ghinzani, viram que com este motor, não iam a lado nenhum, e o francês "vetou" o projecto.
Quando tal decisão acontece, faltam pouco mais de dois meses para iniciar a temporada, em Jacarépaguá, e então, começou a louca busca por motores. Chegaram à acordo com a Megatron, que não era mais do que a preparadora dos motores BMW de quatro cilindros, mas como a marca bávara tinha abandonado a competição no final de 1986, os motores eram assistidos por essa preparadora, que também assistia a Arrows. Resultado: falharam a ida ao Brasil, e o novo chassis, o JS29B, esteve pronto na etapa seguinte, em San Marino. No final da época, a equipa conseguiu somente um ponto, graças ao sexto lugar de René Arnoux, no GP da Belgica...
Este post tem como base outro do excelente F1 Nostalgia, do "soviético" Rianov Albinov. Espero que este caso do passado não aconteça com a Brawn GP...
Excelente Historieta, mas sinceramente espero que o mesmo não se passe com a BrawnGP!
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