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Mas enfim, já adivinharam do que vai tratar desta 5ª Coluna desta semana: corridas. Mas também numa altura destas, a politica não anda longe…
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É certo que a Brawn GP conquistou aqui a sua segunda dobradinha consecutiva, e Jenson Button passeou a sua superioridade nas ruas do Mónaco (até foi a correr para o pódio, depois de estacionar o carro no sitio errado…), mas o evento do dia foi o regresso à boa forma da Ferrari, que colocou os seus carros bem atrás dos agora imbatíveis Brawn GP. É certo que ultrapassar no Mónaco é quase impossível, mas ver os carros da Scuderia de Maranello a não cometer erros neste fim de semana, e ver Kimi Raikonnen a subir ao pódio pela primeira vez nesta temporada, só pode indicar que as coisas na Ferrari já vão no bom caminho, depois de devidamente puxadas as orelhas… O irónico é que acontece numa altura em que aparentemente está em guerra com a FIA.
Esta boa prestação da Ferrari contrastou com as pobrezas franciscanas de McLaren, Toyota e BMW Mercedes. Não se viram, andaram todos na cauda da tabela, Lewis Hamilton ficou a uma volta do vencedor… a única excepção foi Heiki Kovalainen, que conseguiu colocar o carro no Q3, mas o finlandês bateu na corrida, quando era sexto classificado. O que foi uma pena.
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O fim-de-semana monegasco também foi palco da jornada dupla da GP2. Se Romain Grosjean demonstrou que é o principal candidato ao título nesta categoria, também vi que o pessoal da Ocean demonstra ter potencialidade de vitória, o que é óptimo, dado que a sua anterior encarnação era a BCN Competicion, que se arrastava pelos últimos lugares do campeonato… Mas esta corrida sentiu-se a frustração no ar, pois apesar de Karun Chandhok ter conseguido os primeiros pontos para a equipa, esteve muito perto de uma vitória na segunda corrida do fim de semana, com o Álvaro Parente com a possibilidade de obter uma polé-position, ou seja, uma primeira fila portuguesa…
Só que Parente e Chandhok tiveram problemas mecânicos e desistiram, fazendo com que aqueles dois pontos sabem a frustração, pois havia todas as probabilidades de ter acontecido neste fim-de-semana um momento histórico para o automobilismo português. Mas pelo que se vê, parece ser uma questão de tempo. O azar não dura sempre!
Mas este fim-de-semana competitivo na GP2 mostrou-me outra coisa: os pilotos que correm aqui parece que não tem juízo ao volante. São constantes os acidentes, e no Mónaco, o acidente entre o Andreas Zuber e o Romain Grosjean arrepiou-me, pois o piloto francês “voou” para as redes de protecção. Esta geração era muito nova quando aconteceu a última morte na Formula 1, e como esse risco está reduzido ao mínimo, parece que tem o direito de acelerar até ao limite, porque sabem que um acidente não dá mais do que cambalhotas e sacudir o pó. Gostaria que esses meninos vissem o acidente mortal do Marco Campos, em Magny-Cours 1995, para virem que os seus excessos podem um dia acabar muito mal… as corridas ganham-se com cérebro e nunca com tomates. O último que tentou isso morreu novo.
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O fim-de-semana monegasco serviu para que as equipas discutissem entre si a continuidade da luta com a FIA sobre os regulamentos diferenciados e o tecto salarial. Até ontem falava-se que as coisas rumavam irremediavelmente para a separação e os dois campeonatos, mas o anúncio da inscrição da Williams no campeonato de 2010 e a sua subsequente suspensão da FOTA pode significar que as coisas poderão estar a caminho do acordo. Como assim?
Toda a gente sabe que esta guerra entre a FOTA e a FIA tem a ver com o dinheiro. E os novos regulamentos da treta que Max Mosley quer implementar, no sentido de cortar nos custos, a partir de 2010. Isso pode ser feito, desde que sejam feitas com pés e cabeça, algo que aparentemente parece não existirem. Para além disso, os acordos leoninos que Ecclestone tem na Formula 1, relacionado coma as transmissões televisivas, também causam atritos entre a FIA e as equipas. Em suma: dinheiro e poder.
E hoje vão reunir-se para discutir mais uma vez as modalidades para 2010. Só o facto de continuarem a reunir, significa que ainda se busca um acordo, mas a ideia será que nenhum deles perca a face. As equipas querem aumentar o bolo das transmissões, e dividi-la entre si, sem ninguém mais. Logo, com novas equipas, mais dividido o bolo fica, e isso eles não querem. Pode não ser hoje que as coisas cheguem a bom porto, mas começa a haver fumo branco, e a paz pode ser possível. Mas perferia ver os tios Max e Bernie fora dali, para demonstrar que, no caso do Tio Max, o seu cargo é eleito e não vitalício…
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Há dois meses atrás, parecia que a carreira competitiva de Hélio Castro Neves estava acabada. Acusado de evasão fiscal (o crime que colocou Al Capone na cadeia), arriscava-se a ficar alguns anos numa prisão federal, e ter a sua carreira nos Estados Unidos terminada de vez. O seu lugar na Penske tinha sido preenchido pelo australiano Will Power, mas Roger Penske mantinha a janela aberta, como se mantivesse a esperança de que as coisas acabariam por se resolver a seu favor.
Até que chegou o dia 17 de Abril de 2009. Nesse dia, o Tribunal do Estado de Florida, que tinha o caso das seis acusações de evasão fiscal, no valor de 5,6 milhões de dólares, concluiu após uma semana de deliberação, que Castro Neves estava inocente de todas as acusações. O piloto chorou, abraçado á sua irmã, também acusada do mesmo crime, também inocentada no processo. Aliviado, tentou recuperar o tempo perdido.
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Agora falta o título da IRL para coroar esse regresso. Isso será ditado pelos resultados, mas está no bom caminho, creio. Espero que isso aconteça.
Quanto á corrida em si, não posso acrescentar muito porque não assisti à corrida por motivos profissionais. Mas pelo que contaram, foi uma corrida algo agitada, com acidentes mais ou menos graves. Sei que o Vítor Meira teve a roçar o carro no muro e pode ficar de fora no resto da época, devido ás lesões nas costas, e que a Danica Patrick conseguiu a melhor classificação de sempre de uma mulher, ao ser terceira classificada.
Pode-se dizer no final que as 500 Milhas de Indianápolis deste ano teriam valido a pena ver, caso tivesse sido possível. Como não me foi, tive pena. Mas aqui, o trabalho mandou, e ainda não me pagam para ver corridas…
Enfim, aí vem o fim-de-semana competitivo, com o WTCC em Valência como cabeça de cartaz. Veremos se valerá a pena. Um abraço a todos e até para a semana!
Perfeito texto, Speeder.
ResponderEliminarA Ferrari melhorou sensivelmente, resta ver o grau numa pista não tão travada como Mônaco.
A maior decepção da corrida no domingo foi a pífia participação da Toyota, antes apontada como concorrente da Brawn GP. Aliás, os ingleses mostraram que seguem reis absolutos (como o carro deles é tão bom?)
A GP2 esse ano tem apresentado acidentes sempre incríveis. Foi assim na Espanha e agora em Mônaco. A competição sempre foi a tônica da categoria, mas acho que a possibilidade de novas equipes em 2010 tem aumentado a agressividade dos pilotos.
Ecclestone e Mosley continuam a fazer novos planos para a Fórmula 1. Ninguém fala em sair e parece que não deve acontecer tão cedo. Mosley sobreviveu ao escândalo e até as bizarrices que propõe. Ao meu ver agora só sai morto do poder.
Sensacional foi a prova da Indy para contrastar com a falta de ultrapassagem em Mônaco. No final prevaleceu a soberania do carro da Penske e do Castroneves, um especialista do circuito. Foi incrível ver o choro com a família e com Roger Penske a quem agradeceu com todas as palavras. Para mim a cena mais bonita foi a escalada no alambrado, acompanhando com os mecânicos e o mais legal - o povo vibrava nas arquibancadas. Cena histórica.
Grandes Abraço, Paulo.