A última etapa do Rali da Sardenha mostrou que, finalmente, o dominio ininterrupto de Sebastien Löeb chegou ao fim, e logo com uma dobradinha da Ford, com Jari-Matti Latvala a vencer o seu segundo rali da sua carreira, e um Sebastien Löeb, que conseguiu chegar ao terceiro posto com maior dificuldade do que se imaginava.
A primeira grande dificuldade do dia para os pilotos foi o pó que se acumulava nas pistas sardas, e que dificultava a visibilidade aos pilotos. Os organizadores recusaram dar 3 minutos de intervalo entre os concorrentes, e todos se queixaram do pó e do tempo perdido com isso. Desta form Jari-Matti Latvala, que era o lider, foi o único que rodou sem qualquer problema, incrementando a sua vantagem e conseguindo o segundo triunfo da sua curta carrreira. "É um grande alívio, e esta vitória significa muito para mim.", referiu o piloto finlandês da Ford, que nos últimos tempos tem vindo a ter acidentes espectaculares na estrada devido aos seus excessos.
Quanto a Löeb, esteve irreconhecível na etapa para quem necessitava de subir um lugar, e demorou três troços para conseguir passar Petter Solberg. Quando tal aconteceu, foi numa altura em que o piloto norueguês teve problemas com a direcção assistida do seu Xsara WRC.
Mas no final, isso tudo foi inutil: os comissários deposrtivos o penalizaram em dois minutos, caindo para a quarta posição da geral. A razão? Daniel Elena, o seu navegador, andou algum tempo na 11ª especial com os cintos desapertados, antes do piloto francês ter imobilizado o seu carro para trocar o pneu furado. Por causa disso, perdeu o terceiro lugar a favor de Solberg. O russo Evgeny Novikov foi quinto, a melhor prestação deste jovem de 18 anos numa prova do Mundial, batendo o britânico da Stobart-Ford Matthew Wilson, que foi sexto num rali demasiado apagado para ele. Mads Ostberg e Henning Solberg fecharam os pontos.
Quanto à categoria de Produção, o qatari Nasser Al-Attyah é o novo lider, depois de ver vencido na Sardenha, no seu Subaru Impreza, batendo o sueco Patrik Sandell, num Skoda Fabia S2000. O português Armindo Araujo acabou a corrida na terceira posição, no seu Mitsubishi Lancer Evo X, e o pódio lhe permite ainda continuar na luta pelo título da categoria.
"O carro dava alguns sinais de cansaço. A estratégia de controlar poderia também dar-nos algo mais, pois os dois primeiros estavam numa luta muito intensa e existia a possibilidade de colhermos os frutos se eles tivessem problemas. Conseguimos mais um bom resultado, que nos permite continuar a lutar pelo título e é isso que vamos procurar fazer até ao final do ano, sabendo que a nossa tarefa não é fácil, pois estamos a lutar com dois campeões do mundo e apoiados por belíssimas equipas. Mas vamos prepararmo-nos o melhor possível para os ralis que faltam, a começar já pela Grécia dentro de três semanas", afirmou.
Fazendo um balanço da temporada que Armindo Araújo está a fazer agora, o piloto de Santo Tirso afimou: "De facto está a ser um ano muito bom. Temos conseguido sempre boas pontuações. Ganhámos a jogar em casa e para além disso conseguimos um segundo lugar em Chipre, terceiro agora na Sardenha e a quarta posição na Noruega e tirando esse rali estivemos sempre na luta pela vitória. Ontem sem o problema com o apoio do braço da suspensão estaríamos na discussão com o (Patrik) Sandell e com o Nasser (Al-Attiyah). Este foi um rali com um ritmo muito elevado e vamos ver como correm as coisas agora na Acrópole, mais um evento muito duro, devido ao calor e aos pisos demolidores, sabendo que queremos lutar pela vitória. Precisamos também que a estrelinha da sorte esteja do nosso lado, pois ao ritmo a que se está a andar qualquer pequeno problema, como o que nós tivemos, pode fazer a diferença", concluiu.
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