Uma semana depois de Montreal, no Canadá, a Formula 1 atravessava a fronteira e fazia a primeira das suas duas duas corridas marcadas em solo americano, nomeadamente no circuito citadino de Detroit, que albergava pela terceira vez consecutiva o GP dos Estados Unidos.
Nestes sete dias passados, havia três regressos no pelotão: o francês Patrick Tambay tinha recuperado dos seus ferimentos numa das pernas e voltava a conduzir o seu Renault, o italiano Teo Fabi estava de volta ao seu Brabham, depois do seu irmão Corrado Fabi ter corrido na Canadá, e o inglês Jonathan Palmer voltava ao volante do seu RAM, depois de ter preferido correr as 24 Horas de Le Mans a fazer o GP canadiano.
Depois da performance dominadora da Brabham-BMW no Canadá, esperava-se que isso tivesse a mesma continuidade na capital do automóvel americana, e assim foi: Nelson Piquet fez a pole-position, a quarta do ano. Ao seu lado, o piloto brasileiro tinha o McLaren-TAG Porsche de Alain Prost. Na segunda fila ficavam o Lotus-Renault de Nigel Mansell e o Ferrari de Michele Alboreto. O segundo Lotus-Renault de Elio de Angelis era o quinto a partir, logo seguido pela Renault de Derek Warwick. O “rookie” Ayrton Senna continuava a mostrar-se no seu Toleman-Hart e tinha conseguido o sétimo tempo, o melhor lugar na grelha até então. Ao seu lado tinha o “local” Eddie Cheever, no seu Alfa Romeo, e a fechar o “top ten” estavam o segundo Renault de Patrick Tambay e o McLaren – TAG Porsche de Niki Lauda. Numa lista com 27 inscritos em 26 lugares, a fava saiu ao Spirit do holandês Huub Rothengarter.
O dia da corrida, 24 de Junho de 1984, amanheceu sob céu limpo e temperatura amena. Isso fez com que mais de 80 mil pessoas tivessem comparecido para ver a corrida nas ruas de Detroit. Mas a partida tornou-se num caos: Piquet e Prost largam lentamente, e Mansell é mais rápido do que os dois e tenta encontrar um espaço onde possa ultrapassar. Só que não consegue e provoca uma carambola. Bate na traseira de Prost, e o carro atinge também o Brabham de Piquet e o Ferrari de Alboreto, causando ainda mais confusão. Uma das rodas do Brabham atinge o Toleman de Senna, quebrando a suspensão frente esquerda. Para piorar as coisas, do fundo da grelha, o Arrows de Marc Surer vê o carro do brasileiro e não consegue evitar bater no carro dele. Inevitavelmente, a corrida é interrompida.
Piquet, Senna, e Alboreto correram para os seus carros reserva, enquanto que Surer ficava apeado porque a equipa não tinha carro-reserva para ele. Passada meia hora, e limpa a pista dos carros que ficaram danificados, nova partida foi dada. Desta vez, tudo correu bem, e Piquet manteve a liderança, seguido de Prost e Mansell. No final da primeira volta, Alboreto era quarto, á frente de Cheever, Warwick, De Angelis e Lauda.
Nas voltas seguintes, Piquet distancia-se de Prost, que se debatia com problemas de aderência dos seus pneus, e foi ultrapassado na volta dez por Mansell. Logo a seguir, o piloto inglês tentou ir buscar Piquet, mas este estava inalcançável, tal como aconteceu no Canadá uma semana antes, continuou assim até ao final da corrida.
Mais atrás, era uma questão de sobrevivência: Na volta 20, Senna despista-se contra a barreira de pneus e abandona, e sete voltas mais tarde, é a vez de Mansell ficar sem a segunda velocidade e abandona de imediato. Poucas voltas mais tarde, na volta 33, é a vez de Niki Lauda ficar parado na pista devido a problemas eléctricos. Com estes abandonos, a meio da prova as pessoas ficam surpreendidas em ver os Tyrrell-Cosworth de Martin Brundle e Stefan Bellof a entrar na zona dos pontos. Era a primeira vez este ano que ambos os carros, ainda aspirados, estavam em condições de acabar bem colocados! Mas ainda na volta 34, Bellof bate e desiste. Nessa altura, os seius primeiros eram, depois de Piquet, o Ferrari de Alboreto, o Lotus de De Angelis, o Williams de Keke Rosberg, o Renault de Warwick e o Tyrrell de Brundle.
Pouco depois, Warwick passa Rosberg e De Angelis e fica com a terceira posição, e passa ao ataque para apanhar Alboreto na segunda posição. Essa cavalgada termina na volta 40, quando fica sem caixa de velocidades. No seu lugar fica Rosberg, que desiste sete voltas depois, sem Turbo. E duas voltas de pois, foi o motor Ferrari de Michele Alboreto que explode e encomenda a alma ao seu Criador.
E desta razia, sobrevivia Piquet, que continuava na frente, sozinho, numa luta contra o relógio. Agora a seguir vinha De Angelis, que era ameaçado por… Brundle! O italiano tinha problemas de caixa, e o inglês aproveitava para ganhar tempo. Na volta 56, passa para o segundo posto e vai atrás de Piquet. No final, fica colado na traseira do Brabham, mas o brasileiro mantêm a calma e termina a corrida como vencedor, seguido pelo piloto da Tyrrell e De Angelis. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o segundo Brabham de Teo Fabi, o McLaren de Alain Prost e o Williams de Jacques Laffite.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1984_Detroit_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr396.html
Nestes sete dias passados, havia três regressos no pelotão: o francês Patrick Tambay tinha recuperado dos seus ferimentos numa das pernas e voltava a conduzir o seu Renault, o italiano Teo Fabi estava de volta ao seu Brabham, depois do seu irmão Corrado Fabi ter corrido na Canadá, e o inglês Jonathan Palmer voltava ao volante do seu RAM, depois de ter preferido correr as 24 Horas de Le Mans a fazer o GP canadiano.
Depois da performance dominadora da Brabham-BMW no Canadá, esperava-se que isso tivesse a mesma continuidade na capital do automóvel americana, e assim foi: Nelson Piquet fez a pole-position, a quarta do ano. Ao seu lado, o piloto brasileiro tinha o McLaren-TAG Porsche de Alain Prost. Na segunda fila ficavam o Lotus-Renault de Nigel Mansell e o Ferrari de Michele Alboreto. O segundo Lotus-Renault de Elio de Angelis era o quinto a partir, logo seguido pela Renault de Derek Warwick. O “rookie” Ayrton Senna continuava a mostrar-se no seu Toleman-Hart e tinha conseguido o sétimo tempo, o melhor lugar na grelha até então. Ao seu lado tinha o “local” Eddie Cheever, no seu Alfa Romeo, e a fechar o “top ten” estavam o segundo Renault de Patrick Tambay e o McLaren – TAG Porsche de Niki Lauda. Numa lista com 27 inscritos em 26 lugares, a fava saiu ao Spirit do holandês Huub Rothengarter.
O dia da corrida, 24 de Junho de 1984, amanheceu sob céu limpo e temperatura amena. Isso fez com que mais de 80 mil pessoas tivessem comparecido para ver a corrida nas ruas de Detroit. Mas a partida tornou-se num caos: Piquet e Prost largam lentamente, e Mansell é mais rápido do que os dois e tenta encontrar um espaço onde possa ultrapassar. Só que não consegue e provoca uma carambola. Bate na traseira de Prost, e o carro atinge também o Brabham de Piquet e o Ferrari de Alboreto, causando ainda mais confusão. Uma das rodas do Brabham atinge o Toleman de Senna, quebrando a suspensão frente esquerda. Para piorar as coisas, do fundo da grelha, o Arrows de Marc Surer vê o carro do brasileiro e não consegue evitar bater no carro dele. Inevitavelmente, a corrida é interrompida.
Piquet, Senna, e Alboreto correram para os seus carros reserva, enquanto que Surer ficava apeado porque a equipa não tinha carro-reserva para ele. Passada meia hora, e limpa a pista dos carros que ficaram danificados, nova partida foi dada. Desta vez, tudo correu bem, e Piquet manteve a liderança, seguido de Prost e Mansell. No final da primeira volta, Alboreto era quarto, á frente de Cheever, Warwick, De Angelis e Lauda.
Nas voltas seguintes, Piquet distancia-se de Prost, que se debatia com problemas de aderência dos seus pneus, e foi ultrapassado na volta dez por Mansell. Logo a seguir, o piloto inglês tentou ir buscar Piquet, mas este estava inalcançável, tal como aconteceu no Canadá uma semana antes, continuou assim até ao final da corrida.
Mais atrás, era uma questão de sobrevivência: Na volta 20, Senna despista-se contra a barreira de pneus e abandona, e sete voltas mais tarde, é a vez de Mansell ficar sem a segunda velocidade e abandona de imediato. Poucas voltas mais tarde, na volta 33, é a vez de Niki Lauda ficar parado na pista devido a problemas eléctricos. Com estes abandonos, a meio da prova as pessoas ficam surpreendidas em ver os Tyrrell-Cosworth de Martin Brundle e Stefan Bellof a entrar na zona dos pontos. Era a primeira vez este ano que ambos os carros, ainda aspirados, estavam em condições de acabar bem colocados! Mas ainda na volta 34, Bellof bate e desiste. Nessa altura, os seius primeiros eram, depois de Piquet, o Ferrari de Alboreto, o Lotus de De Angelis, o Williams de Keke Rosberg, o Renault de Warwick e o Tyrrell de Brundle.
Pouco depois, Warwick passa Rosberg e De Angelis e fica com a terceira posição, e passa ao ataque para apanhar Alboreto na segunda posição. Essa cavalgada termina na volta 40, quando fica sem caixa de velocidades. No seu lugar fica Rosberg, que desiste sete voltas depois, sem Turbo. E duas voltas de pois, foi o motor Ferrari de Michele Alboreto que explode e encomenda a alma ao seu Criador.
E desta razia, sobrevivia Piquet, que continuava na frente, sozinho, numa luta contra o relógio. Agora a seguir vinha De Angelis, que era ameaçado por… Brundle! O italiano tinha problemas de caixa, e o inglês aproveitava para ganhar tempo. Na volta 56, passa para o segundo posto e vai atrás de Piquet. No final, fica colado na traseira do Brabham, mas o brasileiro mantêm a calma e termina a corrida como vencedor, seguido pelo piloto da Tyrrell e De Angelis. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o segundo Brabham de Teo Fabi, o McLaren de Alain Prost e o Williams de Jacques Laffite.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1984_Detroit_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr396.html
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