Duas semanas depois de Reims, a Formula 1 mudava-se de armas e bagagens para o circuito inglês de Aitree, perto de Liverpool, para ser disputado o GP da Grã-Bretanha. Nesta corrida em particular, o numero de inscritos aumentou substancialmente, dado que foram permitidas algumas participações de Formulas 2, momeadamente Coopers, guiados por algumas das promessas do automobilismo britânico, como Alan Stacey, Chris Bristow, David Piper, Trevor Taylor ou Henry Taylor. Ao todo, 30 pilotos estavam inscritos para correr em Aintree, o que fez com que os organizadores introduzissem um sistema de qualificação, e apenas 24 pilotos alinhariam para a corrida.
Aintree significava o regresso da Aston Martin na lista de inscritos. Emplogados com a sua vitória em Le Mans, algumas semanas antes, a marca tinha perspectivas de conseguir um bom resultado, e tinha inscrito a sua dupla vitoriosa: o americano Carrol Shelby e o britânico Roy Salvadori. A BRM tinha três carros oficiais, para o sueco Jo Bonnier, o americano Harry Schell e o inglês Ron Flockhart, e um privado, inscrito pela British Racing Partnership, para Stirling Moss. Na Lotus, Colin Chapman tinha Graham Hill e Innes Ireland, mas durante os treinos, Ireland fica doente e é substituido por Alan Stacey.
Quanto à Cooper, inscrevia três carros oficiais, para o australiano Jack Brabham, o neozelandês Bruce McLaren e o americano Masten Gregory. Havia muitos outros Coopers inscritos, quer em Formula 1, quer em Formula 2, mas pode-se dizer que Rob Walker tinha um carro para Maurice Trintrignant, Ian Burgess e o alemão Hans Hermann corriam com um Cooper-Maserati inscrito pela Scuderia Centro-Sud, de Mimmo Dei.
A grande ausente desta etapa era a Ferrari. Devido a várias greves que afectavam a Itália naquele periodo, os carros não puderam ser embarcados a tempo de participar em Aintree. Sendo assim, libertaram Tony Brooks para que pudesse participar no Grande Prémio, com um Vanwall do ano anterior. Não era o unico a participar numa máquina sem ser um Cooper, BRM ou Lotus: o brasileiro Fritz D'Orey participava num Maserati da Scuderia Centro Sud, Bryan Naylor participava num JBW de fabrico próprio e um jovem Mike Parkes usava um Fry-Climax para fazer a sua estreia na Formula 1.
Nos treinos, Jack Brabham leva a melhor no seu Cooper, seguido por Salvadori, no seu Aston Martin, e de Harry Schell no seu BRM. Na segunda fila estavam o francês Maurice Trintrignant e o americano Masten Gregory, ambos em Cooper, enquanto que na terceira fila estavam o segundo Aston Martin de Carrol Shelby, o BRM privado de Stirling Moss e o Cooper de Bruce McLaren. A fechar o Top Ten ficaram o Lotus de Graham Hill e o BRM de Jo Bonnier.
Na partida, Sábado, 18 de julho de 1959, o Cooper de Brabham partiu melhor, e aos poucos o piloto australiano conseguiu um avanço que o fez não ser mais incomodado pelo pelotão, rumo a uma vitória que só seria tirada se tivesse algum tipo de problema. Seguia-se Moss, Salvadori, Trintrignant, Gregory e Schell. O resto da corrida foi mais decidido nos lugares secundários do que na frente. Moss segurou o seu BRM na segunda posição, e tudo indicava que seria assim até que foi obrigado a fazer uma paragem extra, regressando no quarto lugar.
Nas voltas seguintes, livrou-se facilmente de Trintrignant e foi em busca do Cooper do jovem McLaren, e quando o apanhou, a poucas voltas do fim, entrou num duelo com o neozelandês, então com 22 anos. Ambos disputaram o segundo lugar taco-a-taco até aos metros finais, quando Moss "puxou dos seus galões" e superou o piloto da Cooper por um décimo de segundo. O BRM de Harry Schell foi quarto e o Cooper de Maurice Trintrignant fechou os pontos, na quinta posição.
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