Depois de Brands Hatch, a Formula 1 movia-se agora para Hockenheim, na Alemanha, para disputar o Grande Prémio. Com as suas longas rectas, a pista alemã, a par de Monza, era o paraíso para os potentes motores Turbo, pois poderiam demonstrar toda a sua potência perante o público e os especialistas.
Nestes quinze dias, o "affaire Tyrrell" continuava no Tribunal de Apelo da FISA e enquanto que a sentença não era ditada, eles poderiam ainda correr. Irónicamente, Stefan Bellof não podia correr o seu Grande Prémio caseiro devido aos seus compromissos na equipa oficial da Porsche nos Sport-Protótipos. No seu lugar ia o piloto neozelandês Mike Thackwell, então o actual lider do campeonato de Formula 2. ele iria correr ao lado do sueco Stefan Johansson.
Na Toleman, a equipa decidiu correr somente com um carro para Ayrton Senna, pois com a destruição do carro de Johnny Cecotto, só exisitam dois chassis na equipa. Enquanto não construissem outro chassis, não haveria outro piloto a correr ao lado do jovem prodígio brasileiro.
Nos treinos, o dominio McLaren, que era evidente em corridas, tinha-se expandido desta vez nos treinos. Alain Prost era agora o "poleman" nas longas rectas alemãs, tendo a seu lado o Lotus-Renault de Elio de Angelis, que conseguiu surpreendentemente esta posição. Na segunda fila estavam os Renault de Derek Warwick e Patrick Tambay, enquanto que na terceira fila tinha o Brabham-BMW de Nelson Piquet (uma surpresa pela negativa) e o Ferrari de Michele Alboreto. Niki Lauda iria partir apenas da sétima posição, tendo a seu lado o segundo Brabham-BMW d o italiano Teo Fabi. Ayrton Senna e René Arnoux, no segundo Ferrari, fechavam o "top ten".
No dia da corrida, cerca de 90 mil pessoas assistiam à corrida ao vivo, enquanto que dezenas de milhões de pessoas um pouco por todo o mundo viam tudo via TV. E na partida, todos iriam ver De Angelis a conseguir superar Prost e passar à frente da corrida. Piquet tinha passado os Renault e era terceiro, enquanto que Senna tinha passado de nono para sexto, estando apenas atrás dos dois Renault. Senna ultrapassou Tambat na segunda volta, mas na quarta, a sua asa traseira descola-se e bate de traseira na zona da segunda chicane, terminando ali a corrida.
De Angelis continuou na frente até à volta oito, quando o seu Turbo cedeu e teve de abandonar. Prost era agora o novo lider, mas era pressionado por Piquet. A sua liderança duraria apenas meia volta, pois Piquet o ultrapassou para a liderança. O francês adoptou um andamento mais prudente, para poupar pneus e maquinaria, e compensou na volta 23, quando o pinhão da caixa de velocidades do Brabham foi à vida. Prost voltou à liderança, com Lauda logo a seguir e Warwick na terceira posição. Isto praticamente arrumou a corrida, pois esta ordem ficou inalterada até à bandeira de xadrez.
Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Lotus de Nigel Mansell, o Renault de Patrick Tambay e o Ferrari de René Arnoux.
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