Neste capitulo final sobre os regressos dos campeões de Formula 1, fala-se agora no caso interessante de Nigel Mansell, que com 40 anos e um título mundial, voltou de novo à categoria máxima do automobilismo para ajudar um compatriota a vencer o campeonato do mundo. E que poderia ter saído por cima, quando venceu na última prova do ano. Só que aceitou um último desafio, cuja conclusão foi mais pífia do que triste.
Em 1992, com 39 anos e o título mundial no bolso, Nigel Mansell zanga-se com Frank Williams pelo facto de ter assinado um contrato secreto com Alain Prost no inicio da época. Mansell, que já estava escaldado com o piloto francês desde os tempora em que correram juntos na Ferrari, em 1990, decidiu que o meohr seria correr noutras paragens. Assim sendo, aceita a proposta da Newman-Haas para correr no campeonato CART para a temporada de 1993.
Mansell dá se bem nos Estados Unidos e acaba campeão da categoria. em 1994, as coisas não correm assim tão bem no campeonato quando os acontecimentos de Imola causam caos na Williams. Só com Damon Hill contra Michael Schumacher, e com o substituto de Ayrton Senna, o jovem escocês David Coulthard, demasiado novo para a competição, Frank Williams convence Mansell, agora com quase 41 anos, a regressar em algumas etapas da Formula 1 que não concidam com o campeonato CART. O inglês aceita e regressa em Magny-Cours, palco do GP de França. Mansell desiste e só volta para fazer as três últimas etapas do ano, em Jerez, Suzuka e Adelaide.
Desistindo na pista espanhola, no Japão consegue levar o carro até ao quarto lugar debaixo de chuva. Para finalizar, no polémico GP da Australia, em Adelaide, o inglês faz a pole-position e vence a corrida, enquanto que os principais adversários ao título mundial, Damon Hill e Michael Schumacher, sofrem uma polémica colisão que resulta no primeiro título do piloto alemão. Mansell consegue apesar de tudo o nono lugar da classificação geral.
O contrato de Mansell na Williams tinha a opção de correr na temporada de 1995, mas Frank Williams perferiu escolher David Coulthard. Pouco depois, Mansell tem uma proposta de Ron Dennis para correr na McLaren, ao lado de Mika Hakkinen, com Mark Blundell como terceiro piloto. Mansell aceita, mas na realidade, esta entrada na equipa era mais uma imposição do seu principal patrocinador, a Marlboro, do que propriamente um desejo de Dennis. Para piorar, eram duas personagens absilutamente contrastantes, logo, muitos especulavam quanto tempo é que iriam durar...
Nos primeiros testes, descobriu-se que Mansell... não cabia no carro! Enquanto que um novo chassis era feito para o inglês, Mark Blundell corria pela equipa nas etapas sul-americanas. Voltou em Imola, mas não foi mais longe do que o décimo lugar. O carro tinha sérios problemas de subviragem, o que não era adequado ao seu estilo de pilotagem. Depois de desistir em Barcelona, decidiu que o melhor era desistir da competição de vez.
A carreira neste seu regresso à Formula 1: Seis Grandes Prémios, em duas épocas (1994-95), uma vitória, uma pole-position, 13 pontos.
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