Fora de cena, Max Mosley decidiu soltar o seu verbo. Sabia-se que ele não iria ficar calado por muito tempo, mas não se esperava que fosse agora. Na edição de Domingo do jornal "The Times", Mosley afirmou que se dependesse dele, a McLaren estaria excluida do Mundial de 2007, devido ao escândalo "Stepheygate". Provavelmente uma forma de dizer que odeia Ron Dennis, o patrão da McLaren.
"A pena mais adequada para a McLaren em 2007 era a exclusão do campeonato. Eles conheciam os detalhes do carro da Ferrari para 2008 pelo que a única coisa verdadeiramente segura seria excluí-los do campeonato de 2007 e 2008. Sei que a luta pelo título entre Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen tinha terminado aí caso a McLaren fosse excluída mas eu fui a favor da sanção. Sabia as consequências, mas acredito na velha máxima jurídica que 'casos difíceis fazem a lei'. Só que eu estava em minoria no Conselho.", afirmou.
Certamente que queria cumprir a lei, mas provavelmente teria "enxotado" milhares de adeptos e teria causado um rombo de consequências imprevisiveis na competição. Mas se aí, até parece que muitos concordariam com esta opinião de Mosley, provavelmente perde-a quando diz que a culpa da guerra FIA/FOTA é das construtoras, pois afrima-a que a Toyota e BMW sairam por causa desta guerra de bastidores.
"A saída da BMW e Toyota foi o resultado da 'guerra' da FIA contra os Construtores. Fizeram-me lembrar quando o representante de Saddam Hussein dizia que os norte-americanos estavam a retirar, quando se podiam ver os tanques logo atrás. Nada fazer e esperar por tempos melhores raramente é a melhor forma de se enfrentarem perigos iminentes. Tínhamos previsto os problemas de 2008 e sabíamos que seria tarde demais para qualquer nova equipa construir um carro para 2010. Por isso publicámos o esquema do novo regulamento em Março ao que a FOTA respondeu que era mais um exemplo do meu estilo 'autocrático'. Sem dúvida, preferiam que não fizéssemos nada, para que eles permanecessem numa posição forte sendo as únicas equipas da Formula 1. Do ponto de vista da FIA, era nosso dever manter uma grelha composta e a recusa das equipas em discutir as regras para redução de custos, bem como a sua incapacidade de oferecer garantias de participação, não é fácil vislumbrar o que mais poderia ser feito.", continua na entrevista.
Parece ter razão, mas ignora o facto de ele ter proposto no inicio deste ano o sistema de "medalhas" idealizado por Bernie Ecclestone, e que foi travado porque estas lhe fizeram lembrar que qualquer alteração do regulamento tinha de passar pelo cunho das construtoras, o que, obviamente, reprovaram. E que ele rechaçou quaisquer recomendações feitas pela própria FOTA, julgando que aquilo que as equipas deviam fazer era "comer e calar". Só que as equipas deixam de "comer e calar" quando se vêm perante propostas quase absuradas como um tecto salarial baixo de 30 milhões de euros por ano para cada equipa, a obrigatoriedade das novas equipas correram com motor Cosworth, bem como a proposta do custo anual da Superlicença ser proporcional aos pontos conquistados por cada piloto. Portanto, Maz Mosley não pode esquecer que também é culpado nesta guerra. Mesmo que agora diga a sua versão dos factos, não pode esquecer que boa parte das pessoas não tem memória curta.
E claro, os seus escândalos sexuais, embora sejam do seu âmbito pessoal, neste mundinho hipócrita (vide o que se passa agora com o Tiger Woods) também tem o seu impacto no negócio automobilistico.
"A pena mais adequada para a McLaren em 2007 era a exclusão do campeonato. Eles conheciam os detalhes do carro da Ferrari para 2008 pelo que a única coisa verdadeiramente segura seria excluí-los do campeonato de 2007 e 2008. Sei que a luta pelo título entre Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen tinha terminado aí caso a McLaren fosse excluída mas eu fui a favor da sanção. Sabia as consequências, mas acredito na velha máxima jurídica que 'casos difíceis fazem a lei'. Só que eu estava em minoria no Conselho.", afirmou.
Certamente que queria cumprir a lei, mas provavelmente teria "enxotado" milhares de adeptos e teria causado um rombo de consequências imprevisiveis na competição. Mas se aí, até parece que muitos concordariam com esta opinião de Mosley, provavelmente perde-a quando diz que a culpa da guerra FIA/FOTA é das construtoras, pois afrima-a que a Toyota e BMW sairam por causa desta guerra de bastidores.
"A saída da BMW e Toyota foi o resultado da 'guerra' da FIA contra os Construtores. Fizeram-me lembrar quando o representante de Saddam Hussein dizia que os norte-americanos estavam a retirar, quando se podiam ver os tanques logo atrás. Nada fazer e esperar por tempos melhores raramente é a melhor forma de se enfrentarem perigos iminentes. Tínhamos previsto os problemas de 2008 e sabíamos que seria tarde demais para qualquer nova equipa construir um carro para 2010. Por isso publicámos o esquema do novo regulamento em Março ao que a FOTA respondeu que era mais um exemplo do meu estilo 'autocrático'. Sem dúvida, preferiam que não fizéssemos nada, para que eles permanecessem numa posição forte sendo as únicas equipas da Formula 1. Do ponto de vista da FIA, era nosso dever manter uma grelha composta e a recusa das equipas em discutir as regras para redução de custos, bem como a sua incapacidade de oferecer garantias de participação, não é fácil vislumbrar o que mais poderia ser feito.", continua na entrevista.
Parece ter razão, mas ignora o facto de ele ter proposto no inicio deste ano o sistema de "medalhas" idealizado por Bernie Ecclestone, e que foi travado porque estas lhe fizeram lembrar que qualquer alteração do regulamento tinha de passar pelo cunho das construtoras, o que, obviamente, reprovaram. E que ele rechaçou quaisquer recomendações feitas pela própria FOTA, julgando que aquilo que as equipas deviam fazer era "comer e calar". Só que as equipas deixam de "comer e calar" quando se vêm perante propostas quase absuradas como um tecto salarial baixo de 30 milhões de euros por ano para cada equipa, a obrigatoriedade das novas equipas correram com motor Cosworth, bem como a proposta do custo anual da Superlicença ser proporcional aos pontos conquistados por cada piloto. Portanto, Maz Mosley não pode esquecer que também é culpado nesta guerra. Mesmo que agora diga a sua versão dos factos, não pode esquecer que boa parte das pessoas não tem memória curta.
E claro, os seus escândalos sexuais, embora sejam do seu âmbito pessoal, neste mundinho hipócrita (vide o que se passa agora com o Tiger Woods) também tem o seu impacto no negócio automobilistico.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...