![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUlEy2B59ysbYHhSi_bLH0PZndQZdOhB45O0w2j5j9_7xTNSBe-TSDCujLQ3sslTMRROUI0EYO0yP6g45U4wIXgnpsMQfZ9Sw0bu-YH_hNLccthBvnsUaK9fZ0kPaOb7YsqT0aDQiwgRDl/s280/Donnelly+10+2.jpg)
A Irlanda do Norte já contribuiu para o automobilismo mundial graças a pilotos como
John Watson e
Eddie Irvine. Contudo, entre estes dois pilotos existe um terceiro que tinha tanto potencial como estes dois, mas um grave acidente travou essa potencialidade. No dia em que comemora o seu 46º aniversário, falamos de
Martin Donnelly.
Nascido a 26 de Março de 1964 em Belfast, começou a sua carreira nos monolugares na Formula Ford 2000 nas pistas inglesas. Em 1986 passa para a Formula 3, onde em poucas corridas, surpreende tudo e todos ao ganhar quatro corridas e a chegar no final da temporada na terceira posição do campeonato. No ano seguinte, começa mal a temporada, mas muda-se para a Intersport, onde volta às vitórias e fica de novo no terceiro lugar do campeonato de Formula 3.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF4DM2MXEq56m0eNkOd1zMc1PXMWnB5ZFt6MVr-Jv_vAyondzyu1gkp0tHQ86dAdwknqJzRTLuaSGIYJiuFfAR62CUs6ZgxmNQSkUuaA3EuUzCRDzKPlL41bcDZbW5ESMFmQXgWGlWSIXp/s280/Donnelly+88+2.jpg)
Estas demonstrações o fizeram com que desse o salto para a Formula 3000 a meio da temporada de 1988, a bordo dos carros da Eddie Jordan Racing, substituindo o italiano
Alessandro Santin. O seu companheiro de equipa era o britânico
Johnny Herbert, e a sua oportunidade de demonstrar o seu talento aconteceu na pior altura possivel: em Brands Hatch.
Nessa corrida, Donnelly era o segundo da grelha, ao lado de Herbert, quando a meio dela aconteceu um terrivel acidente, envolvendo nove carros e ferindo seriamente o piloto britânico. Donnelly safou-se e na relargada, dominou a corrida de modo tão convincente que a venceu com quase meio minuto de avanço sobre o segundo classificado, o italiano
Pierluigi Martini. Com Herbert no hospital, Donnelly tornou-se no primeiro piloto, e transformou-se num inesperado candidato ao título, vencendo mais uma corrida, em Dijon, e conseguindo mais dois pódios, terminando a temporada no terceiro posto do campeonato. Esta sua demonstração de condução foi tal que foi votado como um dos mais prometedores pilotos do ano na Grã-Bretanha.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI-0YJw2luTJUA7k_PxWLoul2QiRNx9bruMepi-udXGwuvXvIjQbNR4hxOb-HYxmHkLCHRC3zBQ9oCvSklx7A9f-enctJTQR3qwH-NpzYddWOOErH_GZ1ruW8HnHHCYxWzDq3E_JbfMvg8/s280/Donnelly+89.jpg)
Em 1989, Donnely tinha como companheiro de equipa o francês
Jean Alesi, que também tinha fama de bom piloto, e que dominou a temporada daquele ano, rumando ao título e a uma oportunidade na Formula 1. Quanto a Donnelly, só venceu uma corrida, em Brands Hatch, o mesmo palco da sua vitória no ano anterior, e terminou a temporada no oitavo posto, com 13 pontos.
Mas teve também a sua oportunidade na Formula 1, nesse mesmo ano, quando substituiu um lesionado
Derek Warwick na Arrows, no GP de França. Nesta sua estreia com o carro, conseguiu qualificar-se com facilidade e levou o carro até ao 12º posto final, apesar de largar com o carro-reserva, depois de ter ficado envolvido no acidente da volta inicial, onde o March de
Mauricio Gugelmin andou às voltas pelo ar...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJEe10WyOVV_Bdwsm9YXqfoRHLarVJcpIjdSRpfkBbu3tmi-A0BYOSClbWiueKqk2A9Rn_PaT0Y10OiILTzcvzGCbb4bVerB9yAJaYmEcySF9W2L4kA00mUyWvCNapfiyb1rUfbL_S5qjs/s280/Donnelly+90+3.jpg)
Essas demonstrações, quer na Formula 3000, quer na Formula 1, fizeram com que fosse escolhido para ser piloto da Lotus em 1990, ao lado do homem que o substituiu na Arrows: Derek Warwick. A Lotus iria ter nesse ano motores Lamborghini V12 e um chassis 102, desenhado por
Frank Dernie, que era a evolução do modelo anterior.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvAVlMkzISWRPHyh5shOaisymyPRH2tIf2_hfi-dxqkppKI5ISuLOjdOMDpdo_bGIEca4CoKCF7vUAsOhpgiDu-yeH4_YbkijBbOxAHJqcGAWAmA7YXQ8yBLsCNXznWXZGmN_0U-uZYwPf/s280/Donnelly+90.jpg)
Neste ano inicial, a Lotus teve um desempanho pior do que no ano anterior, devido ao facto do carro ter um motor maior e menos fiável do que os Judd que os equipavam no ano anterior. Warwick e Donnelly debatiam-se com o carro, mas o inglês conseguia levar o carro aos lugares pontuáveis por algumas vezes. Quanto ao norte-irlandês, apesar de não conseguiur pontuar, não estava a ter uma má temporada, tentando adaptar-se ao carro que conduzia. O seu melhor resultado foi um sétimo lugar no GP da Hungria.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbfFtC7P19aOPZz6hrwUjWI3EDUixYkKAptZfUT7yqOYoeQrMVSJ0K3-H3iKG4FIfvM5iPqQ6oFTgSZBM9JKXMpFDvoplFBlvRV8lLgp4q37Rd5zvhLnVBvQ4sEFc5UDJ0063hDv1wvHtU/s280/1990,+Martin+Donnely,+Lotus,+Jerez.jpg)
Quando o circo da Formula 1 chega ao circuito de Jerez de la Frontera, para o GP de Espanha, a Lotus esperava obter um bom resultado, e isso implicava colocar o seu carro nos dez primeiros e um lugar pontuável. Contudo, na sexta-feira de manhã, quando faltavam pouco mais de dez minutos para o final da sessão, o desastre acontece.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0bJzfLPJLzheDr5jgzj1oguDjOw0i9NAY6h8PZ8asUQT_zeTl4eATbIp6jkVojdQfd3zdFcMd06u7NnJP3jO-6a1zKDiQjtFpkCvKu-jbailbpRfzqAOwvI4F5mmOZbuuWz8USw49kGDY/s280/1990,+Martin+Donnely,+Lotus,+Jerez+2.jpg)
Numa volta lançada, Donnely aproxima o seu Lotus da curva Enzo Ferrari, a penultima curva antes da meta, que se faz a fundo. De repente, algo se parte no seu carro, que o faz ir direito aos rails de protecção, desintegrando a frente do seu carro e os destroços a ficarem espalhados pela pista, incluindo o piloto. A imagem de Martin Donnelly, no meio do asfalto, sem sinais de vida aparente, ainda com os cintos colocados, foi muito marcante naquele fim de semana e naquele ano, lembrando velhos fantasmas esquecidos há algum tempo.
Contudo, Donnelly apresentava sinais vitais e foi socorrido de imediato. Levado para o hospital de Sevilha, apresentava várias fracturas nas pernas, braços, queixo, crânio e espinha. Tinha também um pulmão perfurado e algums rupturas internas, mas o seu estado não era de morte iminente.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimkzmUQ_5EU1dZb8Ep_-FFviCxfB984hRvOvzHedvDVrRHlLt2G1FxfiVXk7kss_pLTOo6iUD4n_8sUV_7vjZOO5oxRQhO2GSFbcZYIyaThsqEAliNDytpZGNixPfX4Kyu55xiJsLELm6i/s400/Donnelly+91.jpg)
O acidente não podia ter aparecido na pior altura para Donnelly e a Lotus: para o piloto, ele iria ser o piloto principal na equipa na temporada de 1991, ao lado do estreante
Mika Hakkinen, enquanto que a Lotus precisava do patrocinio da R.J. Reynolds, que fornecia a marca Camel para continuar a correr. A marca foi embora no final de 1990, e a marca viu-se em maus lençõis até ao inicio de 1991, quando
Peter Collins assumiu as rédeas da equipa.
O piloto passou mais de um ano em operações e varias sessões de fisioterapia, para fazer uma recuperação total. Contudo,não mais voltou a sentar-se num carro de Formula 1.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLOaLY_-DrCBusrxwWODGufKEHcDix00i_4O1rdgzHSg8PiYG8r3zgqtsVcAXziAPQkmWOqxUhaHxEDbRBhxcAC8HnwovrLoWlzC2sfxJ9uyTlp08BZ7ewoq6VXxOpE7vNaA_2Jnfh3Von/s280/Donnelly+10.jpg)
Quando no inicio deste ano Martin Donnelly foi ao pavilhão da Lotus ver o seu chassis de 1990, explicou as razões para o acidente e consequente ruptura do seu chassis: "
O cockpit tinha sido desenhado para os pilotos de 1989, Satoru Nakajima e Nelson Piquet, que tinham cerca de 1.70 metros. Quando foi a nossa vez de pilotar, como os regulamentos tinham sido modificados, obrigando os pedias a estrarem atrás do eixo, eu e o Derek Warwick começamos a sofrer com isso, especialmente cãimbras nas pernas. Pouco depois, eles andaram a modificar o chassis de forma a guiarmos mais confortavelmente e a suportar melhor o motor V12 da Lamborghini".
Após este período de tempo, Donnelly continuou-se a envolver na competição, primeiro construindo a sua equipa de competição, a MDR Racing, que começou na Formula Vauxhall, e depois na Formula 3 britânica no final da década de 90, tendo nas suas fileiras pilotos como
Mario Haberfeld, Enrique Bernoldi e
Jenson Button. Esta durou até ao final de 1998.
Após isso, regressou às corridas, de forma amadora e ultimamente até corre pela sua equipa nos tempos da Formula 1: a Lotus. Um bom exemplo disso foi em 2007, quando pegou num modelo Elise, e contra outros 35 carros, venceu sem problemas uma prova da Elise Trophy. Sinal que, apesar das contrariedades, o seu instinto corredor não tinha sido perdido.
Fontes:
http://www.forix.com/8w/donnelly.htmlhttp://en.wikipedia.org/wiki/Martin_Donnelly_(racing_driver)
http://www.grandprix.com/gpe/drv-donmar.htmlhttp://www.f1fanatic.co.uk/2010/01/16/martin-donnelly-on-the-crash-that-almost-killed-him-autosport-international/
um heroi q deu a volta por cima
ResponderEliminar