O terceiro duelo doméstico do dia que a matéria do Autosport português refere na edição desta semana é o da Mercedes, que no final de 2009 adquiriu o espólio da Brawn GP, que tinha acabado de vencer ambos os Mundiais de Pilotos e Construtores. Chamou de volta Michael Schumacher, que aos 41 anos voltou ao activo, para pagar uma dívida com quase 20 anos, pois foi a Mercedes que lhe pagou a sua oportunidade na Formula 1 na Jordan, e contratou outra esperança alemã, Nico Rosberg. Neste ano de estreia, esta dupla alemã promete dar luta, quer em pista... e segundo alguns, fora dela.
Eis o que fala Luis Vasconcelos sobre a dupla alemã da marca de Estugarda:
"Teoricamente, a Mercedes é a equipa onde as coisas parecem mais transparentes, já que tanto Schumacher como Rosberg são novos no 'team' e foi quase óbvia a forma Ross Brawn lhes atribui os engenheiros de pista. Schumacher irá trabalhar com Andy Shovlin, ex-engenheiro de Jenson Button, enquanto que Nico rosberg herdou de Barrichello o veterano Jock Clear. Teria sido muito dificil colocar Schumacher e Clear a trabalharem juntos, já que o técnico britânico era o homem de mão de Jacques Villeneuve em 1997, enquanto que o piloto canadiano e o alemão tiveram uma luta bem azeda pelo título.
Ao ficar com Shovlin, Schumacher vai trabalhar com um engenheiro que também conseguiu ter a primazia na luta interna contra Clear, já que venceu o Mundial com Button, muito graças ao facto de ter uma 'linha directa' para Ross Brawn. Shovlin é, também, um politico consumado e já confessou o seu fascinio pela quantidade e qualidade de informação facultada por Michael Schumacher.
Até agora, os dois pilotos tem sido politicamente correctos quanto ao seu relacionamento, mas ambos são pessoas fechadas com tendência para confiar apenas num pequeno grupo e, assim sendo, o cruzamento de informação não será abundante.
O facto da Mercedes GP W01 não estar nas condições ideais poderá revelar-se uma vantagem para Rosberg. É claro que Schumacher está a esforçar-se o mais possivel para ter o carro com a afinação mais adequada, mas a subviragem do Mercedes está a prejudicá-lo bastante, já que o seu tipico estilo de condução exige uma frente agarrada à pista.
Rosberg, por seu lado, tem como caracteristica de pilotagem 'atirar' o carro para a curva e forçá-lo a uma determinada sobreviragem, o que parece ser mais eficaz, face às actuais caracteristicas do MGP W01. E assim tudo parece apontar para uma confrontação de excelência entre ambos.
Por um lado, temos Schumacher com toda a sua aura e poder, preparado para perder as horas necessárias para melhorar o carro, tentando puxar a equipa para o seu lado e assegurando-se que o seu velho companheiro Ross Brawn torça por ele. Na outra face da moeda temos Rosberg, actualmente melhor adaptado às caracteristicas de comportamento de pista do Mercedes, excepcionalmente rápido e corajoso em qualificação e determinado em mostrar que é capaz de bater a 'velha estrela'.
Honestamente, acredito que Rosberg deverá ser mais forte em qualificação, mas Schumacher ainda deverá ter aquilo que é preciso para o bater em corrida."
Amanhã, o último duelo interno: Red Bull.
Eis o que fala Luis Vasconcelos sobre a dupla alemã da marca de Estugarda:
"Teoricamente, a Mercedes é a equipa onde as coisas parecem mais transparentes, já que tanto Schumacher como Rosberg são novos no 'team' e foi quase óbvia a forma Ross Brawn lhes atribui os engenheiros de pista. Schumacher irá trabalhar com Andy Shovlin, ex-engenheiro de Jenson Button, enquanto que Nico rosberg herdou de Barrichello o veterano Jock Clear. Teria sido muito dificil colocar Schumacher e Clear a trabalharem juntos, já que o técnico britânico era o homem de mão de Jacques Villeneuve em 1997, enquanto que o piloto canadiano e o alemão tiveram uma luta bem azeda pelo título.
Ao ficar com Shovlin, Schumacher vai trabalhar com um engenheiro que também conseguiu ter a primazia na luta interna contra Clear, já que venceu o Mundial com Button, muito graças ao facto de ter uma 'linha directa' para Ross Brawn. Shovlin é, também, um politico consumado e já confessou o seu fascinio pela quantidade e qualidade de informação facultada por Michael Schumacher.
Até agora, os dois pilotos tem sido politicamente correctos quanto ao seu relacionamento, mas ambos são pessoas fechadas com tendência para confiar apenas num pequeno grupo e, assim sendo, o cruzamento de informação não será abundante.
O facto da Mercedes GP W01 não estar nas condições ideais poderá revelar-se uma vantagem para Rosberg. É claro que Schumacher está a esforçar-se o mais possivel para ter o carro com a afinação mais adequada, mas a subviragem do Mercedes está a prejudicá-lo bastante, já que o seu tipico estilo de condução exige uma frente agarrada à pista.
Rosberg, por seu lado, tem como caracteristica de pilotagem 'atirar' o carro para a curva e forçá-lo a uma determinada sobreviragem, o que parece ser mais eficaz, face às actuais caracteristicas do MGP W01. E assim tudo parece apontar para uma confrontação de excelência entre ambos.
Por um lado, temos Schumacher com toda a sua aura e poder, preparado para perder as horas necessárias para melhorar o carro, tentando puxar a equipa para o seu lado e assegurando-se que o seu velho companheiro Ross Brawn torça por ele. Na outra face da moeda temos Rosberg, actualmente melhor adaptado às caracteristicas de comportamento de pista do Mercedes, excepcionalmente rápido e corajoso em qualificação e determinado em mostrar que é capaz de bater a 'velha estrela'.
Honestamente, acredito que Rosberg deverá ser mais forte em qualificação, mas Schumacher ainda deverá ter aquilo que é preciso para o bater em corrida."
Amanhã, o último duelo interno: Red Bull.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...