Em França e no resto do Mundo, o nome de Jean-Paul Belmondo é sinónimo de um dos actores mais duros do cinema francês e europeu. E a sua descendência tentou deixar nome, embora com menor sucesso. E um dos seus descendentes tentou arranjar nome noutro lado: no automobilismo, com... um certo degrau de sucesso, variando na prespectiva. No dia em que comemora o seu 47ª aniversário natalicio, falo de Paul Belmondo.
Nascido a 23 de Abril de 1963 em Boulogne-Billancourt, nos arredores de Paris, foi batizado com o mesmo nome do seu avô Paul (1898-1982), um escultor de renome, descendente de pobres italianos que emigraram em meados do século XIX para a Argélia, então colónia francesa. Em 1979, com 16 anos, começa a correr no karting e dois anos mais tarde, vence o Yamaha Karting Challenge, o mais prestigiado de França.
Isso fez com que considerasse o salto para os monolugares. Em 1982, pafrticipa no Volant Elf e vence, colocando-se ao lado de nomes do passado como Alain Prost e Didier Pironi. E nesse ano, está nas bocas do mundo por uma razão extra-pista: era namorado da princesa Stephanie do Mónaco, a filha mais nova de Ranier e Grace Kelly, e que adorava altas velocidades.
No ano seguinte, muda-se para a Formula Renault, onde vence uma corrida e termina a competição no sétimo lugar da classifiação. Posto isto, passa para a Formula 3 francesa, onde fica lá por três temporadas. O ano de 1984 foi bom, ao terminar o campeonato no quarto posto, a bordo de um Martini-Alfa Romeo da ORECA. Contudo, nos dois anos seguintes, as suas classificações foram piorando: sétimo em 1985, 11º em 1986.
Entretanto, por essa altura também corre no Campeonato Mundial de Sport-Protótipos, num Porsche 956 da Joest, tendo como companheiros pilotos da craveira de "John Winter" (nome de batismo Louis Krages), Klaus Ludwig e Paolo Barilla. As suas participações são ocasionais, e o melhor que consegue é um sexto lugar nos 1000 km de Silverstone, em 1985.
Em 1987 vai para a Formula 3000, para a equipa GBDA, num Lola-Cosworth. O ano foi credível, com dois pontos, o que faz com que no ano seguinte corra na equipa oficial da Lola. Mas foi um desastre: três não-qualificações e zero pontos. Em 1989 passa para a equipa CDM, onde não consegue pontuar, e ainda por cima sofre três fortes batidas, em Pau, Enna-Pergusa e Jerez. Felizmente, sai sem ferimentos de maior. Nos dois anos seguintes, muda de equipa, mas não consegue o objectivo de pontuar, excepto uma vez, na corrida de Le Mans Bugatti, onde chega ao fim na sexta posição.
Enquanto a sua carreira na Formula 3000 se arrasta, corre em três ocasiões nas 24 horas de Le Mans, a bordo de Porsches da Brun e da Obermaier Racing, e um Courage, tendo como companheiros pilotos da craveira de Francois Migault e Ukyo Katayama. Infelizmente, entre 1987 e 1990 não chegou ao fim em qualquer edição.
Durante a temporada de 1991, tinha aterrado num papel de piloto de testes da Larrousse, que lhe deu os seus primeiros contactos com um carro de Formula 1, e no final do ano, tinha juntado dinheiro suficiente para tentar uma chance na categoria máxima do automobilismo, na March.
Nesse ano, depois do escândalo da Fuji Bank e da prisão do seu director, o japonês Akira Akagi, a equipa de Bicester tinha sido comprada por Ken Marrable e tinha mantido o chassis do ano anterior, com motores Ilmor. Contrataram o jovem austriaco Karl Wendlinger e precisavam de um segundo piloto para pagar as contas, que eram enormes. E Paul Belmondo tinha conseguido o suficiente para pagar parte da sua temporada.
Nas três primeiras corridas de 1992, Belmondo tentou qualificar-se, mas não conseguiu tal desiderato, logo a sua primeira chance foi no GP de Espanha, em Barcelona, onde aproveitou o facto da qualificação de Sábado ter sido à chuva, e de ter feito um tempo que o colocaria dentro dos 26 qualificados no dia anterior. Na corrida, terminou no 12º e último lugar, a quatro voltas do vencedor. Qualificou-se depois em San Marino, onde terminou desta vez no 13º, e também, último lugar.
No Mónaco, não conseguiu qualificar-se, mas voltou a colocar o carro no Canadá, num credível 20º lugar da grelha, onde enquanto que o seu companheiro Wendlinger chegava ao fim num improvável quarto lugar, o piloto francês ficava dez lugares mais abaixo, a cinco voltas do vencedor.
Nas duas corridas seguintes, em França e Grã-Bretanha, não conseguiu qualificar-se, mas em Hockenheim, voltou a qualificar-se, terminando num credível 13º posto, a uma volta do vencedor. E a sua prestação melhorou na Hungria, onde se qualificou no 17º posto para terminar no nono lugar, embora a três voltas do primeiro. E na altura em que tinha finalmente capacidade para levar o carro ao fim... o dinheiro acaba. E em Spa-Francochamps, é substituido pelo italiano Emmanuele Naspetti.
Em 1993, agarra um lugar como piloto de testes da Benetton, enquanto que corre nos Turismos franceses. Mas no ano seguinte tem uma nova oportunidade na Formula 1, a bordo de uma equipa estreante, a Pacific, ao lado do belga Bertrand Gachot. Contudo, o chassis era desactualizado e a equipa de Keith Wiggins luta para conseguir colocar os seus carros na grelha. Se Gachot lá consegue, no caso de Belmondo é o contrário. Só no Mónaco e em Barcelona, corridas onde as grelhas ficaram mais reduzidas devido aos acidentes graves de Karl Wendlinger e Andrea Montermini, é que Belmondo pode alinhar, e nestas ocasiões não terminou qualquer prova. E depois de mais uma não-qualificação na Austrália, a sua carreira na categoria máxima do automobilismo termina por aqui.
A sua carreira na Formula 1: 27 Grandes Prémios, em duas temporadas (1992, 1994) zero pontos.
Após a sua carreira na Formula 1, Belmondo vira-se para a Endurance, nomeadamente as Le Mans Series e os GT's. Antes de formar em 1998 a sua própria escuderia, a Equipe Paul Belmondo, correu na BPR Global GT Series, em várias máquinas desde o Venturi, até ao Ferrari F40 da Igol, correndo com pilotos como Gachot e Eric Bernard, com participações regulares nas 24 Horas de Le Mans, sem resultados. quando fundou a sua equipa, começou a correr com Chrysler Viper na categoria GT, onde conseguiu alguns resultados de relevo.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Paul_Belmondo
http://www.grandprix.com/gpe/drv-belpau.html
http://www.f1rejects.com/drivers/belmondo/biography.html
Nascido a 23 de Abril de 1963 em Boulogne-Billancourt, nos arredores de Paris, foi batizado com o mesmo nome do seu avô Paul (1898-1982), um escultor de renome, descendente de pobres italianos que emigraram em meados do século XIX para a Argélia, então colónia francesa. Em 1979, com 16 anos, começa a correr no karting e dois anos mais tarde, vence o Yamaha Karting Challenge, o mais prestigiado de França.
Isso fez com que considerasse o salto para os monolugares. Em 1982, pafrticipa no Volant Elf e vence, colocando-se ao lado de nomes do passado como Alain Prost e Didier Pironi. E nesse ano, está nas bocas do mundo por uma razão extra-pista: era namorado da princesa Stephanie do Mónaco, a filha mais nova de Ranier e Grace Kelly, e que adorava altas velocidades.
No ano seguinte, muda-se para a Formula Renault, onde vence uma corrida e termina a competição no sétimo lugar da classifiação. Posto isto, passa para a Formula 3 francesa, onde fica lá por três temporadas. O ano de 1984 foi bom, ao terminar o campeonato no quarto posto, a bordo de um Martini-Alfa Romeo da ORECA. Contudo, nos dois anos seguintes, as suas classificações foram piorando: sétimo em 1985, 11º em 1986.
Entretanto, por essa altura também corre no Campeonato Mundial de Sport-Protótipos, num Porsche 956 da Joest, tendo como companheiros pilotos da craveira de "John Winter" (nome de batismo Louis Krages), Klaus Ludwig e Paolo Barilla. As suas participações são ocasionais, e o melhor que consegue é um sexto lugar nos 1000 km de Silverstone, em 1985.
Em 1987 vai para a Formula 3000, para a equipa GBDA, num Lola-Cosworth. O ano foi credível, com dois pontos, o que faz com que no ano seguinte corra na equipa oficial da Lola. Mas foi um desastre: três não-qualificações e zero pontos. Em 1989 passa para a equipa CDM, onde não consegue pontuar, e ainda por cima sofre três fortes batidas, em Pau, Enna-Pergusa e Jerez. Felizmente, sai sem ferimentos de maior. Nos dois anos seguintes, muda de equipa, mas não consegue o objectivo de pontuar, excepto uma vez, na corrida de Le Mans Bugatti, onde chega ao fim na sexta posição.
Enquanto a sua carreira na Formula 3000 se arrasta, corre em três ocasiões nas 24 horas de Le Mans, a bordo de Porsches da Brun e da Obermaier Racing, e um Courage, tendo como companheiros pilotos da craveira de Francois Migault e Ukyo Katayama. Infelizmente, entre 1987 e 1990 não chegou ao fim em qualquer edição.
Durante a temporada de 1991, tinha aterrado num papel de piloto de testes da Larrousse, que lhe deu os seus primeiros contactos com um carro de Formula 1, e no final do ano, tinha juntado dinheiro suficiente para tentar uma chance na categoria máxima do automobilismo, na March.
Nesse ano, depois do escândalo da Fuji Bank e da prisão do seu director, o japonês Akira Akagi, a equipa de Bicester tinha sido comprada por Ken Marrable e tinha mantido o chassis do ano anterior, com motores Ilmor. Contrataram o jovem austriaco Karl Wendlinger e precisavam de um segundo piloto para pagar as contas, que eram enormes. E Paul Belmondo tinha conseguido o suficiente para pagar parte da sua temporada.
Nas três primeiras corridas de 1992, Belmondo tentou qualificar-se, mas não conseguiu tal desiderato, logo a sua primeira chance foi no GP de Espanha, em Barcelona, onde aproveitou o facto da qualificação de Sábado ter sido à chuva, e de ter feito um tempo que o colocaria dentro dos 26 qualificados no dia anterior. Na corrida, terminou no 12º e último lugar, a quatro voltas do vencedor. Qualificou-se depois em San Marino, onde terminou desta vez no 13º, e também, último lugar.
No Mónaco, não conseguiu qualificar-se, mas voltou a colocar o carro no Canadá, num credível 20º lugar da grelha, onde enquanto que o seu companheiro Wendlinger chegava ao fim num improvável quarto lugar, o piloto francês ficava dez lugares mais abaixo, a cinco voltas do vencedor.
Nas duas corridas seguintes, em França e Grã-Bretanha, não conseguiu qualificar-se, mas em Hockenheim, voltou a qualificar-se, terminando num credível 13º posto, a uma volta do vencedor. E a sua prestação melhorou na Hungria, onde se qualificou no 17º posto para terminar no nono lugar, embora a três voltas do primeiro. E na altura em que tinha finalmente capacidade para levar o carro ao fim... o dinheiro acaba. E em Spa-Francochamps, é substituido pelo italiano Emmanuele Naspetti.
Em 1993, agarra um lugar como piloto de testes da Benetton, enquanto que corre nos Turismos franceses. Mas no ano seguinte tem uma nova oportunidade na Formula 1, a bordo de uma equipa estreante, a Pacific, ao lado do belga Bertrand Gachot. Contudo, o chassis era desactualizado e a equipa de Keith Wiggins luta para conseguir colocar os seus carros na grelha. Se Gachot lá consegue, no caso de Belmondo é o contrário. Só no Mónaco e em Barcelona, corridas onde as grelhas ficaram mais reduzidas devido aos acidentes graves de Karl Wendlinger e Andrea Montermini, é que Belmondo pode alinhar, e nestas ocasiões não terminou qualquer prova. E depois de mais uma não-qualificação na Austrália, a sua carreira na categoria máxima do automobilismo termina por aqui.
A sua carreira na Formula 1: 27 Grandes Prémios, em duas temporadas (1992, 1994) zero pontos.
Após a sua carreira na Formula 1, Belmondo vira-se para a Endurance, nomeadamente as Le Mans Series e os GT's. Antes de formar em 1998 a sua própria escuderia, a Equipe Paul Belmondo, correu na BPR Global GT Series, em várias máquinas desde o Venturi, até ao Ferrari F40 da Igol, correndo com pilotos como Gachot e Eric Bernard, com participações regulares nas 24 Horas de Le Mans, sem resultados. quando fundou a sua equipa, começou a correr com Chrysler Viper na categoria GT, onde conseguiu alguns resultados de relevo.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Paul_Belmondo
http://www.grandprix.com/gpe/drv-belpau.html
http://www.f1rejects.com/drivers/belmondo/biography.html
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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...