Foi considerado um dos melhores da sua geração. Foi também considerado como um actor maldito, especialmente nos anos 70, após ter feito "Easy Rider". Esteve no fundo do poço, mas recuperou. Era um amante da arte e teve uma carreira prolifica na pintura. Para a história ficará como dos mais conhecidos actores da segunda metade do século XX, e Dennis Hopper morreu esta tarde, aos 74 anos, após uma longa batalha contra um cancro da próstata.
Nascido a 17 de Maio de 1936 em Dodge City, no Kansas, mudou-se para Kansas City aos nove anos. Aos treze, mudou-se para San Diego, na California, onde se interessou por teatro. Passou pelo Actor's Studio, onde fez amizade com um dos mestres do horror, Vincent Price, que fez despertar o amor pela arte e lhe introduziu os classicos, como William Shakespeare. Em 1955, aos 19 anos, fez os seus primeiros filmes. E não foram uns quaisquer: "Rebelde sem Causa" e "O Gigante", com James Dean, no qual tiveram uma grande amizade, terminada abruptamente pela morte de Dean, num acidente de carro.
Nos anos 60 teve papéis em filmes como "Os Quatro Fillhos de Katie Elder" (1965), com John Wayne e Dean Martin, "O Presidiário" (1967), com Paul Newman, "Velha Raposa" (1969), de novo com John Wayne. Desenvolveu amizades com a velha lenda do Oeste e com Elvis Presley, quando este tentou a sua sorte no cinema.
Mas o seu momento de glória foi com "Easy Rider". O filme tratava da viagem sem destino, pelas estradas americanas, de quatro amigos. Hopper foi actor, argumentista e realizador do filme, em conjunto com Peter Fonda e Jack Nicholson. Por esta altura, Hopper debatia com os seus famtasmas: o seu primeiro divórcio, o abuso de alcool e drogas, e as disputas criativas com Fonda. Mas quando o filme estreou nas salas de cinema, foi aclamado pela critica e tornou-se num clássico.
Hopper tornou-se numa personalidade prestigiada, mas pouco depois, em 1971, fez "The Last Movie", com Peter Fonda, Michelle Philipps e Kris Kristoferson. Apesar de ter ganho em Veneza, o filme foi atacado pelos criticos e tornou-se num fracasso de bilheteira. Isso fez piorar as coisas a Hopper, tornando-se em "persona non grata" em Hollywood e o afundou mais no alcool e nas drogas. O seu segundo casamento, com Michelle Philipps, foi um dos mais curtos do entretenimento: divorciaram-se uma semana depois de se casarem.
Hopper andou o resto da década a fazer filmes de baixo orçamento, e voltou à ribalta com um papel secundário, mas marcante, em "Apocalypse Now", um dos filmes mais impressionantes da história do cinema, com Martin Sheen e Marlon Brando, e realizado por Francis Ford Coppola. No ano seguinte realizou "Out of the Blue", que ganhou elogios da critica, mas o seu comportamento errático ainda era noticia. Por esta altura, Hopper snifava três gramas de cocaina por dia, mais algumas gramas de marijuana, trinta cervejas e Cuba Libres. Só em 1983 é que entrou num programa de reabilitação, após ter estado desaparecido durante algumas semanas no deserto mexicano.
Em 1986, volta à ribalta ao protagonizar o vilão Frank Booth no filme "Veludo Azul", de David Lynch. O seu desempenho foi elogiado pela critica e no final do ano é nomeado para o seu primeiro Oscar, como actor secundário. E nos anos 90, fez papéis de vilão como "Speed" (1994), com Sandra Bullock e Keanu Reeves, e "Waterworld" (1995), com Kevin Costner.
Também fez vários trabalhos na TV, algo que fazia desde os anos 60. Participou como convidado em séries desde "Bonanza" e "5ª Dimensão", nos anos 60, até à série "24", onde foi o vilão Victor Drazen, na primeira série.
Para além do cinema, Hopper foi aclamado noutras artes. Fotografia, escultura, pintura foram algumas artes em que colaborou. Foi também um ávido colecionador de arte, tendo sido um dos primeiros comparadores das obras de Andy Warhol. Fez também a capa de "River Deep, Mountain High", de Ike & Tina Turner.
Hopper foi também conhecido pelos seus casamentos. Casou-se por cinco vezes e teve quatro filhos e o seu último casamento, com Veronica Duffy, estava a falhar, pois no inicio do ano ele entreou os papéis para o divórcio. Este estava a ser bem amargo, pois tinham sido dadas várias ordens de restrição à sua mulher, alegando o seu "comportamento errático". Por esta altura, já Hopper batalhava contra um cancro da próstata, detectado em finais de 2008, e que se tinha mestatasizado para os ossos. Quando apareceu na sua última aparição pública, em Março deste ano, para receber uma estrela no Passeio da Fama, estava tremendamente magro e se deslocava numa cadeira de rodas.
No final, pode-se dizer que soube viver a vida. Cheia de altos e baixos, no final teve o reconhecimento que merece. Ars lunga, vita brevis.
Nascido a 17 de Maio de 1936 em Dodge City, no Kansas, mudou-se para Kansas City aos nove anos. Aos treze, mudou-se para San Diego, na California, onde se interessou por teatro. Passou pelo Actor's Studio, onde fez amizade com um dos mestres do horror, Vincent Price, que fez despertar o amor pela arte e lhe introduziu os classicos, como William Shakespeare. Em 1955, aos 19 anos, fez os seus primeiros filmes. E não foram uns quaisquer: "Rebelde sem Causa" e "O Gigante", com James Dean, no qual tiveram uma grande amizade, terminada abruptamente pela morte de Dean, num acidente de carro.
Nos anos 60 teve papéis em filmes como "Os Quatro Fillhos de Katie Elder" (1965), com John Wayne e Dean Martin, "O Presidiário" (1967), com Paul Newman, "Velha Raposa" (1969), de novo com John Wayne. Desenvolveu amizades com a velha lenda do Oeste e com Elvis Presley, quando este tentou a sua sorte no cinema.
Mas o seu momento de glória foi com "Easy Rider". O filme tratava da viagem sem destino, pelas estradas americanas, de quatro amigos. Hopper foi actor, argumentista e realizador do filme, em conjunto com Peter Fonda e Jack Nicholson. Por esta altura, Hopper debatia com os seus famtasmas: o seu primeiro divórcio, o abuso de alcool e drogas, e as disputas criativas com Fonda. Mas quando o filme estreou nas salas de cinema, foi aclamado pela critica e tornou-se num clássico.
Hopper tornou-se numa personalidade prestigiada, mas pouco depois, em 1971, fez "The Last Movie", com Peter Fonda, Michelle Philipps e Kris Kristoferson. Apesar de ter ganho em Veneza, o filme foi atacado pelos criticos e tornou-se num fracasso de bilheteira. Isso fez piorar as coisas a Hopper, tornando-se em "persona non grata" em Hollywood e o afundou mais no alcool e nas drogas. O seu segundo casamento, com Michelle Philipps, foi um dos mais curtos do entretenimento: divorciaram-se uma semana depois de se casarem.
Hopper andou o resto da década a fazer filmes de baixo orçamento, e voltou à ribalta com um papel secundário, mas marcante, em "Apocalypse Now", um dos filmes mais impressionantes da história do cinema, com Martin Sheen e Marlon Brando, e realizado por Francis Ford Coppola. No ano seguinte realizou "Out of the Blue", que ganhou elogios da critica, mas o seu comportamento errático ainda era noticia. Por esta altura, Hopper snifava três gramas de cocaina por dia, mais algumas gramas de marijuana, trinta cervejas e Cuba Libres. Só em 1983 é que entrou num programa de reabilitação, após ter estado desaparecido durante algumas semanas no deserto mexicano.
Em 1986, volta à ribalta ao protagonizar o vilão Frank Booth no filme "Veludo Azul", de David Lynch. O seu desempenho foi elogiado pela critica e no final do ano é nomeado para o seu primeiro Oscar, como actor secundário. E nos anos 90, fez papéis de vilão como "Speed" (1994), com Sandra Bullock e Keanu Reeves, e "Waterworld" (1995), com Kevin Costner.
Também fez vários trabalhos na TV, algo que fazia desde os anos 60. Participou como convidado em séries desde "Bonanza" e "5ª Dimensão", nos anos 60, até à série "24", onde foi o vilão Victor Drazen, na primeira série.
Para além do cinema, Hopper foi aclamado noutras artes. Fotografia, escultura, pintura foram algumas artes em que colaborou. Foi também um ávido colecionador de arte, tendo sido um dos primeiros comparadores das obras de Andy Warhol. Fez também a capa de "River Deep, Mountain High", de Ike & Tina Turner.
Hopper foi também conhecido pelos seus casamentos. Casou-se por cinco vezes e teve quatro filhos e o seu último casamento, com Veronica Duffy, estava a falhar, pois no inicio do ano ele entreou os papéis para o divórcio. Este estava a ser bem amargo, pois tinham sido dadas várias ordens de restrição à sua mulher, alegando o seu "comportamento errático". Por esta altura, já Hopper batalhava contra um cancro da próstata, detectado em finais de 2008, e que se tinha mestatasizado para os ossos. Quando apareceu na sua última aparição pública, em Março deste ano, para receber uma estrela no Passeio da Fama, estava tremendamente magro e se deslocava numa cadeira de rodas.
No final, pode-se dizer que soube viver a vida. Cheia de altos e baixos, no final teve o reconhecimento que merece. Ars lunga, vita brevis.
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