Depois de Barcelona, máquinas e pilotos rumavam às ruas do Mónaco para correr a quinta prova do Mundial daquele ano. E à medida que a temporada avançava, começava a ser claro que Michael Schumacher era cada vez mais o favorito ao bicampeonato, apesar da luta que dava Damon Hill e o seu Williams-Renault.
E nestes quinze dias o pelotão da formula 1 tinha sofrido duas mudanças com impacto: Nigel Mansell fartara-se da McLaren e saia pela porta pequena, depois de duas corridas frustrantes em Imola e Barcelona. Na realidade, foi até um alívio para Ron Dennis, pois não gostava do estilo de trabalho do "brutânico". Assim, o piloto de testes, Mark Blundell, fazia de novo o papel de piloto titular e quanto a Mansell, aos 41 anos, e depois de passagens pela Lotus, Williams e Ferrari, um titulo mundial ganho e três perdidos (thanks, Nelson Piquet!) a sua carreira terminava pela porta pequena.
Na Sauber, o austriaco Karl Wendlinger tinha problemas em recuperar o ritmo após o acidente que sofrera um ano antes e foi substituido pelo francês Jean-Christophe Bouillon, piloto de testes da Williams.
E no final de semana monegasco, uma nuvem negra pairava sobre a Simtek. Com dívidas na ordem dos dez milhões de dólares, a equipa afirmou que caso os patrocinadores não pagassem o que deviam, ou não arranjassem os seus próprios patrocinios, iriam abandonar a competição imediatamente, nem sequer embarcariam para o Canadá.
Os treinos foram marcados por um estranho acidente. No final da primeira sessão de treinos de Sábado, o japonês Taki Inoue, da Arrows, despistou-se quando deixou passar um dos carros que estava atrás dele, a fazer uma volta rápida. Quando a sessão terminou, estava a ser rebocado para as boxes quando, vindo de trás, o safety car do circuito, um Renault Clio Maxi, dirigido pelo francês Jean Ragnotti, não viu o carro de Inoue e... bateu forte no carro, virando-o. O japonês safou-se com uma concussão, mas o carro ficou na boxe durante a sessão da tarde, fazendo com que partisse da última posição.
Na outra ponta da fila estava o Williams de Damon Hill, o "poleman". A seu lado estava Michael Schumacher, no Benetton-Renault, enquanto que na segunda fila estavam o segundo Williams de David Coulthard e o Ferrari de Michael Schumacher, que superara Jean Alesi. Ao lado do piloto francês estava o McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen, enquanto que o segundo Benetton de Johnny Herbert era o sétimo a partir. Logo a seguir estava o Ligier-Mugen Honda de Martin Brundle, com o Jordan de Eddie Irvine e o segundo McLaren-Mercedes de Mark Blundell a fechar o "top ten".
No dia da corrida, o céu estava limpo e todos se preparavam para a corrida. E quando arrancou, houve drama em Ste. Devote quando o Williams de David Coulthard se despistou, vitima de uma "sanduiche" feita pelos pilotos da Ferrari. Com a pista bloqueada, a corrida foi logo interrompida, passando logo a seguir para uma segunda partida. Aí, não iriam alinhar os carros da Simtek, pois Mimmo Schiartarella foi um dos envolvidos no acidente, enquanto que Jos Verstappen ficava sem a caixa de velocidades.
Na segunda partida, boa parte do pelotão queimou a partida, e os organizadores decidiram atribuir dez segundos de penalização a mais de dez pilotos. Um deles foi o Pacific de Andrea Montermini, que atrasou a sua paragem em mais de três voltas e pouco depois foi presenteado com a bandeira negra, desclassificando-o.
Na frente, Hill e Schumacher tinham uma batalha entre si, enquanto que Coulthard, no carro de reserva, estava no terceiro posto, com alguns problemas no acelerador, empatando o resto do pelotão. Contudo, aqui o momento decisivo foram as paragens nas boxes. O alemão parou uma vez enquanto que o inglês parou duas, fazendo com que no final, Schumacher levasse a melhor nas ruas do Principado.
Mais atrás, os problemas do carro de Coulthard levaram a melhor à volta 16, e Alesi herdou a posição até à volta 40, quando o Ligier de Brundle despistou-se à frente do francês e este não pode evitá-lo. No final, o lugar mais baixo do pódio ficou nas mãos do veterano Berger. o segundo Benetton de Johnny Herbert, o McLaren de Mark Blundell e o Sauber de Heinz-Harald Frentzen ficaram nos restantes lugares pontuáveis.
Nesse final do fim de semana monegasco, para além da vitória do piloto alemão, foi a última vez que a Formula 1 iria ver os Simteks em pista. Poucos dias depois, as ameaças de Nick Wirth concretizaram-se: a equipa não mais voltaria a competir na Formula 1, deixando Verstappen e Schiartarella sem carro. E seria também a última prova de sempre a ter 26 carros na grelha de partida. Algo que pode ser modificado em 2011, caso a FIA aprove alguma das candidaturas presentes...
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr569.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1995_Monaco_Grand_Prix
E nestes quinze dias o pelotão da formula 1 tinha sofrido duas mudanças com impacto: Nigel Mansell fartara-se da McLaren e saia pela porta pequena, depois de duas corridas frustrantes em Imola e Barcelona. Na realidade, foi até um alívio para Ron Dennis, pois não gostava do estilo de trabalho do "brutânico". Assim, o piloto de testes, Mark Blundell, fazia de novo o papel de piloto titular e quanto a Mansell, aos 41 anos, e depois de passagens pela Lotus, Williams e Ferrari, um titulo mundial ganho e três perdidos (thanks, Nelson Piquet!) a sua carreira terminava pela porta pequena.
Na Sauber, o austriaco Karl Wendlinger tinha problemas em recuperar o ritmo após o acidente que sofrera um ano antes e foi substituido pelo francês Jean-Christophe Bouillon, piloto de testes da Williams.
E no final de semana monegasco, uma nuvem negra pairava sobre a Simtek. Com dívidas na ordem dos dez milhões de dólares, a equipa afirmou que caso os patrocinadores não pagassem o que deviam, ou não arranjassem os seus próprios patrocinios, iriam abandonar a competição imediatamente, nem sequer embarcariam para o Canadá.
Os treinos foram marcados por um estranho acidente. No final da primeira sessão de treinos de Sábado, o japonês Taki Inoue, da Arrows, despistou-se quando deixou passar um dos carros que estava atrás dele, a fazer uma volta rápida. Quando a sessão terminou, estava a ser rebocado para as boxes quando, vindo de trás, o safety car do circuito, um Renault Clio Maxi, dirigido pelo francês Jean Ragnotti, não viu o carro de Inoue e... bateu forte no carro, virando-o. O japonês safou-se com uma concussão, mas o carro ficou na boxe durante a sessão da tarde, fazendo com que partisse da última posição.
Na outra ponta da fila estava o Williams de Damon Hill, o "poleman". A seu lado estava Michael Schumacher, no Benetton-Renault, enquanto que na segunda fila estavam o segundo Williams de David Coulthard e o Ferrari de Michael Schumacher, que superara Jean Alesi. Ao lado do piloto francês estava o McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen, enquanto que o segundo Benetton de Johnny Herbert era o sétimo a partir. Logo a seguir estava o Ligier-Mugen Honda de Martin Brundle, com o Jordan de Eddie Irvine e o segundo McLaren-Mercedes de Mark Blundell a fechar o "top ten".
No dia da corrida, o céu estava limpo e todos se preparavam para a corrida. E quando arrancou, houve drama em Ste. Devote quando o Williams de David Coulthard se despistou, vitima de uma "sanduiche" feita pelos pilotos da Ferrari. Com a pista bloqueada, a corrida foi logo interrompida, passando logo a seguir para uma segunda partida. Aí, não iriam alinhar os carros da Simtek, pois Mimmo Schiartarella foi um dos envolvidos no acidente, enquanto que Jos Verstappen ficava sem a caixa de velocidades.
Na segunda partida, boa parte do pelotão queimou a partida, e os organizadores decidiram atribuir dez segundos de penalização a mais de dez pilotos. Um deles foi o Pacific de Andrea Montermini, que atrasou a sua paragem em mais de três voltas e pouco depois foi presenteado com a bandeira negra, desclassificando-o.
Na frente, Hill e Schumacher tinham uma batalha entre si, enquanto que Coulthard, no carro de reserva, estava no terceiro posto, com alguns problemas no acelerador, empatando o resto do pelotão. Contudo, aqui o momento decisivo foram as paragens nas boxes. O alemão parou uma vez enquanto que o inglês parou duas, fazendo com que no final, Schumacher levasse a melhor nas ruas do Principado.
Mais atrás, os problemas do carro de Coulthard levaram a melhor à volta 16, e Alesi herdou a posição até à volta 40, quando o Ligier de Brundle despistou-se à frente do francês e este não pode evitá-lo. No final, o lugar mais baixo do pódio ficou nas mãos do veterano Berger. o segundo Benetton de Johnny Herbert, o McLaren de Mark Blundell e o Sauber de Heinz-Harald Frentzen ficaram nos restantes lugares pontuáveis.
Nesse final do fim de semana monegasco, para além da vitória do piloto alemão, foi a última vez que a Formula 1 iria ver os Simteks em pista. Poucos dias depois, as ameaças de Nick Wirth concretizaram-se: a equipa não mais voltaria a competir na Formula 1, deixando Verstappen e Schiartarella sem carro. E seria também a última prova de sempre a ter 26 carros na grelha de partida. Algo que pode ser modificado em 2011, caso a FIA aprove alguma das candidaturas presentes...
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr569.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1995_Monaco_Grand_Prix
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