sexta-feira, 27 de agosto de 2010

GP Memória - Belgica 1995

Duas semanas depois da Hungria, a temporada de 1995 continuava agora em paragens belgas, onde no circuito de spa-Francochamps, máquinas e pilotos iriam lidar não só com as peculiaridades do circuito, como também o seu tempo inconstante, dado que nesse fim de semana previa-se mau tempo quer nos treinos, quer na corrida.

E assim foi: sem alterações no pelotão, a qualificação foi louca, pois parte dela ocorrera debaixo de chuva, que parou perto do fim, e os pilotos aproveitaram a secagem progressiva da pista para conseguirem os melhores tempos. Assim a Ferrari monopolizou a grelha de partida, com Gerhard Berger a ser melhor do que Jean Alesi. Na segunda fila estavam o McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen e o Benetton-Renault de Johnny Herbert. Na terceira fila estavam o Williams-Renault de David Coulthard e o segundo McLaren de Mark Blundell. Eddie Irvine, no seu Jordan-Peugeot, era sétimo, à frente de Damon Hill. A fechar o "top ten" estavam o Ligier-Mugen Honda de Olivier Panis e o Sauber-Cosworth de Heinz-Harald Frentzen.

Mas a grande surpresa foi o 15º lufar da grelha para Michael Schumacher. A sua má qualificação fez com que pensasse numa estratégia de recuperação logo nos primeiros metros, se quisesse ter hipóteses de vencer e alargar a sua liderança perante Hill.

Na hora da largada, o tempo estava encoberto e ameaçava chuva, mas a pista estava seca. Berger larga mal e é superado por Alesi e Herbert, que tem logo atrás Hakkinen, Coulthard, Blundell e Hill. Na volta dois, Hakkinen despista-se no La Source e deixa cair o motor, e duas voltas mais tarde, Alesi sofre uma quebra na suspensão traseira direita e entrega a liderança para o Benetton de Herbert, que era pressionado por Berger primeiro, e Coulthard depois. Hill já era terceiro, depois dos Williams se livrarem do austriaco da Ferrari, e Schumacher tinha chegado ao nono lugar.

Coulthard pressionou Herbert o mais que pode até que ele sofreu um despiste e entregou a liderança ao escocês. Este afastou-se, mas na volta treze, a sua caixa de velocidades começou a deitar óleo e desistiu, dando a liderança a Hill. Mas agora tinha Schumacher no terceiro posto, atrás de Berger. Quando os dois foram às boxes para o primeiro reabastecimento, a chuva cai na pista, mas não em quantidade suficiente para a molhar completamente. Hill foi às boxes, enquanto Schumacher ficou na pista, em condições muito dificieis, segunrando o carro em pneus secos, esperando que a chuva passasse. E passou!

Quando Hill se aproximou de Schumacher, o alemão fez mais uma das suas manobras "à Dick Vigarista", aguentando o britânico de forma, no minimo duvidosa, em manobras que o impediam de ele passar à primeira. A coisa durou assim durante mais de uma volta, e acabaram quando ele saiu de pista, em Les Combes.

Enquanto isso, Berger tinha desistido devido a problemas elétricos, e Irvine teve um incêndio na boxe, quando reabastecia. A chuva para de cair, e Hill não conseguie distanciar-se tempo suficiente para manter a posição quando voltasse a meter pneus slick, e o alemão volta ao primeiro lugar. Pouco depois, o Safety Car entra na pista, e por esta altura os comissários dizem que Hill tem de fazer um "Stop & Go" por excesso de velocidade nas boxes. Assim, a vitória estava entregue a Schumacher, enquanto que Hill tinha de fazer uma corrida de recuperação.

No final, Hill chega ao segundo posto, depois de ultrapassar o Ligier de Martin Brundle na ultima volta. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Sauber de Frentzen, o McLaren de Blundell e o Jordan-Peugeot de Rubens Barrichello. Quanto à performance de Michael Schumacher, apesar das manobras em relação a Hill serem no minimo contestáveis, a sua corrida tinha sido das melhores de sempre, e assim dava mais um passo de gigante rumo ao bicampeonato.

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