E antes da corrida propriamente dita, em Spa-Francochamps, os seus colegas não o esqueceram: Rubens Barrichello comemora a sua 300ª participação em Grandes Prémios. Se são 296 ou 297 corridas, não interessa muito... o que interessa é saber que o mundo da Formula 1 comemorou tal marca, pois pela primeira vez nos seus sessenta anos de existência, um piloto alcança tal marca. E foi assim que Bernie Ecclestone lhe deu uma medalha comemorativa, que boa parte dos pilotos do pelotão esteve presente na boxe da Williams para lhe darem os parabéns, desde Lewis Hamilton e Fernando Alonso, passando por Felipe Massa, Bruno Senna, Pedro de la Rosa, Jenson Button, Nico Rosberg e Sebastien Vettel, para além do seu companheiro Nico Hulkenberg.
A Cosworth deu-lhe uma bicicleta de corrida só para ele, enquanto que o lendário Jim Bamber fez uma caricatura comemorativa dos seus 300 Grandes Prémios (nunca vi o Eddie Jordan tão amarelo...) e claro, ele revelou o capacete que irá usar neste fim de semana especial. Emocionado, agradeceu a homenagem: "Quando comecei na Formula 1, eu nunca sonhei em ainda estar aqui depois de 300 corridas. Eu estou muito orgulhoso do que alcancei, e tem sido uma jornada maravilhosa. Estou aproveitando o meu trabalho mais do que nunca aqui na Williams", comentou.
Antes disso, em entrevista ao sitio brasileiro Tazio, Barrichello revelou estar agradecido por andar aqui ao fim destes anos: "Considero este momento especial. Sinto isso correndo a pé na rua, de Formula 1. Tenho a chance de chegar, na hora do grid, olhar para as luzes de largada e agradecer. Sinto o sorriso vindo no rosto, no momento de tensão, e agradeço".
Quanto ao carinho que os seus companheiros demonstraram, Rubens afirmou: "Isso aqui mostra o meu carinho pela Formaula 1, o que ela sente por mim. Já vi muitos pilotos falando: 'Existem tantos jovens aí, o que ele quer?' Comigo é diferente."
E quanto à reforma... "Tenho a impressão de que a Silvana [mulher de Rubens] olha pra mim e pensa: 'Ele vai correr muitos anos'. É uma coisa boa. tenho muito gás, ainda. É um limite que não gostaria de pensar, como não pensei no 257°, no 18°. Sou muito honesto comigo mesmo, quando errei e quis melhorar. Tenho certeza de que no dia em que entrar na curva sem velocidade, será muito fácil de reconhecer o fim."
Em relação ao fim de semana belga, que se prevê muito chuvosa, Barrichello olha serenamente para esse cenário: "Vocês sabem que sou um apreciador da chuva. Ela pode ser muito dura, pois Spa, nesses casos, é parecida com Interlagos, e isso pode se tornar um problema, pois temos árvores e o spray não é legal. Mas estou aberto para o fim de semana", completou.
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