Depois de quinze dias de ausência, a Formula 1 fazia agora a sua terceira corrida no espaço de um mês, no circuito holandês de Zandvoort, que tinha agora duas secções mais lentas, com uma chicane e uma curva feita de forma mais fechada, de forma a diminuir a velocidade média do circuiuto.
No pelotão, havia alterações de monta. A Alfa Romeo fora buscar para o lugar do falecido Patrick Depailler o veterano piloto italiano Vittorio Brambilla, então com 42 anos, e de volta após quase um ano de ausência. Na Arrows, com Jochen Mass lesionado, o seu substituto era um jovem neozelandês, muito talentoso ao volante, chamado Mike Thackwell. Na Ensign, um segundo carro foi colocado na pista para o britânico Geoff Lees, enquanto que na Lotus, Colin Chapman continuou a correr com três carros, dando mais uma oportunidade ao seu piloto de testes, Nigel Mansell.
Na qualificação, a Renault levou a melhor, monopolizando a primeira fila, e com René Arnoux a levar a melhor sobre Jean-Pierre Jabouille. A segunda fila também era um monopólio, mas da Williams, com Carlos Reutemann a levar a melhor sobre Alan Jones. Nelson Piquet partilhava a terceira fila com o Ligier-Cosworth de Jacques Laffite, enquanto que na quarta, o canadiano Gilles Villeneuve partilhava a fila com o Alfa Romeo de Bruno Giacomelli. A fechar o "top ten" estava o McLaren-Cosworth de John Watson e o Lotus de Mario Andretti.
Quatro carros não conseguiram se qualificar: o Williams-Cosworth inscrito pela RAM, pilotado poe Rupert Keegan, o Arrows de Mike Thackwell, o Fittipaldi-Cosworth de Keke Rosberg e o Ensign de Jan Lammers.
Na largada, Jones consegue superar as duas Renault e no final da primeira volta já estava no comando. Contudo, na segunda volta, o seu carro passa por cima de um dos correctores e danifica uma das saias, fazendo com que o seu carro se comece a comportar-se de forma estranha. Assim, tem de parar nas boxes para reparações, enquanto que o comando volta ás mãos de Arnoux, seguido por Laffite, Reutemann, Jabouille, Piquet e Villeneuve. Na terceira volta. Laffite ataca Arnoux e consegue a liderança, ao mesmo tempo que Elio de Angelis e Didier Pironi batem um contra o outro e abandonam a corrida.
Pouco depois, Jabouille para para trocar de pneus, enquanto que Piquet, que tinha sido ultrapassado por Villeneuve, começa a ganhar posições e chega à terceira posição no inicio da 11ª volta. Aí, ataca Arnoux e Laffite e na volta quinze já era o lider. Logo a seguir, Villeneuve tem um furo e cai na classificação, com o Alfa Romeo de Giacomelli a subir ao quarto lugar.
Giacomelli depois atacou Laffite e Arnoux, no sentido de chegar ao segundo posto e apanhar Piquet, mas após ter passado o francês da Renault, o italiano comete um erro e cai para o sétimo posto. Recupera algumas posições, mas na volta 58 sofre um acidente e desiste. As coisas ficam mais ou menos estáveis até à volta 61, quando o Tyrrell de Derek Daly perde o controle devido ao rebentamento de um travão de disco e bate com violência nas barreiras de protecção. Daly saiu ileso.
Até ao fim, Arnoux passa Laffite e fica com o segundo lugar, mas é incapaz de apanhar Piquet, que comemora a sua segunda vitória do ano e reduz a sua desvantagem sobre Jones para dois pontos. Com Arnoux e Laffite a acompanhá-lo ao pódio, o Williams de Carlos Reutemann, o Tyrrell de Jean-Pierre Jarier (no seu centésimo Grande Prémio da sua carreira) e o McLaren de Alain Prost ficaram com os restantes lugares pontuáveis.
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