Foi provavelmente um dos mais completos pilotos do seu tempo, e um dos mais bem sucedidos pilotos americanos. Amigo pessoal de Roger Penske, ganhou as 500 Milhas de Indianápolis, a Can-Am, a Trans-Am, dominou máquinas potentes como o Porsche 917-30, que depois o chamaram de "Can-Am Killer", por ser o veículo mais potente de então, com mais de 1500 cavalos. Chegou a fazer parte da armada dos GT40 que finalmente bateram a Ferrari em 1966, embora o seu papel tenha sido muito pequeno, comparado por exemplo, a outros pilotos como Bruce McLaren. Alinhou com ele em 1967 e apesar de serem opostos, conseguiram trabalhar o suficiente para levar o carro até ao final no quarto posto.
O titulo escrito acima tem a ver com um livro que escreveu em 1971, em conjunto com o jornalista Paul van Valkenburgh. Mais do que uma biografia das suas vitórias e corridas que fizera ao longo da sua carreira, o interessante é que fez as coisas do ponto de vista da engenharia, e de como chegaram às soluções que permitiram superar os obstáculos tecnológicos que depararam, buscando aquele utópico "unfair advantage", que poderá ser traduzido como "a vantagem inalcançável".
Quando no final de 1973, a Porsche se retirou da Can-Am devido ao limite de combustivel causado pelo embargo árabe, que levou ao primeiro choque petrolifero, Donohue retirou-se, mas o seu velho amigo Penske o fez buscar de novo o capacete e as luvas para io ajudar na aventura da Formula 1. As coisas não estavam a correr maravilhosamente, devido às dificuldades do chassis PC1, e foram buscar um chassis March até terem concluido o PC3, o chassis que iria correr em 1976. Um carro que deveria tê-lo conduzido, mas que o destino não o deixou, numa manhã de Domingo na Austria.
Após o seu acidente mortal, do qual hoje se comemora o seu 35º aniversário, a sua esposa decidiu processar a Goodyear devido ao defeito encontrado no pneu que causou o seu despiste. Após sete anos, chegou-se a um acordo fora de tribunal e uma indemenização foi paga. Hoje em dia, o legado familiar continua com o seu filho David Donohue, que corre na Grand-Am e já venceu as 24 Horas de Daytona em 2008, tal como o seu pai fizera em 1969, ao lado de Chuck Parsons.
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