![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjbapmY9gItJq0e-Hog5RpcnEmpsWtQ_n81IVyK6uw_RrqrzkHCvwg76FfwzPMY_lEkpBcQgC3fcpcI300xWxrTEtr7Zak2JwDPoRfk6rBe2qjW5jyLB8y2_NZiP1ccI3Dbug-or16Ezg/s280/Imola+94+12.jpg)
Olhem só para a primeira fotografia do post. No momento em que
Paul-Henri Cahier disparou o botão, quem poderia imaginar que estaria a captar os últimos sinais de vida de um piloto? É o sinal de um homem determinado a marcar o seu lugar na grelha, pois naquele tempo, havia apenas 26 lugares para trinta carros, e ter um lugar nessa grelha era muito importante para um piloto que tinha comprado o seu lugar por apenas cinco corridas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghhvpl6p58mQ6_XCrT9EcBHb0uA0h3W8b-uJXi92HfNJZpppzr9l9fAtpbddr6JJ_0qs9UJqXHGDNvp4wNBnUm1QI2uPaZHGm4FR_wyOz_uwLBW8OURv9cB0bxjcuAKVCJ6vky3gFzdS0/s280/Imola+94+13.jpg)
Começa a ser difícil contar a história de
Roland Ratzenberger sem cair nos lugares comuns. Era um homem determinado a perseguir o seu sonho de ser piloto, pois crescera a admirar
Jochen Rindt, como imensa gente na sua geração. Comeu o pão que o Diabo amassou para correr na Formula Ford Britânica, na Formula 3 e na Formula Nippon, onde foi um dos "exilados de luxo" ao lado de
Mika Salo, Heinz-Harald Frentzen, Eddie Irvine e o americano
Jeff Krosnoff, o unico que não foi para a Formula 1, mas que teve o mesmo fim que Ratzenberger, dois anos depois, em Toronto.
Para poder pagar o dinheiro para essas cinco corridas, vendeu a casa e até o seu amado Carocha amarelo. Mas era uma pessoa feliz e determinada em provar que merecia aquele lugar. Apesar na não-qualificação em Interlagos, conseguiu acabar a corrida de Aida na 11ª posição, a primeira vez que um dos carros de
Nick Wirth chegava ao fim. Em Imola procurava a sua segunda qualificação consecutiva, e dava o máximo. Fez as coisas sempre a fundo que chegou a cometer um excesso e danificar a sua asa dianteira. Em vez de ir às boxes, resolveu ir a fundo para tentar fazer uma volta decente. Que terminou na Curva Villeneuve, quando a asa cedeu a mais de 300 km/hora.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV-XMBdWB0SNaRetNfyYR1kCMswHC9K8cF24K6gnL8lMfds5jg0XZlphAJ3emWLKnHzNg3dAwFcrI8Kxm_EYcdxmHUjcVYmwM1H4BXRd9yejNWpXVu7eKCM8Jn42MG7E56IxCfvvh7YZw/s280/Imola+94+11.jpg)
A última foto mostra o rescaldo. Faz-me lembrar as fotos que vi depois do acidente de Jochen Rindt, 23 anos antes, a norte dali, em Monza. A recolha dos restos do automóvel, já sem o seu piloto, para as boxes, uma devolução aos legítimos proprietários. Fria e impassional, deverá ter acontecido numa altura que poucos conheciam do resultado final. A fotografia testemunha esse momento, enquanto que os que estavam à volta começavam a tomar consciência das terríveis consequências que aquele choque teve. E também começavam a perceber que aquele fim de semana iria ser diferente do normal. Muito diferente.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...