Lembro-me de há uns anos - dez, creio eu - quando a Espanha era treinada por Javier Clemente, o primeiro jogo do apuramento foi em Chipre contra a selecção local. O jogo acabou com uma vitória dos locais por 3-2 e o seleccionador foi logo afastado, pois isto foi uma espécie de "gota que fez transbordar o copo".
Agora, Portugal jogou esta noite com o "piloto automático" o seu primeiro jogo do apuranmento para o Euro 2012 e o resultado, que poderia ter sido uma goleada, acabou com um empate fora do comum, onde a Selecção esteve a perder por duas vezes, e depois deu a volta ao resultado, estando a ganhar por outras duas vezes - e desperdiçou alguns golos - para acabar num atípico empate a quatro bolas. O resultado já não se usa, e este adversário é demasiado tenro para que se possa dizer que o empate é um bom resultado. Não o é, e os culpados estão na defesa portuguesa, que esteve primeiro distraída e depois amedrontada.
A Selecção Nacional vive momentos agitados, com o inquérito a Carlos Queiroz e a teimosia deste em recorrer à suspensão ditada pelo caso do "anti-doping" na Covilhã. Já se topou, de uma certa forma, que uma parte da Federação quer Queiroz no olho da rua, sem que paguem a indemnização correspondente. Daí o facto de lhe dificultarem a vida, com esta suspensão de seis meses. E digo que querem despedir o Queiroz com "justa causa", pois pelas noticias que vem a lume por parte de certa imprensa que, demitindo-se da sua responsabilidade de informar, veiculando as noticias de uma certa turba anti-Queiroz, ajudam a enrolar cada vez mais este novelo.
Pode não ter uma relação directa, mas muita gente vai associar este empate com sabor a derrota - sim, perdemos dois pontos por culpa nossa - as asneiras da FPF nestes úlimos tempos. E com a Noruega a ganhar contra a Islândia, lá temos de ir buscar pontos em Oslo, caso não queriramos ver, já neste mês de Setembro, o Euro 2012 na televisão. Considerem-se avisados.
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