Depois da cangada que foi o processo de despedimento de Carlos Queiros e da escolha de Paulo Bento como seleccionador nacional, o jogo com a Dinamarca, à terceira jornada, assumia contornos de final europeia, onde a perda de mais algum ponto significava o afastamento irremediável do Euro 2012. Em suma: só os optimistas é que acreditavam na selecção.
Como era óbvio, a Dinamarca sabia ao que vinha e tentou conquistar um ponto. Jogava lento, tentava ganhar bolas e queimar tempo, mais veio Nani e em dois minutos resolveu o jogo. Por fim, os dominios de campo concretizaram-se em golos, e o futebol jogado foi de qualidade. Ufa!
Na segunda parte, as coisas melhoraram ainda mais. O Cristiano Ronaldo voltou obcecado em marcar um golo pela selecção, e lá conseguiu. Mas... quantos é que falhou? Enfim. Houve calafrios quando Ricardo Carvalho marcou com o peito na sua própria baliza, e todos começaram a lembrar do fantasma da mesma Dinamarca, em 2008, quando passou em poucos minutos de 0-2 para 3-2, mas no final, Cristiano Ronaldo "matou" o jogo.
Ao longo dos dias que anteciparam o jogo, nunca Paulo Bento foi tão apoiado. Desde a Federação até a José Mourinho, o mítico técnico do Real Madrid, todos desejaram boa sorte e torceram para que vencesse a partida. Conseguiu o objectivo, mas ele próprio sabe que apenas superou uma etapa. Faltam outras cinco, e todas elas tem de ser passadas, sem qualquer hesitação. Na próxima terça-feira, na pátria de Bjork, dos glaciares e dos vulcões, Portugal tem de continuar a sua senda vitoriosa. Não tem outro remédio.
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