As duas últimas etapas do centenário rali de Monte Carlo, disputadas à noite, sob piso seco e perante milhares de espectadores (e transmissão televisiva da Eurosport), asseguraram o necessário espectáculo, mas não causaram alterações na classificação geral, com o francês Bryan Bouffer a vencer aqui pela primeira vez na sua carreira. Pudera, a viver a 35 quilómetros dos troços, com um bom carro e é um especialista em asfalto - é o actual campeão nacional - tinha de tentar... mas merceu a vitória, ao apostar no tipo de pneus certo no momento mais crucial do rali.
Atrás ficou o belga Freddy Loix, que ao iniciar o dia em terceiro, depressa se percebeu que apontava à vitória. Contudo, o facto de ter 55 segundos para recuperar, e não haver neve e gelo para baralhar as contas, viu-se a braços com um problema insolúvel: apanhar Bouffer.
Stephane Sarrazin terminou inicialmente o rali no terceiro posto, apesar de ter perdido mais cerca de trinta segundos em virtude da caixa de velocidades do Peugeot 207 S2000 ter encravado em quarta na primeira passagem pelo Turini. Mas no final do rali, os organizadores penalizaram-no e mais trinta segundos, perdendo o terceiro posto a favor do britânico Guy Wilks. Assim, Sarrazin caiu para o quarto lugar, colado ao veterano Francois Delecour, que apesar de ter perdido posições ao longo do dia, sendo passado por Wilks, demonstrou que apesar de ter 48 anos e já não estar em competição desde há algum tempo, continua a demonstrar que "quem sabe, não esquece".
Quanto a Juho Hanninen, deve ser o grande perdedor deste rali. O tempo que perdeu no segundo dia com a escolha errada de pneus acabou por ser decisivo, apesar de no último dia ter recuperado um pouco. Mas o sexto lugar final sabe a pouco para o finlandês. Atrás de si ficou Petter Solberg, que não conseguiu aproveitar bem este Rali de Monte Carlo, onde também errou na escolha de pneus, e para piorar as coisas, viu-lhe o sétimo lugar fugir-lhe depois da última classificativa, quando o alternador falhou a caminho do parque fechado em Monte Carlo.
E assim termina a edição de 2011, que valeu a pena seguir pela emoção causada, pela quantidade e qualidade dos pilotos presentes, pela incerteza do resultado e pela boa cobertura televisiva. Valeu a pena!
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