No final desta semana, a Espanha foi apanhada de surpresa quando o seu governo anunciou a redução da velcidade nas auto-estradas para 110 km/hora. Esta redução em meros 10 km/hora, que terá efeitos a partir de 7 de Março, é talvez o primeiro sinal da escalada dos preços do petróleo que vivemos agora, devido à instabilidade no Norte de Africa, especialmente aos eventos na Libia, onde Muhammar Khadaffi decidiu armar-se em Adolf Hitler e transformar Tripoli na sua Berlim.
Segundo o governo, isto garante poupanças nos consumos dos carros: 15 por cento nos a gasolina, 11 por cento nos a gasóleo e seis mil milhões de euros nos cofres do Estado. Em compensação, baixou o preço dos transportes públicos em cerca de cinco por cento. Apesar de se compreender as razões por trás desta medida - afinal de contas, o petróleo já chegou ao patamar dos 120 dólares - não creio que essa medida seja absolutamente eficaz. Ainda mais, vivendo num país onde a gasolina é barata em relação à portuguesa. Todos os dias, milhares de motoristas portugueses, especialmente os da zona de fronteira, vão aos postos de abastecimento espanhois porque poupam no minimo dez ou quinze euros diários na carteira.
Em suma, não acredito muito nesta medida, e governo português já disse que não vai tomar tal decisão. Porque não creio neste momento que estejamos a caminho de novo choque petrolifero. Só ficaria preocupado se Khadaffi aguentasse mais algumas semanas e fazer como fez Saddam Hussein há exatamente vinte anos, quando na retirada do Kuwait, decidiu pegar fogo aos poços petroliferos. Mas também, quem poderia pensar em Dezembro que o Norte de Africa ficaria a ferro e fogo? Se ele manda matar o seu próprio povo, caso ainda controle as refinarias mas ver que a situação esteja fora de controlo, bastaria colocar explosivos em certos sitios...
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