"(...) Depois de uma temporada 1957 sem grande história, a de 1958 é totalmente diferente: começa em Janeiro, ao ganhar os 1000 km de Buenos Aires e as 12 Horas de Sebring, tendo como companheiro o inglês Peter Collins. Em Junho, torna-se no primeiro americano a ganhar as 24 Horas de Le Mans, tendo Olivier Gendebien a seu lado. Nesta altura, começava a ficar frustrado pelo facto de Enzo Ferrari não lhe dar uma hipótese de guiar um dos seus carros de Formula 1. Assim sendo, a sua estreia, no GP de França em Reims, onde terminou na sétima posição, foi a bordo de um Maserati 250, inscrito pela Ecurie Bonnier.
Contudo, a sua chance de guiar pela Scuderia não tardava, mais pelas circunstâncias trágicas: Em pouco mais de três Grandes Prémios, o italiano Luigi Musso (Reims) e o inglês Peter Collins (Nurburgring) sofriam acidentes fatais, e Enzo Ferrari deu-lhe um volante, com instruções para ser o escudeiro de Mike Hawthorn, na sua caminhada para o título mundial. Em Monza, palco da sua estreia, causou boa impressão, lutando com Hawthorn, Stirling Moss e Stuart Lewis-Evans (ambos pela Vanwall) pelas posições da frente. No final, Hill foi terceiro e fez a volta mais rápida da corrida.
Na corrida seguinte, em Marrocos, repete o terceiro lugar, mas tem que ficar atrás de Hawthorn para que o inglês pudesse ganhar o título mundial, já que o seu principal rival, o seu compatriota Stirling Moss, tinha que ganhar e rezar para que o seu adversário ficasse abaixo do terceiro lugar. Assim não aconteceu e Hawthorn pode retirar-se com o título no bolso. Os nove pontos alcançados deram-lhe o 10º posto final. (...)"
Contudo, a sua chance de guiar pela Scuderia não tardava, mais pelas circunstâncias trágicas: Em pouco mais de três Grandes Prémios, o italiano Luigi Musso (Reims) e o inglês Peter Collins (Nurburgring) sofriam acidentes fatais, e Enzo Ferrari deu-lhe um volante, com instruções para ser o escudeiro de Mike Hawthorn, na sua caminhada para o título mundial. Em Monza, palco da sua estreia, causou boa impressão, lutando com Hawthorn, Stirling Moss e Stuart Lewis-Evans (ambos pela Vanwall) pelas posições da frente. No final, Hill foi terceiro e fez a volta mais rápida da corrida.
Na corrida seguinte, em Marrocos, repete o terceiro lugar, mas tem que ficar atrás de Hawthorn para que o inglês pudesse ganhar o título mundial, já que o seu principal rival, o seu compatriota Stirling Moss, tinha que ganhar e rezar para que o seu adversário ficasse abaixo do terceiro lugar. Assim não aconteceu e Hawthorn pode retirar-se com o título no bolso. Os nove pontos alcançados deram-lhe o 10º posto final. (...)"
Eis um extrato da biografia de Phil Hill, o piloto que se estivesse vivo, faria hoje o seu 83º aniversário. Falecido em 2008, na Califórnia, o discreto e agradável piloto americano foi em 1961 - faz agora 50 anos - o primeiro campeão do mundo de Formula 1 ao volante da Ferrari, numa disputa com o alemão Wolfgang Von Trips, que terminou tragicamente a 11 de setembro desse ano quando o piloto alemão bateu no Lotus de Jim Clark e levou consigo mais catorze pessoas.
Esse título foi o auge da sua carreira, e a partir dali as coisas foram sempre a descer. Participou no projeto falhado da ATS (Automobili Turismo & Sport), correu na Cooper - de onde se safou de boa de um acidente na Austria e tornou-se consultor no filme "Grand Prix", de John Frankenheimer, onde encarnou a personagem Tim Randolph, companheiro de equipa de Pete Aron (personagem interpretada por James Garner) e graças ao seu contributo técnico (pilotou alguns dos carros em que levava as câmaras de filmar) é que o realismo do filme o transformou num objeto de culto e lhe deu três Oscares da Academia.
E é sobre ele que falo hoje no site Pódium GP.
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