Nos meus 26 anos de Formula 1, já assisti a muita corrida louca. Houve algumas que me ficaram na memória: Austria 87, Canadá 89, Austrália 89 e 91, Belgica 98, Nurburgring 99 e 2007, Hungria 2004, Indianápolis 2005, são algumas dessas corridas loucas. Quase todas elas tinham a ver com a carga de água que caiu na pista e provocou uma hecatombe. Até posso dizer que vi o GP da Belgica de 1998 na sala de espera de um hospital, enquanto que o meu apêndice se desfazia lentamente...
O GP do Mónaco de 1996 entra nessa categoria, e até tem uma menção especial pelo fato do vencedor ser absolutamente inesperado. Ver o Ligier de Olivier Panis seria como se hoje em dia o carro de Jarno Trulli e Heiki Kovalainen dessem à Lotus a sua primeira dobradinha desde os tempos de Mario Andretti e Ronnie Peterson, ou então Vitantonio Liuzzi pontuasse com o seu Hispania. Mas se já vi seis carros a largarem em Indianápolis, porque não poderia ver tal coisa?
Mas o que pretendo dizer sobre essa corrida louca é que, de vez em quando vemos coisas destas. E no Mónaco, uma corrida que normalmente não perdoa erros, se juntarmos o mau tempo, então a hecatombe andaria pelas proporções biblicas... e vemos o resultado final, onde os pilotos que subiram ao pódio foram praticamente os unicos que circulavam na pista por alturas da bandeira de xadrez.
E assim, Olivier Panis conseguiu dar um último "hurra" à Ligier e teve o seu "one hit wonder", conseguindo a mesma coisa que os seus compatriotas Maurice Trintignant e Patrick Depailler: estrear-se na categoria dos vencedores nas ruas do Principado. Há quem tenha uma longa carreira e nunca tenha tal chance...
Olá Paulo... discordo de sua comparação. Naquele final de semana, Panis tinha sido um dos mais rápidos nos treinos livres, mas teve um problema no motor no sábado, estragando sua Classificação. No warm-up, o francês foi mais rápido. Então, não dá para comparar o desempenho de Panis há 15 anos atrás com as nanicas atuais!
ResponderEliminarAbraço!